AnaluNa terça-feira saio do serviço às cinco horas da tarde e encontro Meire.— Oi Ana Lúcia! — ela me dá um abraçoMeire é uma dessas madames muito chiques, que se vestem bem até pra ir na padaria, é uma mulher muito charmosa e conservada.— Olá!Nos sentamos e então ela começa.— Bom, meu interesse nesse encontro, é em você.Hã? Como assim? Será que essa mulher é lésbica?— É o quê? — digo assustada— Interesse em você para meu novo catálogo, gostaria que você tirasse umas fotos para divulgar nossa nova coleção de inverno.Fico pensativa por uns segundos.— Então, eu não tenho interesse em tirar mais fotos, eu só fiz aquelas para Pietro apenas para retribuir um enorme favor. — minto — Eu tenho outros planos para minha vida.Ela faz uma cara de decepção.— Poxa! Eu já tinha em mente as fotos e você seria perfeita para cada modelo de lingerie.Odeio desapontar as pessoas, odeio ter que dizer não, mas infelizmente é algo que não estimo para minha vida.— É que não nasci para isso. — d
AnaluMinha boca continua aberta e eu não consigo dizer nada, não sei se me prendo a mensagem que recebi ou ao homem que está parado à minha frente, com um buquê de rosas brancas nas mãos. Ao fundo uma música começa a tocar, são tantos detalhes que não consigo me concentrar em nada, e ele está intacto e muito sério.— Encoste a porta e entre! — ele dizMeio trêmula eu entro, me encosto na parede afim de segurar o meu corpo, ele está vestido com uma calça jeans clara e uma blusa social branca com as mangas dobradas até a altura do cotovelo. Os rotineiros três botões de cima abertos, o cabelo molhado dando aquela ligeira impressão de banho tomado. Eu ainda estou mexida com a mensagem de texto e a música que toca ao fundo. A sua mensagem se trata de um trecho de uma música de Christina Perri, que diz assim:"O coração acelerado, cores e promessas, como ser corajoso, como posso amar quando tenho medo de me apaixonar."E a emoção me domina, por que conheço toda a música, e sei sobre o que
Analu Coloco a taça no chão, retiro o pratinho com queijo da cama e sento em seu colo, acariciando minha nuca e a outra mão em minha cintura ele beija meus lábios. Bem devagar, ele morde o mesmo e vai soltando lentamente.Então sorrio! Isso é tão gostoso! Dou uma leve mexida em seu colo e já posso sentir sua ereção crescer.— Gosto disso! — sussurro em seu ouvido— Você é uma safada, Ana Lúcia!Ganho um tapa na bunda, e pronto, foi o gás que eu precisava. Levo minha mão até a blusa e começo desabotoar botão por botão, enquanto seu olhar especula meu rosto e suas mãos alisam minhas coxas. Já sem a blusa, ele me deita, meus joelhos estão na cama e meu corpo ainda em cima do seu. Suas mãos passeiam no meio dos meus seios até minha intimidade.— Está tão molhada meu amor. — ele diz ao passar os dedos em minha entradaEnquanto ele brinca de me excitar passando seus dedos em meu clitóris, eu passo meu pé por cima de seu shorts e sinto seu enorme pau pulsando em sua bermuda.— Você quer s
Analu— E por que estaria louca? — pergunto confusaDando um breve sorriso, ela diz:— Louca de perder tempo em vir me perguntar, ao invés de ir fazer suas malas. Minha querida amiga, porque agora é conselho de amiga, você já sofreu demais cara. Se a vida está te dando uma chance de ser feliz, porque não ser?Confesso que me sinto muito mais aliviada, agora que ouvi tudo isso.— Mas você não acha que é muito recente? Ao todo temos apenas quatro meses, e se não der certo? Se eu me precipitar? — digo aflita— Se isso tudo acontecer, eu estarei aqui ou em outro lugar que seja de braços abertos te esperando para te acolher. O que não pode acontecer, é não arriscar por medo. Se joga Ana e vai ser feliz. Eu me viro sem problemas.Me levanto vou até ela e lhe dou um abraço.— Você é tão sabia. — digo agora segurando suas mãos— E você merece toda felicidade do mundo. — ela diz dando um beijo em meu rostoSim é verdade, eu mereço! E se não funcionar, eu posso vir embora, e se não der certo, v
AnaluConforme a hora vai passando me sinto ainda mais ansiosa, fico ensaiando milhares de frases para dizer assim que eu chegar lá, mas nada me parece ideal ou natural, preciso de algo surpreendente, ou seja, não conseguirei fazer nada.Às cinco horas da tarde em ponto, saio do serviço junto com Renata, corro para casa, tomo um banho, visto um short jeans preto e uma blusa rosa de alcinha. Foi o que consegui achar por cima da mala. Numa sacola de plástico, jogo meu uniforme, calço um chinelo e peço um carro de aplicativo.Antes de ir embora, dou um abraço em Renata e com os olhos marejados, eu digo:— Obrigada por tudo, estarei mais perto do que imagina!— Larga de ser boba, nos veremos todos os dias, trabalhamos juntas, esqueceu? — Renata fala rindo, ela não é muito de chorar e nem muito emocional, enquanto eu sou uma manteiga derretida— É verdade! — Só te peço uma coisa... SEJA FELIZ — ela grita antes de eu entrar no uber— PODE DEIXAR! TE AMO! — grito de volta— TAMBÉM TE AMO! —
Analu— Não sei se me sentiria confortável numa situação dessas. — enfim ele falaEu imaginei que a resposta seria essa, então digo:— Então você não se sentiria confortável comigo numa praia? — arqueio uma sobrancelha— Você é muito boa em argumentos, pantera. — ele diz apagando seu charutoMe levanto e vou até ele.— Amor, você tem que entender que são apenas fotos, qualquer pessoa poderá olhar, o Rio inteiro pode me olhar, mas pense pelo lado positivo, você é o único que me tem na sua cama e na sua vida. — faço uma carinha de sapecaEntão ele sorri, dá uma apertada em minha bochecha e diz:— Com uma condição."Ai, ai, lá vem coisa pesada por aí!"— E qual seria?— Irei em todos os ensaios fotográficos com você, sem exceção de nenhum.Solto o ar que estava preso, menos mal, achei que ele iria pedir coisas mais pesadas, vindo dele se espera qualquer coisa.— Como você quiser. — aceito— Sendo assim, sem problemas.Feliz da vida e aliviada dou um beijo em sua boca, que tem gosto de se
AnaluEnquanto ele se arruma em seu quarto, eu me arrumo no quarto ao lado, onde estão minhas roupas. Faço uma maquiagem um pouco mais forte como Renata me ensinou e nos lábios um batom bem vermelho. Faço cachos nas pontas do meu cabelo, me olho no espelho e enfim estou pronta. Entro em seu quarto e ele está passando seu perfume maravilhoso. Está vestindo social, mas não de terno, com uma calça jeans escura e uma blusa social cinza. "Meu Senhor Jesus, é impossível ficar mais bonito."— Fiu, fiu, que gato! — digo entrando no quartoEle me olha, dá um sorriso e diz:— Você está maravilhosa meu amor!Receber elogios é ótimo, mas quando se trata do meu senhor das trevas, é melhor ainda.Saímos de sua casa e fomos a caminho de seu cassino. Chegando lá encontramos Henrique acompanhado de uma mulher muito bonita, achei que ele iria se envolver com Nay, pois ela é tão bonita. Mas pelo visto, não foi assim. Conforme vamos entrando, as pessoas vão nos olhando. Santiago segura em minhas mãos
AnaluEstou aflita, Santiago não diz nada, apenas me olha como se ele fosse dizer uma barbaridade, e na minha mente totalmente insana, eu já imaginei tantas possibilidades que não aguento mais esperar.— Diga alguma coisa pelo amor de Deus! — digo sentada no sofáPassando as mãos pelos seus cabelos deixando-os bagunçando, enfim ele se senta ao meu lado e pega minhas mãos, as suas estão geladas e suando frio.— Mais uma vez, se quiser ir embora após o que eu te disser, fique à vontade. — ele me diz isso com seus olhos fixos nos meus— Droga, para de enrolar e fala logo Santiago! — digo já perdendo a paciênciaAinda com o olhar fixo ao meu, ele diz:— Ana Lúcia, quando bem menino eu me apaixonei por Viviane, nós morávamos pertos, estávamos sempre juntos, tanto brincando quanto na escola. Mas para meu azar e tortura, ela parecia sempre demonstrar que não tinha os mesmos sentimentos por mim. Na verdade, ela sempre abusou de minha boa vontade por ela, eu acabava que fazia de tudo para tê-l