Sophia saiu do clube de BDSM com o corpo inteiro estremecendo. Cada fibra sua ainda ecoava a voz firme e controladora de Giovanni, seus comandos inquestionáveis, o olhar cortante que parecia despir sua alma. As pernas tremiam e, mesmo assim, ela caminhou até o táxi que aguardava na frente do prédio.— Pra onde, senhora? — perguntou o motorista.— Minha casa… Não, espera. — Sophia hesitou, com os olhos desviando para o celular entre seus dedos. — Pode me levar para o endereço que vou te passar.Ela digitou o endereço da casa de Amélia e enviou para o motorista, que deu partida sem questionar. Durante o trajeto, a mente de Sophia martelava cenas da última hora, as palavras de Giovanni ainda vibrando em sua cabeça, como se ele estivesse ali ao seu lado.“Você vai voltar, Sophia. Porque eu vou te chamar.”O táxi parou diante da casa de Amélia. Sophia desceu sem pensar duas vezes e bateu na porta. Amélia, de cabelos desgrenhados e olhos preocupados, abriu imediatamente.— Sophia? O que aco
Antonella estava sentada na varanda da mansão, com os pés descalços sobre o chão frio de mármore, aproveitando a brisa suave que agitava levemente os cachos loiros que caíam sobre seus ombros. A manhã estava bonita, ensolarada, mas carregava uma sensação estranha, como se o ar estivesse mais denso, mais carregado de segredos.Isabella, sua mãe, estava ao seu lado, ocupando uma poltrona de veludo azul com sua habitual elegância. As mãos delicadas seguravam uma xícara de chá perfumado, o aroma de camomila e hortelã se espalhando suavemente pelo ambiente. Os olhos atentos da mulher, acostumados a ler silêncios, estavam fixos em Antonella, sempre avaliadores, mas agora com uma pontada de expectativa curiosa.— Então, como foi a viagem para a Itália? — perguntou com um sorriso gentil, que era mais curioso do que maternal, mas havia um calor raro naquela manhã.Angelina deu de ombros, mas havia um brilho intrigante em seus olhos, como se algo realmente a tivesse tocado.— Foi boa, como semp
Sophia estava parada diante do espelho, com os olhos fixos na própria imagem como se buscasse uma confirmação: ainda sou eu? Ela queria encontrar força naquele reflexo, a mulher determinada, que lutava por si e por quem amava , mas o que via era algo diferente. Havia sombras em seus olhos, vestígios de noites mal dormidas e pensamentos que insistiam em girar ao redor de um único nome: Giovanni Bianchi.Seu coração batia descompassado. Não apenas pela noite que se aproximava, mas porque havia uma inquietação constante sob sua pele. Uma presença silenciosa, ardente, que a acompanhava aonde fosse: ele. Giovanni estava nos seus pensamentos, no seu corpo, no medo, no desejo. Ela sabia exatamente o que ele era: um homem frio, manipulador, capaz de dobrar até as vontades mais firmes com um único olhar. E mesmo assim, algo dentro dela gritava por ele. Odiava essa parte de si. Essa parte que ansiava estar em seus braços, mesmo sabendo que eles podiam ser a própria prisão.Ela se lembrava da p
O táxi parou em frente ao clube, e Sophia respirou fundo antes de abrir a porta. O coração batia tão forte que ela se perguntou se os outros poderiam ouvir. A fachada do prédio era imponente, discreta, mas todos sabiam o que acontecia ali. Especialmente na ala VIP, onde apenas os mais influentes e poderosos tinham acesso.Ela saiu do carro com passos decididos, mas cada movimento parecia mais pesado que o anterior. Mesmo enquanto pagava o motorista e caminhava para a entrada, uma parte dela queria correr para o lado oposto. Ir para casa e se enfiar sob as cobertas ao lado de Hanna e fingir que o mundo lá fora não existia.Mas Giovanni não era alguém que você simplesmente ignorava. Ele era um vórtice que a puxava cada vez mais para o seu mundo sombrio e fascinante. E Sophia não conseguia mais distinguir se aquilo era um peso ou um prazer.A noite estava envolta em um silêncio denso e carregado de promessas não ditas quando Sophia adentrou o clube privado. As luzes suaves, o cheiro de c
Sophia entrou no quarto especial, com os pés hesitantes atravessando uma linha invisível entre controle e a rendição. Giovanni fechou a porta atrás dela com um clique suave, mas que soou como uma sentença inevitável.O ambiente era sofisticado e escuro, paredes de madeira elegante e cortinas pesadas que garantiam a privacidade absoluta. A iluminação era baixa, lançando sombras misteriosas que se arrastavam pelo chão polido. Havia uma cama larga ao centro, mas também poltronas luxuosas e prateleiras decoradas com objetos que sugeriam prazer e poder em medidas equivalentes.— Tire o casaco. — A voz de Giovanni soou firme, autoritária, sem deixar espaço para questionamentos. Sophia obedeceu sem pensar, deslizando o casaco dos ombros e revelando o vestido verde que abraçava seu corpo de forma provocante. O olhar de Giovanni percorreu cada linha de seu corpo como um toque palpável, analisando cada detalhe.— Aproxime-se de mim, Sophia. — Ele ordenou, com os olhos azuis escuros como a noi
A cadeira era confortável, mas a vulnerabilidade que ela provocava em Sophia era incômoda e intensa. A madeira fria contra sua pele exposta contrastava com o calor que se acumulava sob a superfície do seu corpo. Suas mãos repousavam no colo, tensas, enquanto os olhos fixavam-se em Giovanni, que agora caminhava até uma prateleira discreta ao lado da lareira.Quando ele se virou novamente, algo em sua postura fez o estômago de Sophia se contrair. Giovanni segurava fitas e cordas negras de seda, o tecido macio brilhando sob a luz morna do ambiente. Seus olhos estavam escuros, famintos.— Sente-se bem, nena? — ele perguntou, com a voz baixa, carregada de intenção.Sophia assentiu, mas o gesto foi pequeno, quase imperceptível. Giovanni se aproximou com a lentidão de um predador.— Relaxe. Hoje, vou apenas dar um vislumbre do que se entregar para mim. A voz dele a envolveu como um toque invisível. Ela abriu a boca para responder, mas a respiração vacilante só permitiu que um sopro escapass
Giovanni manteve os olhos cravados nela enquanto seus dedos continuavam explorando-a com uma precisão cirúrgica e um domínio cruel. Ele não tocava com pressa. Cada movimento era estudado, como se estivesse esculpindo suas reações com toques sutis e profundos. O som da respiração ofegante de Sophia preenchia o silêncio do quarto, misturando-se ao tilintar quase imperceptível das cordas tensionadas a cada estremecimento involuntário de seu corpo.— Você sente isso, não sente? — ele sussurrou, curvando-se para beijar o canto de sua boca, os lábios provocando sem dar — sente o quanto seu corpo me obedece, mesmo quando sua mente ainda tenta resistir.Sophia arfou, os olhos fechados, os lábios entreabertos como se tentasse conter algo — uma confissão, um grito, um pedido.— Eu devia odiar você… — ela pensou, mas a frase se dissolveu dentro do calor que a consumia.Porque não havia ódio naquele instante. Havia submissão. Havia a entrega de uma mulher que, por mais que carregasse orgulho e f
Com o corpo de Sophia ainda estremecendo, Giovanni a observava com olhos famintos, mas frios como aço. Havia algo selvagem em sua quietude, não era ternura, era o olhar de um predador que observa sua presa rendida, ciente de que ela não podia mais fugir. O calor no quarto parecia se condensar ao redor deles, denso e pulsante como um segundo coração.Ele a deitou sobre a cama com um gesto firme. Sem palavras suaves, sem promessas. Apenas ação. E quando suas mãos voltaram a tocar sua pele, não havia carinho, havia posse. Havia controle.— Ainda não terminei com você, Sophia. — A voz dele soou baixa, áspera, como um aviso.Ela o olhou com os lábios entreabertos, o peito arfando, o desejo ainda vibrando so