CAPÍTULO IX
BUSCA NO TEMPLO DEBOD
Demorei um pouco para me arrumar e descer, estava no terceiro andar, também tinha que dar um tempo, não sabia exatamente quem era essa Maria, no momento só tinha a informação do mendigo, que já me fazia um alerta sobre a parceira de Madrid. Cheguei na recepção, comecei a procurar alguma mulher que tivesse as características, que imaginava de acordo o nosso informante, um jovem da recepção se aproximou de mim e falou:
- Señor, una dama lo espera allí en el vestíbulo verde.
- Gracias amigo, ¿dónde está el lobby por favor? – Perguntei ao jovem
- Esté a su izquierda señor - disse o jovem sorrindo.
- Gracias – Respondi enquanto seguia para o saguão.
Cheguei ao saguão verde
há exatamente uma década, personagens que integravam o alto escalão dos poderes Executivo e Legislativo no DF foram despertados por policiais federais e representantes do Ministério Público. Vinte e sete de novembro de 2009 entrou para o calendário como a sexta-feira que marcaria para sempre a história política da capital federal, o primeiro dia da Operação Caixa de Pandora. Vivia-se, naquela época, a pré-história da Lava Jato. As ações da PF não eram frequentes como se tornaram nos últimos cinco anos. Por isso, a investida contra o crime financiado por empresários corruptos e entranhado nos gabinetes de políticos poderosos e empoderados com cargos públicos caiu como uma bomba, deixando estilhaços nos quatro cantos da cena candanga.
“Esta é uma obra de ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações terá sido mera coincidência”.DEZ DIAS 30 HORAS1.ª EdiçãoPARIS, ADORMECE CASULO,AMANHECE, BORBOLETA,ENCANTA, DEPOIS, INVÓLUCRO PURO,Amanhece, MULTICOR BORBOLETA. LÉO PAJEÚPublicado mediante acordo com todos os dire
PRÓLOGO CAIXA DE PANDORA: UMA HISTÓRIA QUE NÃO ACABOU Na mitologia Grega,Pandorafoi a primeira mulher que existiu.Pandoranão resistiu à curiosidade, abriu acaixae os males escaparam. .... Por mais depressa que providenciasse fechá-la, restou apenas um único: a esperança. O mito daCaixa de Pandorasugere que, apesar de todos os males e todas as angústias, ao menos podemos nos apegar à esperança, "a última que morre". Faz parte da curiosidade humana querer saber como e por que as coisas acontecem no mundo da maneira como elas ocorrem. Para isso criouPandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à terra, entregou-lhe umacaixa, recomendando que ela jamais fosse aberta.Dentrodela, os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem: a discórdia,
Capítulo I MISSÃO, PARIS... .... Estava terminando minha segunda garrafa de vinho, um vinho vagabundo, mas era do jeito que eu gostava, tinto e suave. Já passava da meia noite, ouvia uns gritos lá fora, na avenida, apesar de estar no décimo andar, parecia uma briga ou um assalto, em Águas Claras, não era comum uma gritaria daquela, nem tão pouco um assalto, mas o tempo tinha mudado e agora a ninguém tinha mais sossego em lugar algum, até minhas missões pareciam mais tranquilas em ralação ao dia a dia das cidades do Distrito Federal. Pensei em dar uma olhada pela janela, a gritaria já tomava conta de todo o local, mas o celular vibrou e tocou sua musiquinha tradicional do fabricante do aparelho, estava recebendo uma mensagem de voz, e naquela hora poderia ser algo incomum, logo percebi que a mensagem era importante, apesar
CAPÍTULO II - PRIMEIRO DIA CHEGANDO EM PARIS Chegando em Lisboa, após quase dez horas de voo, me encaminhei imediatamente para pegar a conexão para Paris, peguei o voo 434 com destino ao aeroporto de Orly. Antes da decolagem do voo, foi informado pela comandante, que toda tripulação era composta por mulheres, nesse momento aconteceu alguma manifestação de alguns homens e mulheres oriundos do Brasil, algumas senhoras da alta sociedade brasiliense fizeram comentários e três ou quatros homens as apoiaram, pareciam não acreditar na capacidade da tripulação e tentaram gerar desconfiança com manifestações sem créditos dos demais passageiros, realmente a maioria não deu atenção e o voo foi tranquilo, no final com uma excelente aterrissagem, o qual a tripulação foi aplaudida. Desembarquei no aeroporto de Orly, percebi que já tinh
CAPÍTULO III – SEGUNDO DIA UM PASSEIO CONVENCIONAL Acordei cedo, sempre faço isso quando tenho compromisso, me antecipo para tudo. O café da manhã é servido em um porão, gostei muito do café da manhã, que é servido em uma espécie de porão/caverna! Com três espaço, não muito grande, mas bem limpo e bem conservado. É servido com muitos produtos naturais, gostei muito do café da manhã do hotel, pelo menos isso, por enquanto. Aguardei Sarah ansioso, se é que o convite tinha sido sério, ainda pairava muita desconfiança, achava que ela já desconfiava de algo, não acreditava que uma mulher com o estilo dela, estava ali pura e simplesmente tentando esconder ou revelar algo de um sistema tão complexo, como a “Operação Caixa de Pandora”, sem saber de nada ou está bem atenta com quem se aproximasse de si. &
CAPÍTULO IV ENTORNO DO DISTRITO FEDERAL – BRASIL Um veículo Sienna preto se aproxima da entrada da chácara Perdizes, nas proximidades da cidade do Gama, o portão automático se abre, o veículo chega próxima a garagem da residência, existem dois carros na garagem, uma camionete prata da GM e um veículo de passeio da Volkswagen. Dois homens de estatura média, vestindo jaquetas pretas e calças jeans descem do veículo. Um homem sai da casa e recebe os visitantes: - Araújo, Cabo velho, quanto tempo, você resolveu sumir daqui, foi para a reserva, aí se mandou, que bom que voltou para nos visitar – Quem é o companheiro aí, eu não lembro ou não conheço – Diz Mourão apertando a mão do amigo de Araújo. - Esse é um grande amigo Mourão, mas não é daqui ele trabalhava na polícia de Goiás, agora pensa em um parceiro bom, aí não arrega para nada, es
Capítulo V PELAS RUAS DE PARIS... Estava apenas a três quilômetros e meio do Museo de Louvre, mas não dava para chegar lá tão rápido, deveria chamar o amigo desconhecido, o Senegalês. Tinha que percorrer a parte de fora do Museo de Louvre, mais três mulheres iriam percorrer aqueles lugares, minha missão era descobrir, quem eram essas mulheres, o que carregavam e qual delas era o alvo principal, seria a Sarah, tinha pensado nisso, mas não conhecia as outras. Não demorou muito e o Senegalês chegou, esboçava seu sorriso e abria a porta do veículo para deixar entender que era um motorista de aplicativo, apesar do carro não está caracterizado como um. - Allons où ami – Diz o Senegalês esboçando um sorriso irônico. - Vamos ali na puta que o pariu, deixa de ser fresco e fala minha língua, sei que sabe, fica dando essa de Francês forçado não
Capítulo VI UMA NOITE NO RIO SENA O Senegalês estava enganado, depois do sumiço de Sarah pelas ruas de Paris, também fiquei desconfiado, mas quando a noite parecia chegar, ela também chegou, e como uma pessoa que cumpre seus compromissos, pediu que a aguardasse mais um pouco, pois iria se arrumar, depois do susto, já podia ficar bem tranquilo agora, esperar mais um pouco não iria me fazer nenhum mal, minha rotina e minha experiência, esperar, ter paciência era comum. A espera valeu apenas, depois de algum momento a borboleta saiu de seu casulo, era tão linda, as luzes de Paris iriam ganhar uma luz mais brilhante, mais bela nessa noite, falei que iria chamar um taxi, um Uber, mas fui contido, a ideia era usar o transporte público e andar pelas ruas de Paris como se isso fosse uma coisa casual, então não podia questionar a vontade da bela borboleta que queria bater assas pela cidade. &n