Luizão: Como assim Mônica? Que papo é esse? _ Foi um oficial hoje lá na escola e me entregou a intimação. Eu estou com medo Luiz. - Não consegui segurar as lagrimas. - Não sei como eu consegui dirigir, o Edno me encontrou no caminho quando eu quase bati na moto dele e só estava me ajudando, me dando apoio. Luizão: Calma aí. Ele puxou o celular e depois de discar algum número, ficou me encarando, meu corpo começou a sentir o cansaço. Acabei sentando no sofá sob o seu olhar atento que continuava esperando alguém do outro lado da linha. Luizão: Fala Mariza, Luiz. Luizão: Preciso que tu dê um pulo aqui na quebrada. Luizão: Não, não, comigo de boa, papo é com minha mulher. Ela recebeu uma carta. Luizão: Não sei porra. Pra eles vim atrás dela assim com certeza eles tem alguma coisa. Luizão: Não, não deixo ela participar. Não caralho, já falei ela dificilmente anda do meu lado, ainda mais quando tô assim... Caralho. Luizão: Porra mano. Ela viajou comigo pro Rio recentemente. L
É sexta e como não fui para a escola vim para a casa da minha mãe ficar um pouco com meu gordinho para tentar aliviar a minha mente. Está com quase um mês e é a coisa mais linda, incrível como é a cara do Bento, de Emily aqui só a boca e o nariz porque é todinho o pai. Emily: E aí? _ Aguardar né? Segunda feira eu vou lá e a doutora vai comigo. Emily: Vai dar tudo certo Mônica. Se preocupa não, vários aqui conhece tua vida e todos sabem que tu é uma pessoa maravilhosa. _ Eu espero Emily, vou mentir não, estou morrendo de medo. Emily: E Luiz? _ Está feito um lunático querendo saber quem deu prova que eu estou envolvida. Na quarta lá em casa ligou e esculachou o Rd porque parece que as fotos foram lá do Rio. Emily: Foda prima, complicado demais. Agora deixa eu dar um banho nele que o pai ligou avisando que vinha aí, vai levar nós dois pra passear. _ hummmmmmmmm, já voltaram a se foder? - Perguntei tentando me animar um pouco. Emily: Queria! Porém... Não segurei a risada, se
Luciana: Não fica assim Mô, tô te achando tão pra baixo. Depois que o Luiz saiu me garantindo que as suas atitudes seriam apenas para preservar a minha liberdade eu vim para casa e no meio do caminho Luciana me ligou, como já não tinha nada para fazer estamos aqui falando de tudo e nada, só que meu ânimo está mais baixo que termômetro no polo norte. _ É tudo muito complicado Lu, veio tudo de uma vez sem me dar tempo de respirar ou reagir. Luiz fala que me ama, mas parece querer me abandonar nesse momento. Luciana: Não vai, até parece né? Como a amiga mãezona que ela é, ficou me confortando aquela noite até que o Jota passou para buscá-la. Ainda não estão juntos, ele está mais para um pau mandado dela, faz tudo sem questionar, dá até dó, mas foi ele que caçou isso, então ele que lute. Dormi a noite de sexta sozinha em casa e foi até bom para refletir. No sábado resolvi faxinar toda a casa, só assim esquecia de tudo que me assolava. Era muita preocupação e se não respirasse um pouc
Acordei de madrugada com um barulho de muitas vozes. A voz da Lu se sobressaia, porque até quando estava calma a sua voz era alta. Eu dormi no quarto da Carol. Ela de bom grado me cedeu a cama enquanto Douglas foi dividir a cama com a Lu e o Jota. Sim, a casa precisava de um homem caso alguém aparecesse para me procurar, essas foram as palavras de desculpa para dormir aqui. Ele estava muito chateado com o irmão que deu essa mancada com uma mina legal como a Mônica, também foram palavras suas. Luciana: Te juro Luiz, se acontecer alguma coisa com meu filho, eu volto e coitado de você. Luizão: Para de ser louca Luciana. Não pega o bonde andando e pangua nas ideia. - A voz dele também estava alterada. Sai do quarto em silêncio e cheguei na sala da mesma maneira. Luciana: Luiz, eu esperava mais de você sabia. Sempre te admirei como exemplo de homem e olha o que tu faz. A menina passando pelo negócio que nem é dela e tu por aí com piranha. Luizão: Cala a porra da boca mulher. Tu
Mariza: Lembra de tudo que nós conversamos. Não vai acontecer nada, o que não pode é você cair em suas provocações, e acredite eles vão tentar o impossível, então mantenha a calma e se fugir do controle eu estarei ao seu lado. _ OK. Ok é o caralho. Por fora eu poderia estar demonstrado uma paz serena, mas por dentro estava pior que o furacão Katrina. Estávamos na porta da delegacia e tudo estava me dizendo que ia dar merda. _ Doutora, eu estou com medo. Mariza: Não fica. Como eu te disse o que eles têm não é suficiente para te prender, claro que vão tentar algo para conseguir mais, por isso eu preciso que você mantenha a cabeça no jogo e lembre-se de tudo que combinamos. Dessa vez apenas assenti com a cabeça. Mesmo nervosa segui juntamente com ela. Coloquei uma calça jeans escura e uma blusa social azul bebê para demonstrar serenidade. Me vesti de acordo com o que eu queria mostrar a eles, que eu não devia nada, que era apenas uma professora tentando deixar minha marca e minh
Tagovalia: Não é infundada doutora. E o fato de ser a senhora estar aqui me diz mais do que eu preciso. Afinal quem é que o Luiz chama quando está em apuros? Mariza: Sou advogada criminalista, trabalho defendendo pessoas e se isso te incomoda sinto muito por você. Se o presidente da República me chamar para o defender você também vai associa-lo ao tráfico? Continua apenas ocupando nosso tempo investigador. Tem algo realmente útil que queira perguntar a minha cliente? Tagovalia: Agora não mais. Se necessário senhorita, enviaremos uma nova carta solicitando sua presença. Mariza: Bom, não vai ser necessário. Nesse momento a porta se abriu, fomos interrompidos por um homem de mais idade vestido em um terno que exalava poder. Tagovalia: Delegado. Delegado: Acabamos aqui? Tagovalia: Sim senhor, já esclareci o que se tinha para esclarecer. Delegado: Nos dê licença investigador. Eu já comecei a ficar desesperada. O que este senhor poderia querer dessa situação. Até cheguei a p
Depois que a Doutora saiu eu subi para o quarto. Estava esgotada em nível máximo e com a cabeça doendo mais que o normal. Coloquei um moletom qualquer do Luiz e desci para comer alguma coisa, pois já estava anoitecendo e nem lembro a última coisa que comi hoje. Daniel: Mônica. - Ele chegou na cozinha com a Ana que ficou com as bochechas vermelhas quando me notou. _ Oi, boa noite. Ana: Oi prô. _ Oi Ana. Daniel: E aí? Tá tudo certo? _ Agora sim. Por enquanto eu estou tranquila. Daniel: Sabia, meu pai não ia deixar nada acontecer contigo. _ É. Daniel: Vou subir. Ana vai dormir aqui. Sabe se o coroa dá as caras ainda hoje? Olhei para Ana que carregava uma mochila. Uma princesinha ela, toda tímida e delicada. Excelente aluna. Espero que Daniel não a machuque. _ Não disse nada, ele saiu sem dizer onde ia. Daniel: Suave, mais tarde vou pedir pizza. _ Eu vou comer isso aqui e vou dormir, estou com a cabeça doendo e cansada e amanhã vou pra escola. Daniel: Suave, precisar de al
Luizão Bento: E essa chuva do nada caralho? Tava na casa da minha coroa, bolando um e olhando a chuva que caia no quintal. Coroa bateu o pé e disse que ia tirar um tempo pra ela e foi mesmo. Nem falo nada, merece demais. Os filhos depois de grande só problema atrás de problema. Quero nem ver quando ela descobrir essa parada da Mônica. Te falar, tá tirando meu sono pra caralho. Tô suspeitando de alguém, mas é aquilo, suspeita não é certeza, e pra não levar ninguém enganado eu prefiro ter certeza antes da cobrança. Já tem uma semana que ela tá afastada de mim. Me despedi dela na segunda e pro bem dela e de todos não tamo se vendo. Saudade aperta a mil. Minha Índia , minha preta, meu amor, minha vida. Quando eu pegar quem deu ela não vai ficar bonito. Pode ser quem for. Pelo que eu entendi várias fotos dela com uma história totalmente diferente, como se ela fosse meu laranja. Ideia desbaratinada, parceiro. E ainda tenho que aturar a outra. Sufoca pra caralho. Acha legal que tô na d