Cheguei ali perto da estação da Luz quando fui cercado por dois caras altão me apontaram uma arma, não era policial porque não tava uniformizado. Xxx: Perdeu caralho. _ Foi mal, foi mal tio. Aqui ó peguei nada não. Eles me levaram para um beco e ali eu tomei ciência da minha nova vida. Era o Nelson, o cara me deu um esculacho me chamou de vários nomes, me deixou pegado. Aí depois de tudo mandou me jogar no fundo do carro. Passei bem uma hora chacoalhando, não sei nem como não morri. Já estava acostumado com a minha má sorte. Quando ele me tirou daquele porta malas eu estava numa favela, achei que fosse meu fim ali. Só que ele chamou uma mulher. Ela quando me viu veio toda preocupada, cheia de agarra agarra, só lembro de gritar " tira a mão vagabunda" Tomei um tapão na nuca. Depois de um tempo ali morando com eles eu meio que deixei de ser bicho, apesar de ter muita raiva de mulher, dona Flaviana me fez gostar um pouquinho dela e mais que isso me fez ter respeito por ela.
Emily Estou vivendo a minha melhor fase, meu barrigão de sete meses me mostra isso. Ainda trabalho no caixa do mercado, é pouco, mas meu irmão minha tia e minha prima tem me ajudado bastante nas coisas do Bernardo. Vir morar com minha tia foi a melhor coisa que eu pude fazer. Ela tem conversado bastante comigo e aberto meus olhos. Eu sei que meu tio ajudou a em tudo, mas ela sempre foi essa mulher independente e firme que vocês veem. Pode ser bocuda, e as vezes falar coisas que dói, mas ela só faz isso com quem ama e quer o melhor. E eu sei que é isso que ela quer para mim. A duas semanas no aniversário da Mônica eu esperava encontrar o Bento. Não posso mentir, eu desde que cheguei aqui olhava ele, sempre ia nos rolê que ele estava sempre na intensão de ser notada. Só não contava que fosse me apaixonar. Nunca vi ele assumir mulher e filhos eu também sei que não tem. Achei que a atitude dele em receber essa notícia de mim ia ser outra. Eu sei, foi irresponsabilidade minh
Mônica Semana que vem começam às aulas, estou com saudades, mas nem imagino o trabalho que vai ser agora com o curso, vou ter que fazer malabarismo com o tempo que não tinha. Estava arrumando minha casa para deixar as coisas em ordem para não ser pega de surpresa nessa minha nova rotina quando ouvi meu celular tocar. Carol: Tia. - Ela chorava. _ O que foi Carol? O que está acontecendo? Carol: Meu pai e minha mãe. Eles vão se matar. _ Eu estou indo. Onde vocês estão? Carol: Eu me tranquei com o Douglas aqui no meu quarto, mas eles estão caindo na porrada, meu pai vai matar minha mãe tia. Enquanto eu falava com ela sai de casa correndo, nem reparei se fechei a porta. Ela chorava desesperada e eu não tinha tempo para verificar nada. Acelerei o carro e enquanto isso permaneci com ela na linha tentando acalmar. Não é de agora que eu vejo que os dois não estão bem, desde o meu aniversário Luciana tem soltado algumas indiretas e sempre que eu pergunto o que está acontecendo, ela
Luciana Acordei sentindo um gosto amargo do remédio na boca. Lembro que depois da briga eu passei mal e depois tudo escureceu. Agora aqui olhando ao meu redor reconheci que estava em um hospital, e mexendo em uma mangueira que estava ligada no meu braço, uma enfermeira. Enfermeira: Olá, boa tarde. _ O-oi. Enfermeira: Como você está se sentindo? _ Dor, dói minha barriga, minhas costas, meu pescoço. Enfermeira: A sim. Infelizmente a lista de medicamentos para você é curta, o médico já prescreveu seus remédios e estamos te dando essa bolsa de soro por causa da gravidade do seu quadro. O que fizeram com você foi muito cruel. Onde vamos parar com tanta violência? _ O que houve? Enfermeira: Você não sabe? Fiz que não com a cabeça. Enfermeira: Você chegou aqui com princípio de aborto, ainda bem que sua amiga foi rápida e te encontrou. Parece que a covardia que fizeram com você foi grande, você lembra quem foi? _ Aborto? Co-como assim? Enfermeira: Você está grávida, conseguimos
Mônica Chegamos em casa na tarde do dia seguinte. Ajudei minha amiga a tomar um banho e colocar o pijama. Depois eu desci e fiz uma sopa de legumes com um suco de beterraba, cenoura, laranja e maçã para ela ficar bem saudável. Estava arrumando tudo numa bandeja quando Vânia entrou com o Luiz. Ele veio até mim, e me deu um selinho. Luízão: E aí? _ Oi. Oi Vânia. Vânia: Oi minha querida, cadê minha Lu? _ Está lá em cima deitada. Ela precisa de repouso. O médico pediu para ficar deitada e não passar nervoso. O bebê ainda corre risco. É uma situação difícil e sei que precisamos ser fortes junto com ela, mesmo Vânia querendo chorar intervi para que nós fossemos seu alicerce. _ Vânia, por favor. Ela quer muito que esse bebê venha. Nos desesperar vai preocupa-la ainda mais. Vamos manter a calma. Ela precisa de nossa força. Luízão: É isso mãe, controla aí. _ E você nada de cobrar alguma coisa. Se for para estressar melhor nem abrir a boca. Ele me encarou sério. Nem dei confiança,
Acordei sábado de manhã e Luiz ainda estava dormindo o que era um milagre. Descobri o que me acordou quando ouvi barulhos na cozinha e sabia que era minha mãe. _ Bom dia. – Disse assim que me aprontei para botar a cara no sol em mais um dia. Lourdes: Bom dia, e aí como tá Luciana? _ Bem, médico pediu repouso absoluto. Lourdes: É o melhor que ela faz. Situação hein? _ É mãe, dá nem pra se meter né? Lourdes: Eu que não sou nem louca, porque daqui a pouco eles conversam e fica bem, e quem sai com cara de tacho é quem se meteu. _ Foi o que falei, agora tá todo mundo na flor da raiva e não tá pensando. Pedi pra ela se acalmar e pensar nos filhos e depois resolvesse a vida com o Jota. Lourdes: Luiz chega hoje? _ Está aí já. Lourdes: E tu nem avisa? Tomamos café, falando de tudo e nada. Ela me contou que o tio do Luíz estava lá na casa dela falando com Emily. Meu coração gelou na hora. Lourdes: É quem o pai daquela criança Mônica? _ Ihhhh mãe. Lourdes: Eu juro que se aparecer r
Emily Quando Mônica me chamou para ir até sua casa, pensei muito, porque mesmo trabalhando sentada no caixa, grávida cansa por qualquer coisa. E esse barrigão de quase oito meses tem me matado. Entre o pensamento de ir e não ir acabei chegando no seu portão e apertei a campainha, quem abriu foi o Daniel. _ Mônica tá aí. Daniel: Ah, tá lá dentro. - Falou meio desanimado. Fico de cara com esse moleque, na boa, deve ser algum amor encubado pela Mônica porque não é possível. Lourdes: Chegou minha buchuda. Ela foi a primeira a me ver quando apareci na porta. Na boa, Luiz caprichou nessa casa hein. Casão bonito. Mônica: Aí prima. _ Oi gente, boa tarde. Todo mundo me recebeu com felicidades. Eu amo isso. Aqui na sala só tinha mulher, até a pequena do Luíz estava no meio. Aposto que Gabriela não sabe, aquela ali ama Luiz até hoje e não suporta que ele esteja vivendo a vida dele com minha prima. _ Temos outra buchuda né. Luciana: Nem me fala. Tirei a sandália e sentei no tapete d
Bento Tava ali fora conversando com meus parceiros, só que a cabeça tava avoada. Esse papo aí de que vou ser pai tá mexendo demais comigo. Bagulho que incomoda de verdade, tá ligado? Parece que aquela raiva adormecida acordou, e veio mais forte que nunca. Luízão: Ô cabaço. Olhei pra ele. Os moleques já tinha entrado, foram se arrumar, daqui a pouco a Gabriela tá aí pra pegar eles. Já estava até escurecendo. _ Fala aí. Luízão: Tô falando aqui e tu parece que tá em outro mundo. _ Na boa irmão? Esse bagulho tá mexendo de verdade comigo. Luízão: A mina lá? _ É. Luízão: Foda, entendeu. Só te falar que filho é benção, nós é errado pra caralho nessas fita. As vezes nem me acho merecedor de ter meus filhos. Ainda bem que minha mãe tá aí, me ajudou demais quando a doida lá me entregou o Daniel depois eu tive que arrancar na marra o Luan daquela m*****a. Ainda bem que a Gabriela me ajudou no início. Reconheço o que ela fez pelos meus filhos, abraçou os moleques como sendo dela, e t