Estava nevando. O inverno em Seattle chegou mais cedo, e eu observava cada minúsculo detalhe, sentada com as pernas apoiadas em minha janela, numa das mãos, chocolate quente, e em outra, meu celular. Pensava o tempo inteiro em Samantha. Queria ligá-la e dizer que tinha saudades, mas talvez ela não sentisse, e meu peito doía ao pensar nessa possibilidade.

Onde ela estaria? Será que saiu de Seattle e foi se aventurar em outros lugares? Ela sempre foi tão livre.

Já fazia meses que havíamos terminado, mas ainda sim, todo o sentimento existia em mim, se fazia presente em cada pedacinho do meu ser. Não pode ser que ela não sinta nem um pouquinho por mim.

Meu pensamento se vai quando ouço a campainha