Matteo- Então? – Perguntei. Não suportando mais nem um segundo sem saber.- Eles estão em uma propriedade a cerca de trinta minutos daqui. - Vamos lá – Tony disse – Vamos fazer isso.Saímos os quatro do escritório. Meus pais estavam na sala – Oh! Querido, onde você está indo? Teve alguma notícia? Não deveríamos chamar a polícia?- Não, mãe. Não tivemos nenhuma notícia. Vamos apenas dar uma olhada em alguns lugares que não fomos.Ela então reconheceu Sartori – Oh! Você não é Luca Sartori? Conhecemo-nos em um jantar beneficente há alguns meses.- Claro. Como poderia esquecer Sra. Mazza, Sr. Mazza.Ele cumprimentou meus pais e eu não podia suportar mais tantas amenidades. Eu só queria encontrar a minha esposa. O centro do meu universo. Minha mãe agradeceu pela sua presença na vinícola para ajudar nas buscas e eu rapidamente me questionei se ela ainda se sentiria grata se soubesse quem realmente era Luca Sartori.- Precisamos ir - eu disse e Luca se despediu rapidamente. Antes que alcan
- Precisamos abandonar este carro e substituir por outro. Eu tenho certeza que eles têm como rastrear esse aqui – Eu queria falar, mas a fita que ele colocou na minha boca e em volta da minha mão me impediam. Eu não sei o que fez com que eu pensasse assim, mas eu acreditava que podia convencê-lo a me soltar se eu pudesse falar. Eu não tinha ideia de para onde eu estava sendo levada. Havia muito mato em volta e eu não reconhecia nada por aqui. Ele continuou dirigindo, agora em silêncio. Eu estava cansada. Muito cansada e assustada. Até hoje, meu raptor não havia usado de violência para comigo. Eu poderia afirmar que ele era até gentil. Insano dizer isso, mas dadas as circunstâncias, era a mais absoluta verdade. Hoje, porém, eu compreendi que ele não estava para brincadeiras. Ele havia me autorizado a andar pelo quarto e usar o banheiro quando eu precisasse nos últimos dias. Eu não aguentava mais ficar naquela cama. Minhas costas doíam o tempo todo. Tanto pela dureza do colchão velho e
Matteo- Inferno! – gritei. O desespero mais uma vez se fazendo presente. Impotente. Era assim que eu me sentia. Perseguimos o veículo que levava minha Giovanna por quilômetros, guiados por um dos homens de Luca que rastreava o veículo e nos passava as coordenadas. Em um determinado ponto, quando Luca anunciou que o carro não estava mais em movimento, fiquei novamente dividido entre o alívio e o medo. Aliviado por minha mulher não estar sendo levada para mais longe de mim e, consequentemente, eu estaria mais perto de resgatá-la. Medo, ao ruminar a possibilidade do automóvel ser abandonado e Jeremias fugir, levando minha esposa com ele. Constatar que a segunda afirmativa foi a verdadeira me deixou lívido. Tudo o que encontramos foi o veículo abandonado à beira da estrada. Luca ordenou que os seus homens vasculhassem todo o entorno, mais homens foram chamados para isso, mas infelizmente as possibilidades eram infinitas. Não sabíamos se ele estava por perto, se roubou outro veículo ou se
Luca SartoriAo sair do escritório de Matteo Mazza, fiquei aliviado por não encontrar todas aquelas pessoas que estavam espalhadas pela grande sala quando chegamos há pouco. Após as palavras de Matteo, minutos atrás, elas devem ter concluído que não havia muito a ser feito por hora e devem ter se recolhido, afinal era muito tarde. Atravessei a grande sala e alcancei a saída que dava acesso ao terraço. O mesmo pelo qual entrei quando cheguei à propriedade mais cedo. Ele estava completamente escurecido, o que eu aprovei. Combinava com o tom da minha alma, além de me dar certa privacidade. Eu estava inquieto. Havia muita merda acontecendo na minha vida neste exato momento e A Família envolvida no desaparecimento de uma mulher inocente pertencente a uma das famílias mais tradicionais e influentes da Itália era apenas a cereja do bolo. Mas, sendo muito honesto, de tudo que havia em meu prato, minha maior inquietação era a jovem e doce Guilhermina. Porra! Eu estava fodido. Um Simples pensam
MatteoEttore e Martinelli estavam demorando mais do que o esperado. Alícia não morava tão longe e eu me perguntava por que estavam demorando tanto. Quando a porta se abriu e uma Alícia nada dócil adentrou o meu escritório, seguida pelos meus seguranças eu sabia que isso não seria fácil. Mas eu estava pronto pra isso. Eu não era mais aquele Matteo que ela conheceu. Ela não iria me manipular com seu showzinho. Eu estava disposto a ir até as últimas consequências para conseguir arrancar dela toda informação que ela poderia me dar – Que porra é essa, Teo? – ela cuspiu. Seu queixo erguido e suas mãos nos quadris.- Sente-se – ordenei.- Matteo, você sabe que horas...- Senta a porra da sua bunda nessa cadeira agora, sua puta – ela disfarçou o choque tão bem quanto ela pode, mas não pra mim. Ela sabia agora que eu não estava brincando. Quando ela se sentou, eu me aproximei, mas não muito para não matá-la antes que ela pudesse me dizer qualquer coisa útil. – Onde está a minha mulher?- Como
Luca SartoriCaminhei pelo corredor principal no lado leste da mansão. A despeito do horário avançado e da maioria dos ocupantes do imóvel estarem dormindo, o caminho estava totalmente iluminado, com portas fechadas em ambos os lados do longo corredor. Demétrius havia sido informado sobre a localização dos quartos. Tão prático quanto isso era, eu não podia deixar de lamentar por não ser Guilhermina a única a me mostrar o caminho.Quando finalmente paramos diante de uma das portas ao final do corredor, ele me desejou uma boa noite e hesitou em seguir para o seu próprio.- Demétrius, você não vai passar a noite de guarda na porta do meu quarto.Sua resposta já era esperada – Não estamos em casa.- Eu confio nos irmãos.- Esse não é o ponto.- E qual é, homem?Ele trocou o seu peso de uma perna para outra, visivelmente desconfortável – Ele teve a sua própria esposa subtraída de sua propriedade apesar do forte esquema de segurança, então, perdoe-me se eu me recuso a confiar que você está
A casa estava silenciosa. A única evidência de que alguém estaria de pé era o cheiro de café que me fez chegar até a cozinha. De costas, com um coque bagunçado no alto da cabeça, vestindo calça jeans e um casaquinho de linha azul, estava ela, manuseando uma cafeteira. Ela não me ouviu chegar, pois não fez qualquer movimento que indicasse que tinha notado a minha presença. Ao invés disso, cantarolava algo baixinho. Repentinamente, ela se virou segurando uma xícara de café e abafou um grito.- Sinto muito – disse – Não queria assustá-la.- Não, tudo bem. Eu estava... distraída. Não ouvi você chegar. Café? – ofereceu.- Eu adoraria.Ela colocou a sua própria xícara sobre a bancada de mármore e pegou outra xícara no armário – Então você é um madrugador... – Não era uma pergunta. Mesmo assim, respondi.- Sim. – Ela me entregou a xícara com o líquido fumegante e eu agradeci.- Quase não o reconheci com essas roupas – olhei o que estava vestindo. Um par de jeans e um suéter cinza. – O senhor
Matteo- Luca está de volta – anunciou Tony enquanto olhava pela janela. Seu tom grave, preocupado coadunava com o meu... Aliás, estávamos todos preocupados. Porém, ninguém estava mais do que eu. Nervoso nem chegava perto de descrever como eu estava, nem ansioso. Eu contava os minutos para que o desgraçado do Pienezza contatasse a cadela da Alícia. Os homens de Luca haviam providenciado um equipamento capaz de identificar de onde estava vindo a chamada.A porta se abriu e então Luca entrou. Ele parecia cansado. Como se não tivesse dormido. – Bom dia – cumprimentou.- Bom dia – eu e Tony respondemos em uníssono.- Alguma novidade?- Até agora nenhuma – Tony respondeu. Estamos indo ao escritório esperar a chamada. Aliás, obrigado pelo equipamento.- Não tem problema. Fico feliz em ajudar. Não vejo a hora de ficar cara a cara com o desgraçado do Pienezza. Apenas tenham em mente que ele é um cara morto. Vou mata-lo.- Deus sabe o quanto eu sou um homem que segue a lei. Mas, nesse caso, se