Uma semana foi o suficiente para deixar o meu advogado a par de tudo e o que ele fará nesses dias em que ficarei fora e de malas prontas sigo para o aeroporto e ao chegar Phil já me espera.
— Dormiu no aeroporto Phil? — Pergunto em tom sarcástico. — Nunca faria isso, estou viajando com você porque estou de férias também ou não quer que eu viaje Caio? — Lógico que quero, você é o meu amigo desde que cheguei aqui, lógico que quero você viajando comigo. Não demorou, chegou a hora do nosso embarque e a viagem foi super tranquila, dormir algumas horas, fizemos uma escala e Phil olha para mim. — Não sabia que você era tranquilo assim numa viagem de avião, dormiu que nem uma criança. — Nem eu sabia Phil, não sou homem de dormir demais, te juro, mas foi bom assim que não chegarei tão cansado e poderei ir para uma boate quando eu chegar, estou louco para sair e dançar, transar e aproveitar a vida livremente longe do terno e gravata. — Você e as suas loucuras, eu estou fora dessas aventuras loucas, entendo que nós homens não somos santos, mas você nunca dura com uma mulher e olha que já está ficando de idade. — Velho está você, vou completar 38 anos e quer saber diante do que se passou, melhor ficar solteiro. — Falo nervoso. Phil é meu amigo e ele não sabe que já fui casado e nem sonha que ainda guardo a minha aliança como uma lembrança boa do passado e só eu sei disso, porque Mabel sempre foi a mulher. Mulher essa diferente de todas em todos os sentidos e continuamos a nossa viagem até chegar na minha cidade. Quando descemos do avião Phil foi para um hotel e eu para uma boate não quis saber de cansaço, procurei ir às melhores e mais badaladas boates de San Francisco a procura de aventuras entre uma bebida e outra me envolvo com uma modelo loira que se apresentou como Pâmela, pelo menos foi o que ela falou dançamos e nos beijamos e uma atração foi logo tomando conta do meu corpo e a levei para uma cabine privada e lá começamos a nos beijar loucamente e nos entregamos que nem dois loucos e bebi mais e mais estava me sentindo livre e eu queria aproveitar a minha liberdade. Já era madrugada e tratei de descartar a loira e sai sozinho para a pista de dança para aproveitar a noite, quando notei a loira está do meu lado novamente querendo a minha atenção e tenta me beijar na frente de todos. — Já chega se afaste de mim — Peço gentilmente. — Caio fica comigo só mais uma vez. — Eu não vim nessa boate para casar, vim para aproveitar a noite. — Falo já bastante embriagado. A Pâmela me arrasta sem eu querer no meio das pessoas e eu sigo falando que não quero ir a lugar nenhum e novamente fomos para a cabine e ela me beija novamente e a seguro com força para tirar ela de perto de mim. — Sai do meu pé, m*****a hora em que fiquei com você se afasta de mim. — Grito com ela. — Nenhum homem fala assim comigo, não sou uma qualquer, vou acabar com a sua vida. — Pâmela grita. E a louca começa a rasgar a sua roupa e se arranhar toda e eu a olho assustado vendo tal cena. — Para com isso, o que está fazendo? — Pergunto e tento conter a sua atitude. Pâmela se solta e sai correndo gritando que eu a agredi e eu saí atrás dela tentando me defender e os seguranças me seguram brutalmente. — Chame a polícia, quero esse homem preso, ele me agrediu e tentou me beijar à força, olha como estou. — Pâmela fala chorando encolhida. — É mentira dela! Eu jamais fiz isso com uma mulher — Grito me estrebuchando. Os seguranças me protegem de ser agredido na boate enquanto a falsa chora, fico indignado com tamanho conosco e a mesma é levada para registrar um b.o contra mim e eu fui levado para a cadeia. — Me solta, eu sou o advogado Caio Ross, todos dessa cidade me conhecem. — Grito desesperado entrando na viatura. — Você está bêbado, chegando lá você se explica! — O policial fala arrogante. Só podia estar tendo uma alucinação, várias pessoas ao meu redor ficam me filmando e o desespero começa a me vencer, pois, nunca passei por tal situação nessa vida ser algemado como um bandido e ainda como agressor de mulher sem ter feito nada e jogando por água abaixo a minha tão renomada carreira de advogado e empresário. Fui interrogado por um delegado que me deixa preso enquanto não sai o resultado do corpo de delito não for feito na infeliz da Pâmela e fiquei jogado numa cela, pergunto que horas são ao policial e já são cinco da manhã peço que liguem para Phil que ele sabe o que fazer, bato na parede não estou acreditando que isso está acontecendo eu só posso estar sendo castigado.Não consegui queimar as fotos minhas e do Caio as joguei novamente na caixa e fechei os olhos, as levei novamente para o quarto, tem horas que não entendo o porquê não consigo me desfazer do passado. Guardei a caixa e imediatamente fui ao banheiro e debaixo do chuveiro peço para esquecer todo o passado e aos poucos vou me acalmando. Organizei uma pasta com todos os documentos que preciso levar amanhã para o banco na cidade. Me vesti e ao descer para a cozinha Denise está preparando uma sopa de legumes e o cheiro está maravilhosa. — Senhora Mabel estou preparando uma sopa para aquecer o frio da noite. — Só pelo cheiro eu sei que está deliciosa! Onde está o Kaique? — Pergunto caçando ele. — Kaique está fazendo um boneco de madeira e Assis está o auxiliando. — Denise, ele é muito inteligente, nunca vi uma criança assim tão criativa. — Quando termino de falar, Kaique aparece. — Chegamos — Kaique fala entrando na sala. — Já estava com saudades — Falo abrindo os braços para lhe abraç
O desespero começou a me tomar na cela, não consegui manter a calma. As horas pareciam não passar e eu nem sequer sei se Phil veio me defender, não tenho noção do tempo, não sei que horas são e de repente ouço passos vindo na minha direção, levantei rápido e é Phil. — Phil me tira daqui. Não quero ficar mais nessa cela. — Falo desesperado. — Caio, você está encrencado, trouxe o melhor advogado comigo, estamos esperando uma decisão se você vai responder às acusações de assédio preso ou livre. — Eu sou inocente, juro por tudo que não trisquei um dedo naquela mulher. — Caio se você fosse um homem casado, que já tivesse família ou um motivo a mais para vir a San Francisco, seria ótimo, usaríamos isso a seu favor, isso limparia mais a sua reputação. Suas fotos estão estampadas em todos os jornais e uma hora dessas a sua mãe já deve estar vindo para cá — Phil fala desanimado. — Drogaaaa! Só queria me divertir um pouco e acabei preso. — Grito. Ando de um lado para o outro buscando uma s
A tarde não foi mais a mesma, após ver fotos do Caio naquele jornal, nervosa fui até o quarto tomar os meus tranquilizantes. Abro a janela e olho para o meu jardim respirando fundo e busco água para beber, e aos poucos fui me acalmando, jamais queria ver Caio novamente na minha vida e sem saber comprei o maldito jornal. A imagem dele me faz lembrar o quanto Caio continua lindo, a sua beleza é indiscutível. Fui até o banheiro, lavei um pouco o meu rosto e prendo os meus longos cabelos, tenho que ocupar a mente para as lembranças do passado não virem me artomentar. Mais calma tento retomar a minha vida, afinal tenho o meu sítio para cuidar e dividas para pagar, estou bem escondida aqui e jamais Caio e eu iremos cruzar novamente o caminho um do outro. Ao chegar na cozinha, sei que Denise está preparando um chá pelo cheiro que está em toda a casa. — Por favor, senhora Mabel, sente-se fiz um chá calmante. — Quero uma xícara! — Falo desanimada. — Senhora Mabel aqui está o chá, perdão p
Cheguei no hotel exausto, fui logo para debaixo do chuveiro tomar um banho eu me sentia sujo e após um delicioso banho de banheira pude então ligar o meu celular busco ler as notícias ao meu respeito e fico perplexo com cada injúria sobre mim tirei print de tudo, pois irei processar todos por cada mentira, e a tal Pâmela, a essa não irá ter mais paz na vida dela. Espero muito que eu encontre Mabel e essa tática de voltar para ela ajude a limpar meu nome enquanto consigo provas o suficiente para provar a minha inocência, continuo sem acreditar que estou nessa cama de gato. Alguém b**e na porta do quarto e ao perguntar quem é Phil fala do outro lado da porta, então fui abrir a porta para ele. — Phil estou encrencado até a cabeça nesse escândalo, como vou limpar o meu nome? — Pergunto esperando ele me dar uma ótima notícia. — Contratei alguém para me ajudar a limpar a sua imagem. Em reunião discutimos sobre o nome da Mabel e tudo neste momento é válido e a nossa aposta maior é ela. —
Assis improvisou uma placa de venda para o sítio e o acompanhei para pregar a placa na grande porteira.— Senhora tem certeza que essa é a saída? — Assis pergunta triste a me olhar.— Juro para você que não queria vendê-lo, pensei, pensei e não sei a quem recorrer, fiz algumas amizades, mas são pessoas simples colegas de profissão, a única pessoa extremamente rica que conheci foi a minha ex sogra e essa mesma nunca gostou de mim, é tanto que ela encheu o filho de propostas financeiras para que o mesmo me abandonasse.— Quem nesse mundo não gosta da patroa? — Assis pergunta.— Saiba que nesse tempo encontrei ela que nunca disfarçou não gostar de mim. — Falo tentando conter o choro.De nada adiantava o choro uma hora dessas e andando lentamente pelo jardim fui até o ateliê onde crio peças feita de barro e comecei a umedecê-lo e moldando o aos poucos e começo a criar um jarro, permito-me aqui derramar lágrimas sozinha e sorrir também por tudo o que aprendi aqui, o bom de tudo é olhar par
Conversar com Mabel não foi nada fácil, recebi um não como resposta a proposta que fiz a Mabel, ver ela fez novamente o meu coração acelerar que nem o de um adolescente, os seus olhos não brilham mais como antes, o pior de tudo foi ver medo e repulsa nos olhos e no seu comportamento em relação a mim, como se eu fosse fazer algum tipo de mal a ela, e hoje de perto pude ver o rastro da destruição que causei na vida da Mabel. Ao ser expulso do sítio, o caseiro Assis nos acompanhou. — Senhores, se eu soubesse que vocês eram pessoas que a senhora Mabel não gosta, jamais teria o deixado entrar. — Assis fala nervoso. — Eu sou ex-marido da Mabel, vim comprar o sítio. — Falo chateado. — A patroa Mabel não merece sofrer mais, por favor, vá embora e não apareça mais se não faz bem a ela. — Assis eu vim somente pedir um favor a Mabel, não vim lhe causar nenhum tipo de dano. — Pouco se fala de você aqui, mas pelo pouco que sei, a senhora Mabel já passou por muitos problemas psicológicos
Ver Caio novamente não estava nos meus planos, e muito menos ser envolvida nesse escândalo de abuso que ele está envolvido, só queria ficar sozinha. Não consegui me levantar do chão e Kaique chegou onde eu estava, enxuguei as lágrimas rapidamente. — Tia Mabel, venha o almoço já está servido, está chateada? O que faz sentada no chão?Desculpa por eu receber aqueles dois homens, eu pensava que eles iriam comprar o nosso sítio. — Kaique fala triste. — Você não tem culpa de nada, meu amor! Já está tudo bem, vamos almoçar juntos, me ajuda a levantar. — Kaique me ajuda a levantar. — Kaique, quando pessoas estranhas aparecer, venha até a mim ou Assis nos informar por favor, vamos esquecer o que aconteceu hoje. De mãos dadas fomos almoçar juntos e ao terminar Kaique foi para a escola, chamei Assis e Denise para conversar. — Bem, precisamos conversar, sobre o que aconteceu hoje, Caio veio aqui! Assis não sabe muito do meu passado, não se sinta culpado até porque você não o conhecia ne
Passei o restante da tarde e noite trancafiado no quarto de hotel, castigo maior do que esse não há, pelo menos recebi uma boa notícia que foi provado que não foi arranhei a tal Pâmela, mas fizemos sexo e agora sou acusado de ter forçado a mesma a ter relação não consensual comigo.Só posso estar pagando por tudo o que fiz com Mabel no passado, não é possível, difícil agora será ter Mabel como minha testemunha, ela está irredutível e Phil chegou trazendo consigo uma garrafa de vinho! — O que significa isso Phil? — Pergunto.— Vinho, trouxe um para tomarmos juntos e jogarmos xadrez, afinal somos amigos, não posso te deixar sozinho e precisamos comemorar que foi comprovado que as marcas no corpo da maluca não foi você que causou.— Ainda bem! Amanhã vou cedo conversar com a minha mãe, preciso trabalhar nem que seja em home office se não vou enlouquecer.— Conversei com o advogado que entrou com uma ação contra Pâmela, precisamos também provar que ela tem problemas mentais, se arranhou