3. CAIO

Uma semana foi o suficiente para deixar o meu advogado a par de tudo e o que ele fará nesses dias em que ficarei fora e de malas prontas sigo para o aeroporto e ao chegar Phil já me espera.

— Dormiu no aeroporto Phil? — Pergunto em tom sarcástico.

— Nunca faria isso, estou viajando com você porque estou de férias também ou não quer que eu viaje Caio?

— Lógico que quero, você é o meu amigo desde que cheguei aqui, lógico que quero você viajando comigo.

Não demorou, chegou a hora do nosso embarque e a viagem foi super tranquila, dormir algumas horas, fizemos uma escala e Phil olha para mim.

— Não sabia que você era tranquilo assim numa viagem de avião, dormiu que nem uma criança.

— Nem eu sabia Phil, não sou homem de dormir demais, te juro, mas foi bom assim que não chegarei tão cansado e poderei ir para uma boate quando eu chegar, estou louco para sair e dançar, transar e aproveitar a vida livremente longe do terno e gravata.

— Você e as suas loucuras, eu estou fora dessas aventuras loucas, entendo que nós homens não somos santos, mas você nunca dura com uma mulher e olha que já está ficando de idade.

— Velho está você, vou completar 38 anos e quer saber diante do que se passou, melhor ficar solteiro. — Falo nervoso.

Phil é meu amigo e ele não sabe que já fui casado e nem sonha que ainda guardo a minha aliança como uma lembrança boa do passado e só eu sei disso, porque Mabel sempre foi a mulher. Mulher essa diferente de todas em todos os sentidos e continuamos a nossa viagem até chegar na minha cidade.

Quando descemos do avião Phil foi para um hotel e eu para uma boate não quis saber de cansaço, procurei ir às melhores e mais badaladas boates de San Francisco a procura de aventuras entre uma bebida e outra me envolvo com uma modelo loira que se apresentou como Pâmela, pelo menos foi o que ela falou dançamos e nos beijamos e uma atração foi logo tomando conta do meu corpo e a levei para uma cabine privada e lá começamos a nos beijar loucamente e nos entregamos que nem dois loucos e bebi mais e mais estava me sentindo livre e eu queria aproveitar a minha liberdade.

Já era madrugada e tratei de descartar a loira e sai sozinho para a pista de dança para aproveitar a noite, quando notei a loira está do meu lado novamente querendo a minha atenção e tenta me beijar na frente de todos.

— Já chega se afaste de mim — Peço gentilmente.

— Caio fica comigo só mais uma vez.

— Eu não vim nessa boate para casar, vim para aproveitar a noite. — Falo já bastante embriagado.

A Pâmela me arrasta sem eu querer no meio das pessoas e eu sigo falando que não quero ir a lugar nenhum e novamente fomos para a cabine e ela me beija novamente e a seguro com força para tirar ela de perto de mim.

— Sai do meu pé, m*****a hora em que fiquei com você se afasta de mim. — Grito com ela.

— Nenhum homem fala assim comigo, não sou uma qualquer, vou acabar com a sua vida. — Pâmela grita.

E a louca começa a rasgar a sua roupa e se arranhar toda e eu a olho assustado vendo tal cena.

— Para com isso, o que está fazendo? — Pergunto e tento conter a sua atitude.

Pâmela se solta e sai correndo gritando que eu a agredi e eu saí atrás dela tentando me defender e os seguranças me seguram brutalmente.

— Chame a polícia, quero esse homem preso, ele me agrediu e tentou me beijar à força, olha como estou. — Pâmela fala chorando encolhida.

— É mentira dela! Eu jamais fiz isso com uma mulher — Grito me estrebuchando.

Os seguranças me protegem de ser agredido na boate enquanto a falsa chora, fico indignado com tamanho conosco e a mesma é levada para registrar um b.o contra mim e eu fui levado para a cadeia.

— Me solta, eu sou o advogado Caio Ross, todos dessa cidade me conhecem. — Grito desesperado entrando na viatura.

— Você está bêbado, chegando lá você se explica! — O policial fala arrogante.

Só podia estar tendo uma alucinação, várias pessoas ao meu redor ficam me filmando e o desespero começa a me vencer, pois, nunca passei por tal situação nessa vida ser algemado como um bandido e ainda como agressor de mulher sem ter feito nada e jogando por água abaixo a minha tão renomada carreira de advogado e empresário.

Fui interrogado por um delegado que me deixa preso enquanto não sai o resultado do corpo de delito não for feito na infeliz da Pâmela e fiquei jogado numa cela, pergunto que horas são ao policial e já são cinco da manhã peço que liguem para Phil que ele sabe o que fazer, bato na parede não estou acreditando que isso está acontecendo eu só posso estar sendo castigado.

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