7. CAIO ROSS

Cheguei no hotel exausto, fui logo para debaixo do chuveiro tomar um banho eu me sentia sujo e após um delicioso banho de banheira pude então ligar o meu celular busco ler as notícias ao meu respeito e fico perplexo com cada injúria sobre mim tirei print de tudo, pois irei processar todos por cada mentira, e a tal Pâmela, a essa não irá ter mais paz na vida dela.

Espero muito que eu encontre Mabel e essa tática de voltar para ela ajude a limpar meu nome enquanto consigo provas o suficiente para provar a minha inocência, continuo sem acreditar que estou nessa cama de gato. Alguém b**e na porta do quarto e ao perguntar quem é Phil fala do outro lado da porta, então fui abrir a porta para ele.

— Phil estou encrencado até a cabeça nesse escândalo, como vou limpar o meu nome? — Pergunto esperando ele me dar uma ótima notícia.

— Contratei alguém para me ajudar a limpar a sua imagem. Em reunião discutimos sobre o nome da Mabel e tudo neste momento é válido e a nossa aposta maior é ela.

— Eu não sei o que me espera, ainda tem a questão do nosso passado mal resolvido.

— Se foi mal resolvido, vai ter que resolver nesse tempo em que ficaremos aqui, que pelo que vejo é indeterminado. Não quis ouvir os meus conselhos deu nisso. Vai descansar Caio, já pediu algo para comer?

— Estou tão cansado que não vou discutir com você Phil, vou me alimentar e tentar dormir estou todo quebrado, Phil me arruma um remédio para dormir, estou muito preocupado e com vontade de sair daqui e ir procurar aquela vadia.

— Vou providenciar agora, já bastam os problemas que arrumou e que não sou poucos, ainda quer ir tirar satisfações com a tal Pâmela.

Phil fala saindo e não demorou muito ele chegou com uns remédios, me alimentei e tomei uns comprimidos e só assim pude dormir e esquecer durante o sono o problema que vivo.

No dia seguinte acordei ainda sonolento dos remédios que tomei, como é ruim acordar tonto e lembro o que me fez tomar esses tranquilizantes, me levantei e fui novamente tomar um banho para tentar despertar, ainda fico sem acreditar que estou envolvido num escândalo como esse. Ao sair do banho o celular chama e Phil pergunta se já estou pronto para ir até Mabel, estou mais que pronto principalmente se ela for a minha salvação como todos apostam e eu também estou acreditando.

Tomei somente um café preto e esperei Phil chegar para irmos ao local em que Mabel vive, segundo a minha mãe e juntos seguimos por uma estrada de barro, só se ver árvores no caminho.

— Sua ex-mulher sempre morou em lugares assim? — Phil pergunta.

— Ela sempre amou lugares assim, mas nem eu imaginava que Mabel viria morar tão distante, pensei que ela teria ido embora, até porque ela é jornalista, muita coisa mudou é óbvio, talvez com o dinheiro do nosso divórcio Mabel comprou esse sítio.

— Pode ser! — Phil confirmar.

Ele dirige mais rápido e enfim chegamos ao sítio esperança e de longe vejo a placa de venda do sítio, Phil estaciona o carro e olha para mim.

— Está vendo a placa de venda, isso não é um bom sinal! — Phil fala saindo do carro e devagar saio também.

— Era o que faltava — Resmungo sem acreditar.

Andamos juntos até a grande porteira e um menino loirinho, uma criança albina que estava nas proximidades se assusta ao nos ver, mas ele não se intimida e vem até nós.

— Bom dia garoto, esse sítio é da Mabel? — Pergunto calmo.

— É, sim você é o comprador do nosso sítio? — O garoto pergunta eufórico.

— É quem sabe! — Fiquei sem ação diante da pergunta dele.

— Por favor, se você comprar o sítio, deixe a gente continuar vivendo aqui, eu amo demais esse lugar — O garoto fala implorando e eu fico cheio de interrogação sem saber o que ele é da Mabel.

— Primeiro vamos nos apresentar como é o seu nome? — Pergunto sorrindo para ele.

— Me chamo Kaique.

— Será que posso falar com a Mabel? Ela está aqui? — Pergunto ansioso.

Na hora em que Kaique ia responder, um homem apareceu interrompendo a nossa conversa

— Quem são vocês? Kaique não pode falar com estranhos — O homem pergunta desconfiado.

— Tio Assis eles vieram comprar o sítio. — Kaique responde o caseiro.

— Estamos aqui em paz, eu quero muito falar com a Mabel, me chama Caio e esse aqui é Phil, meu assistente. — Falo ansioso.

O homem nos olha estranho e nos convida a entrar, olho tudo ao meu redor e entramos durante o caminho, o caseiro me conduz.

— Aguardem aqui a senhora Mabel está no momento criando esculturas de barro.

— Aguardo aqui — Falo calmo.

Phil pergunta a Assis se pode ver o restante do sítio e o mesmo disse que sim, mesmo desconfiado de nós dois, precisei mostrar a minha carteira de advogado para ele não ter medo, afinal somos homens de bem. Odeio pessoas que não acreditam em mim.

Por um momento Assis me deixou sozinho e eu criei coragem e fui até onde Mabel faz as suas esculturas e andando devagar a avisto Mabel com os seus cabelos longos trançados, a franja caída sobre o seu delicado rosto, faz me lembrar que ela mudou pouco, só deixou os cabelos crescerem ficando longos, a pele branca suada, bochechas levementes bronzeadas me fascinam e memórias seguem sendo desbloqueadas do começo em que a conheci, enfeitiçado fico a observar ela concentrada moldando um jarro de barro, suas roupas simples não esconde a beleza que ela tem, o tempo passou para mim, mas para Mabel não! O seu corpo e face continuam do mesmo jeito, não tive coragem de falar com ela, pois estou sem palavras, não consigo dar nem sequer um passo em sua direção e ela continua a finalizar a peça e a mesma fala sozinha.

— Pronto, você foi finalizada! Está bela.

Mabel se levanta organizando as suas coisas virando as costas, ela está tão focada que não percebeu que estou aqui observando ela de longe, o coração b**e a mil por hora, um frio na barriga toma conta de mim. Nunca fiquei tão nervoso como estou agora ao revê-la e quando Mabel se virou me vendo a sua frente deixa a cerâmica que está nas suas mãos cair se quebrando em mil pedaços.

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