Cheguei no hotel exausto, fui logo para debaixo do chuveiro tomar um banho eu me sentia sujo e após um delicioso banho de banheira pude então ligar o meu celular busco ler as notícias ao meu respeito e fico perplexo com cada injúria sobre mim tirei print de tudo, pois irei processar todos por cada mentira, e a tal Pâmela, a essa não irá ter mais paz na vida dela.
Espero muito que eu encontre Mabel e essa tática de voltar para ela ajude a limpar meu nome enquanto consigo provas o suficiente para provar a minha inocência, continuo sem acreditar que estou nessa cama de gato. Alguém b**e na porta do quarto e ao perguntar quem é Phil fala do outro lado da porta, então fui abrir a porta para ele. — Phil estou encrencado até a cabeça nesse escândalo, como vou limpar o meu nome? — Pergunto esperando ele me dar uma ótima notícia. — Contratei alguém para me ajudar a limpar a sua imagem. Em reunião discutimos sobre o nome da Mabel e tudo neste momento é válido e a nossa aposta maior é ela. — Eu não sei o que me espera, ainda tem a questão do nosso passado mal resolvido. — Se foi mal resolvido, vai ter que resolver nesse tempo em que ficaremos aqui, que pelo que vejo é indeterminado. Não quis ouvir os meus conselhos deu nisso. Vai descansar Caio, já pediu algo para comer? — Estou tão cansado que não vou discutir com você Phil, vou me alimentar e tentar dormir estou todo quebrado, Phil me arruma um remédio para dormir, estou muito preocupado e com vontade de sair daqui e ir procurar aquela vadia. — Vou providenciar agora, já bastam os problemas que arrumou e que não sou poucos, ainda quer ir tirar satisfações com a tal Pâmela. Phil fala saindo e não demorou muito ele chegou com uns remédios, me alimentei e tomei uns comprimidos e só assim pude dormir e esquecer durante o sono o problema que vivo. No dia seguinte acordei ainda sonolento dos remédios que tomei, como é ruim acordar tonto e lembro o que me fez tomar esses tranquilizantes, me levantei e fui novamente tomar um banho para tentar despertar, ainda fico sem acreditar que estou envolvido num escândalo como esse. Ao sair do banho o celular chama e Phil pergunta se já estou pronto para ir até Mabel, estou mais que pronto principalmente se ela for a minha salvação como todos apostam e eu também estou acreditando. Tomei somente um café preto e esperei Phil chegar para irmos ao local em que Mabel vive, segundo a minha mãe e juntos seguimos por uma estrada de barro, só se ver árvores no caminho. — Sua ex-mulher sempre morou em lugares assim? — Phil pergunta. — Ela sempre amou lugares assim, mas nem eu imaginava que Mabel viria morar tão distante, pensei que ela teria ido embora, até porque ela é jornalista, muita coisa mudou é óbvio, talvez com o dinheiro do nosso divórcio Mabel comprou esse sítio. — Pode ser! — Phil confirmar. Ele dirige mais rápido e enfim chegamos ao sítio esperança e de longe vejo a placa de venda do sítio, Phil estaciona o carro e olha para mim. — Está vendo a placa de venda, isso não é um bom sinal! — Phil fala saindo do carro e devagar saio também. — Era o que faltava — Resmungo sem acreditar. Andamos juntos até a grande porteira e um menino loirinho, uma criança albina que estava nas proximidades se assusta ao nos ver, mas ele não se intimida e vem até nós. — Bom dia garoto, esse sítio é da Mabel? — Pergunto calmo. — É, sim você é o comprador do nosso sítio? — O garoto pergunta eufórico. — É quem sabe! — Fiquei sem ação diante da pergunta dele. — Por favor, se você comprar o sítio, deixe a gente continuar vivendo aqui, eu amo demais esse lugar — O garoto fala implorando e eu fico cheio de interrogação sem saber o que ele é da Mabel. — Primeiro vamos nos apresentar como é o seu nome? — Pergunto sorrindo para ele. — Me chamo Kaique. — Será que posso falar com a Mabel? Ela está aqui? — Pergunto ansioso. Na hora em que Kaique ia responder, um homem apareceu interrompendo a nossa conversa — Quem são vocês? Kaique não pode falar com estranhos — O homem pergunta desconfiado. — Tio Assis eles vieram comprar o sítio. — Kaique responde o caseiro. — Estamos aqui em paz, eu quero muito falar com a Mabel, me chama Caio e esse aqui é Phil, meu assistente. — Falo ansioso. O homem nos olha estranho e nos convida a entrar, olho tudo ao meu redor e entramos durante o caminho, o caseiro me conduz. — Aguardem aqui a senhora Mabel está no momento criando esculturas de barro. — Aguardo aqui — Falo calmo. Phil pergunta a Assis se pode ver o restante do sítio e o mesmo disse que sim, mesmo desconfiado de nós dois, precisei mostrar a minha carteira de advogado para ele não ter medo, afinal somos homens de bem. Odeio pessoas que não acreditam em mim. Por um momento Assis me deixou sozinho e eu criei coragem e fui até onde Mabel faz as suas esculturas e andando devagar a avisto Mabel com os seus cabelos longos trançados, a franja caída sobre o seu delicado rosto, faz me lembrar que ela mudou pouco, só deixou os cabelos crescerem ficando longos, a pele branca suada, bochechas levementes bronzeadas me fascinam e memórias seguem sendo desbloqueadas do começo em que a conheci, enfeitiçado fico a observar ela concentrada moldando um jarro de barro, suas roupas simples não esconde a beleza que ela tem, o tempo passou para mim, mas para Mabel não! O seu corpo e face continuam do mesmo jeito, não tive coragem de falar com ela, pois estou sem palavras, não consigo dar nem sequer um passo em sua direção e ela continua a finalizar a peça e a mesma fala sozinha. — Pronto, você foi finalizada! Está bela. Mabel se levanta organizando as suas coisas virando as costas, ela está tão focada que não percebeu que estou aqui observando ela de longe, o coração b**e a mil por hora, um frio na barriga toma conta de mim. Nunca fiquei tão nervoso como estou agora ao revê-la e quando Mabel se virou me vendo a sua frente deixa a cerâmica que está nas suas mãos cair se quebrando em mil pedaços.Assis improvisou uma placa de venda para o sítio e o acompanhei para pregar a placa na grande porteira.— Senhora tem certeza que essa é a saída? — Assis pergunta triste a me olhar.— Juro para você que não queria vendê-lo, pensei, pensei e não sei a quem recorrer, fiz algumas amizades, mas são pessoas simples colegas de profissão, a única pessoa extremamente rica que conheci foi a minha ex sogra e essa mesma nunca gostou de mim, é tanto que ela encheu o filho de propostas financeiras para que o mesmo me abandonasse.— Quem nesse mundo não gosta da patroa? — Assis pergunta.— Saiba que nesse tempo encontrei ela que nunca disfarçou não gostar de mim. — Falo tentando conter o choro.De nada adiantava o choro uma hora dessas e andando lentamente pelo jardim fui até o ateliê onde crio peças feita de barro e comecei a umedecê-lo e moldando o aos poucos e começo a criar um jarro, permito-me aqui derramar lágrimas sozinha e sorrir também por tudo o que aprendi aqui, o bom de tudo é olhar par
Enquanto estou me arrumando para ir para mais um dia de trabalho árduo as lembranças de um alguém que deixei no passado volta com força total as minhas lembranças, balanço a cabeça em negativa para espantar tais pensamentos, escolhas são escolhas e muito tempo já passou para ter arrependimentos. Larguei tudo para trás em prol dos meus sonhos e não posso deixar me levar por fantasmas do passado. Saí do meu andando rápido pelo corredor e ao descer a escada já avisto Phil meu amigo e assistente já me esperando na sala, ele ao me ver sorrir. — Caio Ross, primeiro bom dia. — Phil fala e nos cumprimentamos. — O que faz tão cedo aqui Phil, alguma novidade útil em relação as minhas férias, não aguento mais ficar nesse país, Irlanda é linda, mas acho que já está na hora de voltar para o meu país de origem rever amigos e falar de algum outro assunto que não seja só trabalho já alavanquei o suficiente toda a riqueza da minha família. — Que também são suas riquezas, as suas férias estão liber
A tarde está muito agradável, saio na varanda, olho para o céu, parece mais que vai chover e com ela me visto de coragem e vou visitar a horta do meu sítio. Horta que é colhida todas as manhãs para ser vendida todas as manhãs na cidade e é dessas vendas que sobrevivo e mantenho tudo aqui após ter abandonado a minha carreira de jornalista e mantenho também a família que vive aqui e trabalha comigo. Assis, Denise que são um casal que me acolheu desde que comprei o sítio e Kaique uma criança albina muito especial e carinhoso que o adotei depois da partida da sua mãe que também aqui vivia o que seria de mim sem Kaique que desde pequeno me alegra e me faz sorrir e ressurgir todas as manhãs, nos tratamos sempre como tia e sobrinho, ele sempre soube quem verdadeiramente foi a sua mãe e hoje com 8 anos ele já compreende muito coisa e ao chegar na plantação já encontro Assis.— Patroa Mabel ainda bem que veio até aqui, notei pequenos insetos nas verduras, não sei que tipo de praga é essa, venh
Uma semana foi o suficiente para deixar o meu advogado a par de tudo e o que ele fará nesses dias em que ficarei fora e de malas prontas sigo para o aeroporto e ao chegar Phil já me espera.— Dormiu no aeroporto Phil? — Pergunto em tom sarcástico.— Nunca faria isso, estou viajando com você porque estou de férias também ou não quer que eu viaje Caio?— Lógico que quero, você é o meu amigo desde que cheguei aqui, lógico que quero você viajando comigo.Não demorou, chegou a hora do nosso embarque e a viagem foi super tranquila, dormir algumas horas, fizemos uma escala e Phil olha para mim.— Não sabia que você era tranquilo assim numa viagem de avião, dormiu que nem uma criança.— Nem eu sabia Phil, não sou homem de dormir demais, te juro, mas foi bom assim que não chegarei tão cansado e poderei ir para uma boate quando eu chegar, estou louco para sair e dançar, transar e aproveitar a vida livremente longe do terno e gravata.— Você e as suas loucuras, eu estou fora dessas aventuras lou
Não consegui queimar as fotos minhas e do Caio as joguei novamente na caixa e fechei os olhos, as levei novamente para o quarto, tem horas que não entendo o porquê não consigo me desfazer do passado. Guardei a caixa e imediatamente fui ao banheiro e debaixo do chuveiro peço para esquecer todo o passado e aos poucos vou me acalmando.Organizei uma pasta com todos os documentos que preciso levar amanhã para o banco na cidade.Me vesti e ao descer para a cozinha Denise está preparando uma sopa de legumes e o cheiro está maravilhosa.— Senhora Mabel estou preparando uma sopa para aquecer o frio da noite.— Só pelo cheiro eu sei que está deliciosa! Onde está o Kaique? — Pergunto caçando ele.— Kaique está fazendo um boneco de madeira e Assis está o auxiliando.— Denise, ele é muito inteligente, nunca vi uma criança assim tão criativa. — Quando termino de falar, Kaique aparece.— Chegamos — Kaique fala entrando na sala.— Já estava com saudades — Falo abrindo os braços para lhe abraçar.Kai
O desespero começou a me tomar na cela, não consegui manter a calma. As horas pareciam não passar e eu nem sequer sei se Phil veio me defender, não tenho noção do tempo, não sei que horas são e de repente ouço passos vindo na minha direção, levantei rápido e é Phil.— Phil me tira daqui. Não quero ficar mais nessa cela. — Falo desesperado.— Caio, você está encrencado, trouxe o melhor advogado comigo, estamos esperando uma decisão se você vai responder às acusações de assédio preso ou livre.— Eu sou inocente, juro por tudo que não trisquei um dedo naquela mulher.— Caio se você fosse um homem casado, que já tivesse família ou um motivo a mais para vir a San Francisco, seria ótimo, usaríamos isso a seu favor, isso limparia mais a sua reputação. Suas fotos estão estampadas em todos os jornais e uma hora dessas a sua mãe já deve estar vindo para cá — Phil fala desanimado.— Drogaaaa! Só queria me divertir um pouco e acabei preso. — Grito.Ando de um lado para o outro buscando uma soluçã
A tarde não foi mais a mesma, após ver fotos do Caio naquele jornal, nervosa fui até o quarto tomar os meus tranquilizantes. Abro a janela e olho para o meu jardim respirando fundo e busco água para beber, e aos poucos fui me acalmando, jamais queria ver Caio novamente na minha vida e sem saber comprei o maldito jornal.A imagem dele me faz lembrar o quanto Caio continua lindo, a sua beleza é indiscutível. Fui até o banheiro, lavei um pouco o meu rosto e prendo os meus longos cabelos, tenho que ocupar a mente para as lembranças do passado não virem me artomentar.Mais calma tento retomar a minha vida, afinal tenho o meu sítio para cuidar e dividas para pagar, estou bem escondida aqui e jamais Caio e eu iremos cruzar novamente o caminho um do outro.Ao chegar na cozinha, sei que Denise está preparando um chá pelo cheiro que está em toda a casa.— Por favor, senhora Mabel, sente-se fiz um chá calmante.— Quero uma xícara! — Falo desanimada.— Senhora Mabel aqui está o chá, perdão por nã