Convidei o casal para entrar no sítio para conversarmos, nos apresentamos e eles se chamam Adrian e Kerline comecei a mostrar a propriedade para eles, de primeira eles amaram a estufa que tenho com a plantação de rosas e lógico enquanto eles visitavam tudo os dois já faziam planos para acabar com a minha plantação de legumes, verduras e uma dor toma conta do meu coração e após eles olharem tudo, os levei para a área externa da casa e os convidei para sentar.— Mabel amamos o sítio, creio que uma reforma grande será necessária para melhorar muita coisa aqui, independente do valor que o sítio vale, o compraremos. — Adrian fala.— Quer dizer então que pretendem comprar, tem algo que preciso conversar com vocês, é sobre os caseiros daqui, peço muito que continuem com eles aqui, são um casal que a muitos anos cuidam do sítio, até muito antes quando eu não era dona ainda.— Mabel não concordo, queremos sim, comprar o sítio, mas não queremos os caseiros. Pretendemos por novas pessoas para tr
Quando fui pressionado ainda adolescente por mamãe a ir estudar no Canadá, jamais pensei que encontraria lá o amor da minha vida, uma linda mulher chamada Mabel, menina essa simples que me conquistou, fazendo-me se apaixonar e amar esse país por causa dela. A cada vez que nos conhecíamos mais, mais eu me apegava a ela, era uma conexão que não sabíamos explicar. A família da Mabel não gostou de mim como o seu namorado quando fui apresentado a eles os pais da Mabel sempre deixou claro que o nosso relacionamento não daria certo por eu ser de uma família rica e Mabel de classe baixa. O nosso amor foi sempre maior que tudo e nunca nos deixamos pela diferença social e para provar a Mabel que os meus sentimentos eram verdadeiro pedi Mabel em casamento e ela aceitou. Casamos no civil sem nossos pais, numa cerimônia simples, quando eles souberam a notícia da nossa união soou como uma bomba na família da Mabel e na minha também. Eu sabia que ninguém iria aprovar a nossa união por sermos muito
Enquanto estou me arrumando para ir para mais um dia de trabalho árduo, as lembranças de um alguém que deixei no passado volta com força total as minhas lembranças, balanço a cabeça em negativa para espantar tais pensamentos, escolhas são escolhas e muito tempo já passou para ter arrependimentos. Larguei tudo para trás em prol dos meus sonhos e não posso me deixar levar por fantasmas do passado. Saí do meu andando rápido pelo corredor e ao descer a escada já avisto Phil meu amigo e assistente já me esperando na sala, ele ao me ver sorrir. — Caio Ross, primeiro bom dia. — Phil fala e nos cumprimentamos. — O que faz tão cedo aqui Phil, alguma novidade útil em relação as minhas férias, não aguento mais ficar nesse país, Irlanda é linda, mas acho que já está na hora de voltar para o meu país de origem rever amigos e falar de algum outro assunto que não seja só trabalho já alavanquei o suficiente toda a riqueza da minha família. — Que também são suas riquezas, as suas férias estão liber
A tarde está muito agradável, saio na varanda, olho para o céu, parece mais que vai chover e com ela me visto de coragem e vou visitar a horta do meu sítio. Horta que é colhida todas as manhãs para ser vendida todas as manhãs na cidade e é dessas vendas que sobrevivo e mantenho tudo aqui após ter abandonado a minha carreira de jornalista e mantenho também a família que vive aqui e trabalha comigo. Assis, Denise que são um casal que me acolheu desde que comprei o sítio e Kaique uma criança albina muito especial e carinhoso que o adotei depois da partida da sua mãe que também aqui vivia o que seria de mim sem Kaique que desde pequeno me alegra e me faz sorrir e ressurgir todas as manhãs, nos tratamos sempre como tia e sobrinho, ele sempre soube quem verdadeiramente foi a sua mãe e hoje com 8 anos ele já compreende muito coisa e ao chegar na plantação já encontro Assis. — Patroa Mabel ainda bem que veio até aqui, notei pequenos insetos nas verduras, não sei que tipo de praga é essa, venh
Uma semana foi o suficiente para deixar o meu advogado a par de tudo e o que ele fará nesses dias em que ficarei fora e de malas prontas sigo para o aeroporto e ao chegar Phil já me espera. — Dormiu no aeroporto Phil? — Pergunto em tom sarcástico. — Nunca faria isso, estou viajando com você porque estou de férias também ou não quer que eu viaje Caio? — Lógico que quero, você é o meu amigo desde que cheguei aqui, lógico que quero você viajando comigo. Não demorou, chegou a hora do nosso embarque e a viagem foi super tranquila, dormir algumas horas, fizemos uma escala e Phil olha para mim. — Não sabia que você era tranquilo assim numa viagem de avião, dormiu que nem uma criança. — Nem eu sabia Phil, não sou homem de dormir demais, te juro, mas foi bom assim que não chegarei tão cansado e poderei ir para uma boate quando eu chegar, estou louco para sair e dançar, transar e aproveitar a vida livremente longe do terno e gravata. — Você e as suas loucuras, eu estou fora dessas aventur
Não consegui queimar as fotos minhas e do Caio as joguei novamente na caixa e fechei os olhos, as levei novamente para o quarto, tem horas que não entendo o porquê não consigo me desfazer do passado. Guardei a caixa e imediatamente fui ao banheiro e debaixo do chuveiro peço para esquecer todo o passado e aos poucos vou me acalmando. Organizei uma pasta com todos os documentos que preciso levar amanhã para o banco na cidade. Me vesti e ao descer para a cozinha Denise está preparando uma sopa de legumes e o cheiro está maravilhosa. — Senhora Mabel estou preparando uma sopa para aquecer o frio da noite. — Só pelo cheiro eu sei que está deliciosa! Onde está o Kaique? — Pergunto caçando ele. — Kaique está fazendo um boneco de madeira e Assis está o auxiliando. — Denise, ele é muito inteligente, nunca vi uma criança assim tão criativa. — Quando termino de falar, Kaique aparece. — Chegamos — Kaique fala entrando na sala. — Já estava com saudades — Falo abrindo os braços para lhe abraç
O desespero começou a me tomar na cela, não consegui manter a calma. As horas pareciam não passar e eu nem sequer sei se Phil veio me defender, não tenho noção do tempo, não sei que horas são e de repente ouço passos vindo na minha direção, levantei rápido e é Phil. — Phil me tira daqui. Não quero ficar mais nessa cela. — Falo desesperado. — Caio, você está encrencado, trouxe o melhor advogado comigo, estamos esperando uma decisão se você vai responder às acusações de assédio preso ou livre. — Eu sou inocente, juro por tudo que não trisquei um dedo naquela mulher. — Caio se você fosse um homem casado, que já tivesse família ou um motivo a mais para vir a San Francisco, seria ótimo, usaríamos isso a seu favor, isso limparia mais a sua reputação. Suas fotos estão estampadas em todos os jornais e uma hora dessas a sua mãe já deve estar vindo para cá — Phil fala desanimado. — Drogaaaa! Só queria me divertir um pouco e acabei preso. — Grito. Ando de um lado para o outro buscando uma s
A tarde não foi mais a mesma, após ver fotos do Caio naquele jornal, nervosa fui até o quarto tomar os meus tranquilizantes. Abro a janela e olho para o meu jardim respirando fundo e busco água para beber, e aos poucos fui me acalmando, jamais queria ver Caio novamente na minha vida e sem saber comprei o maldito jornal. A imagem dele me faz lembrar o quanto Caio continua lindo, a sua beleza é indiscutível. Fui até o banheiro, lavei um pouco o meu rosto e prendo os meus longos cabelos, tenho que ocupar a mente para as lembranças do passado não virem me artomentar. Mais calma tento retomar a minha vida, afinal tenho o meu sítio para cuidar e dividas para pagar, estou bem escondida aqui e jamais Caio e eu iremos cruzar novamente o caminho um do outro. Ao chegar na cozinha, sei que Denise está preparando um chá pelo cheiro que está em toda a casa. — Por favor, senhora Mabel, sente-se fiz um chá calmante. — Quero uma xícara! — Falo desanimada. — Senhora Mabel aqui está o chá, perdão p