Estava sendo cada vez mais freqüente Albeon ter que ir ao centro das ilhotas, desta vez já fazia mais de 2 dias. Aquele lugar tudo parecia estar completamente em paz e mesmo assim, algo naquela ausência de minha única companhia ali estava me incomodando.
Demorei, mas percebi que não voltaria nem tão cedo. Me recostei numa árvore frondosa próxima ao lago, e continuei a brincar de adivinhar as formas traçadas pelas luzes.
Era como ver animais, pessoas e objetos serem feitos de neon. Elas se moviam rápido formando os traços e cada vez que eu errava elas mudavam a figura, e quando acertava elas produziam fogos de artifícios, era muito divertido, engraçado quando errava muitas vezes seguidas e relaxante. Poucas eram as vezes que eu conseguia sentir-me relaxado depois que tudo começou.
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Tudo o que tínhamos que fazer era procurar por uma toca, em nada mais, nada menos que num território completamente vazio, infinitamente branco, frio e sem qualquer dica. -Bem, pelo menos não vai estar tendo essa nevasca insuportável.--falou Adam. -Toca... no meio da Antártida... muito vago isso.--raciocinou Jules.--Se pelo menos houvesse alguma outra dica. -Não seria melhor irmos para o Conselho das Eras tentar buscar mais informações sobre isso? -Kate, você sabe que todas as informações que poderíamos ter sobre as partes do Panthagron já temos. Meus avós viraram a biblioteca do Conselho de cabeça pra baixo. -De repente eles teriam encontrado algo a mais. -Duvido.
“Para a toca da hidra da neve.”--Damien estava paralizado. -Ainda vai querer ir?--perguntou Wzan. -Isso significa que você vai aceitar a oferta?--disse voltando a si. -Sim. Os amigos de Damien, incluindo Edgard chegaram logo depois dele ter saído do calabouço. Damien estava pálido como uma vela. As mãos tremiam. A respiração estava irregular e os olhos inexpressivos. -Damien, pelos Deuses, o que houve?--perguntou Kate passando as mãos suavemente em seu rosto. Ele virou lentamente para ela, via apenas vultos. Estava em choque. Como tinha conseguido voltar todo o caminho tinha sido um mistério. PAF! Nathy deu-lhe um bofetão.&nb
Os dois patriarcas da família estavam tensos. James não parava de pesquisar seus livros enquanto Xavier não sabia se caminhava, se sentava. Virgínia e Sandra já estavam ficando impacientes com a atmosfera pesada. -Dá para vocês nos contarem o que está acontecendo?--Virgínia foi a primeira a quebrar o silêncio. -Tem alguma coisa errada.--respondeu Xavier enigmático.--alguma coisa muito ruim está para acontecer, não consigo ver além disso. Tudo está muito nebuloso na Visão. -É isso que está deixando vocês inquietos?--Sandra tentava manter a calma, no entanto ela mesma estava receosa. Mesmo não sendo maga, sentia em seu interior que algo estranho acontecia. James ainda permanecia em silêncio. La
Adam remexeu a bolsa e retirou o tão conhecido frasco com líquido de coloração vermelho-alaranjada que borbulhava ferozmente dentro do recipiente. -A poção do fogo líquido?--perguntou Jules incrédulo.--Quando foi que você terminou? -Em Mydgard. Comprei daquela mulher histérica da loja de plantas e ervas uma muda do ingrediente que faltava, só precisava aguardar a poção ficar assim. -Mas a barreira de gelo só aumenta.--falou Nathy. -Não tema, minha querida amiga, essa poção é capaz de derreter isso mais rápido que eles podem engrossar a parede. Vamos chegar um pouco para trás, ok? -Mas e as paredes da fenda? -Não vão ser
Os quartos para hóspedes no castelo de Ysgo eram bem diferentes das acomodações que foram dadas a eles anteriormente. Era alterado por meio de magia para receber qualquer tipo de hóspede confortavelmente, logo, tinham a impressão de estar num castelo tradicional da idade média. Damien estava sozinho em seu quarto, mas louco de vontade de entrar no quarto do pai, não queria saber de nada mais, apenas ficar com ele e ter a sensação de sentir-se protegido novamente. Apesar de estar bem mais desenvolvido, ele não passava de um jovem de 18 anos, ainda tinha muito o que aprender sobre tudo o que estava acontecendo, e tinha a sensação de que seu pai era a pessoa ideal para isso. Colocou suas novas vestes. Pelo visto todos tinham caído nas graças do festeiro rei e desta vez a túnica de Damien era ver
Estava tudo escuro. Edgard levantou com dificuldade, sentia todo o peso do mundo em seu corpo, parecia que a gravidade naquele lugar era muito superior a qual estava acostumado. “Onde estou?”--virava o rosto em todas as direções mas não via nada senão um escuro total e absoluto. Pensou em chamar por alguém, mas certamente alertaria seu inimigo sobre sua presença, se é que ele já não tivesse alerta. Tentou tatear por alguma parede ou algo do tipo, suas mãos tocavam apenas um espaço totalmente vazio. Andou alguns passos e não esbarrou em nada, pulou com as mãos estendidas para o alto, mas não tocou qualquer espécie de teto. Começou a sentir medo. Junto com ele veio o frio. Batia os dentes com tanta força q
Estava com a sensação de que minha alma estava se descolando do corpo, mas não só isso, sentia algo estranho dentro da minha alma ainda, como se ela estivesse se dividindo. “Hummm.”--Albeon parecia preocupado. -O que houve, Albeon? “Está começando.” -Começando?! O quê? “Uma grande transformação... o casulo enfim se fechou, agora o futuro é uma grande surpresa.” -Isso é ruim? “Pode ser... mas também pode ser bom.” -Que casulo é esse? Albeon se limitou a se afastar em direção às ilhotas novamente.&nbs
Richard ficou no meio dos dois filhos, Damien e Adam. Ora conversava com um, ora com outro. Até que houve um momento em que Damien ficou ocupado com os filhos do Rei Ysgo, fazendo algumas magias para entretê-los. -Então, Adam... como está sendo acompanhar Damien? -Ele é o irmão que eu nunca tive, pena que não crescemos juntos. -Pena mesmo. Vi o que fez na fenda, era a poção do fogo líquido, não era? -Como sabe? -Só vi uma pessoa conseguir fazer uma poção daquela com tamanha perfeição até hoje. E essa pessoa é minha mãe. -Vovó?--Adam levou as mãos à boca como se tivesse falado alguma besteira.&n