Estava tudo escuro. Edgard levantou com dificuldade, sentia todo o peso do mundo em seu corpo, parecia que a gravidade naquele lugar era muito superior a qual estava acostumado.
“Onde estou?”--virava o rosto em todas as direções mas não via nada senão um escuro total e absoluto.
Pensou em chamar por alguém, mas certamente alertaria seu inimigo sobre sua presença, se é que ele já não tivesse alerta.
Tentou tatear por alguma parede ou algo do tipo, suas mãos tocavam apenas um espaço totalmente vazio. Andou alguns passos e não esbarrou em nada, pulou com as mãos estendidas para o alto, mas não tocou qualquer espécie de teto.
Começou a sentir medo. Junto com ele veio o frio. Batia os dentes com tanta força q
Estava com a sensação de que minha alma estava se descolando do corpo, mas não só isso, sentia algo estranho dentro da minha alma ainda, como se ela estivesse se dividindo. “Hummm.”--Albeon parecia preocupado. -O que houve, Albeon? “Está começando.” -Começando?! O quê? “Uma grande transformação... o casulo enfim se fechou, agora o futuro é uma grande surpresa.” -Isso é ruim? “Pode ser... mas também pode ser bom.” -Que casulo é esse? Albeon se limitou a se afastar em direção às ilhotas novamente.&nbs
Richard ficou no meio dos dois filhos, Damien e Adam. Ora conversava com um, ora com outro. Até que houve um momento em que Damien ficou ocupado com os filhos do Rei Ysgo, fazendo algumas magias para entretê-los. -Então, Adam... como está sendo acompanhar Damien? -Ele é o irmão que eu nunca tive, pena que não crescemos juntos. -Pena mesmo. Vi o que fez na fenda, era a poção do fogo líquido, não era? -Como sabe? -Só vi uma pessoa conseguir fazer uma poção daquela com tamanha perfeição até hoje. E essa pessoa é minha mãe. -Vovó?--Adam levou as mãos à boca como se tivesse falado alguma besteira.&n
Elizabeth caminhava no extenso pátio do complexo das cinco torres mágicas, dirigia-se para a torre sul - Amm Them. Era onde ficava o quartel general dos Guardiões, uma mistura de polícia e forças armadas dos magos. Mente completamente vazia, pensava apenas no seu trabalho. Manter os Guardiões corruptos sob controle e os honestos presos em suas celas. Para cada Guardião havia três soldados moderxyre. Todos liderados por ela. -Talos, como estão os prisioneiros?--perguntou ao segundo em comando de seu destacamento. Um homem de longos cabelos castanhos lisos e pele morena, parecia um índio norte-americano. -Nenhuma tentativa de fuga, Senhora. -Ótimo. E os nossos aliados? -Por enquanto estão todos obedecendo às ordens
-Finalmente está pronta. Olhem só.--Jules tirou do bolso de suas vestes a cópia da Curva de Nótus.--Só falta uma coisa. -Mas você disse que estava pronta.--falou Nathy. -E está. Mas precisamos ter certeza de que a cópia não tem falhas. Damien... encaixe na curva de Bóreas. -Isso não pode ser perigoso? -Não creio. Acho que as partes só vão se unir quando forem as verdadeiras. Damien pegou curva verdadeira e a curva falsa e encaixou uma na outra. Estava perfeito. A continuidade das inscrições das bordas, até mesmo a fluidez da energia era muito próxima da real, somente um olhar muito treinado perceberia a diferença.&
Por mais estranho que fosse o caminho traçado pelo destino, algo muito forte unia os cinco aquela floresta. Estavam de volta à Eagdamm. -Estou começando a memorizar a posição dos galhos e dos arbustos.--brincou Adam. -Nem os sussurros incomodam mais.--observou Jules. Eagdamm continuava sufocante, quente e úmida, mas como todos ali já sabiam o que encontrar não tinha como ficar apreensivo como da primeira vez. Refizeram o mesmo caminho até o paredão. E para a surpresa de todos, Torg, o goblin estava sentado comendo uma suculenta coxa de alguma criatura que não faziam a menor questão de saber qual era. Comia com gosto e de olhos fechados, saboreando cada mordida. -Olá, Torg.--no mes
“A manticora vive em bandos... será que vou ter que enfrentar outras? Espero que tenha sido um macho que enfrentei, senão terei problemas.”--lembrava das aulas no castelo com o mestre Yann. Damien ainda estava cansado pela batalha com a besta secular. Levantou-se esgueirando pela parede de galhos e folhas, um largo corredor acompanhava o segundo círculo do labirinto. Caminhou por ele durante alguns minutos, mas percebeu que não havia nenhuma abertura, nem para voltar e nem para seguir adiante. A tempestade de areia parecia estar contida numa espécie de barreira invisível, pois não ultrapassava os limites do corredor. Era tão forte que formava um paredão bem compacto. -Acho que vou ter que encarar a tempestade.--pensou em voz alta. Aproximou-se da tempestade e
O jovem Edgard Montgomery decidiu que o melhor era ir na frente, não porque precisasse da última parte do Panthagron, ou para ajudar Damien e os outros. Seu único objetivo era surpreender os moderxyre e vingar o assassinato de seu pai. Para ele a pessoa responsável era Elizabeth Forst, mas ele desconhecia que ela não tinha qualquer intenção de matar Louis, e que na verdade ele tinha sido morto por Sebastièn Bouloud. Ele queria matar na verdade três dos moderxyre, o líder, a irmã de Damien e o general do exército: Malthor. E estava usando a última parte do tão cobiçado objeto como isca para atraí-los. Edgard tinha o plano ideal para isso, e se tudo corresse bem, não precisaria sequer fazer uso de magia. Deixaria o trabalho sujo para o guardião da esfera de Gaia. Tudo o que
Era um novo corredor. Desta vez sem qualquer tipo de truque ou armadilha. O labirinto parecia estar resignado naquele momento, era a sensação que todos tinham naquele momento. O caminho descrevia uma quarta etapa como tendo uma forma oval. A parede era toda de pedra, quase tão bela quanto mármore, e apesar da aparência rudimentar estava impecavelmente limpa e lustrosa. O caminho todo era coberto por uma grama macia e próximo das paredes haviam uma infinidade de plantas e até mesmo alguns pássaros. Kate e Nathy ficaram encantadas com umas criaturinhas que não tinham visto ainda. Pareciam borboletas, mas suas asas eram formadas por veios coloridos e uma espécie de fumaça da mesma cor. Tinham o tamanho da palma de suas mãos e voavam tão graciosamente que não