Voltamos para o grande lago, onde Albeon se dirigiu para uma das ilhotas, pedindo que eu o aguardasse ali. Coloquei os pés na água, estava numa temperatura agradabilíssima.
“Queria poder entender tudo o que se passa comigo.”--pensou.
Uma brisa vinda do norte suave passou, parecia estar sendo acariciado por alguém. Sentiu-me confortável, foi como se todas as preocupações simplesmente desaparecessem momentaneamente.
Ainda com os pés imersos, deitei-me e fiquei contemplando o céu, cheio de estrelas em plena manhã, era estranho olhar aquilo, mas ao mesmo tempo era belo.
Só então percebi que as estrelas se moviam, fiquei brincando de identificar figuras, e parece que elas gostaram da brincadeira, tive a nítida impressã
Seu corpo estava todo moído, parecia que um trator tinha passado por cima dele. Sentia-se cansado e febril, mal se movia na cama. -Como você está meu querido?--perguntou Sandra sentada na poltrona próxima. -Era só o que me faltava, não sou derrubado por magias de fogo, água ou qualquer outra coisa... mas uma gripezinha me detona.--brincou. -Isso não é uma gripe, querido... segundo seus avós magos, você está sofrendo apenas de um forte cansaço. Daqui a pouco sua avó Virgínia virá com um remédio para aliviar suas dores. -E como estão os outros, vovó? -Estão todos bem. Adam continua fazendo diversas poções para vocês le
-Abrirei o portal para um povoado perto da localização da caverna, já visitei o lugar algumas vezes.--falou James.--Tomem muito cuidado, nas regiões geladas habitam criaturas muito perigosas. -Leve este mapa.--Xavier entregou um pergaminho para Jules.--é fácil se perder quando se está no meio de um deserto de neve... E Damien, não dê... -Uma de valentão, qualquer problema retorne imediatamente.--completou ele mesmo.--eu sei disso, vovô. Fiquem tranqüilos, sei que não somos ainda muito fortes para enfrentar grandes desafios. -Boa viagem, meus queridos.--Sandra deu um beijo na testa de cada um, enquanto Virginia dava um pacotinho de papel lotado de cookies para cada um. -Fiquei a noite inteira preparando para cada um.--sorriu.&nb
Uma figura alta, corria em sua máxima capacidade. Vestia uma túnica marrom sem manga e com capuz que ocultava completamente seu rosto, uma calça de aparência muito confortável mais escura. O frio que fazia no lugar era certamente de transformar qualquer um em picolé, mas ele parecia não se sentir afetado pelo clima, na verdade estava até mesmo suando. O céu estava azul e limpo, e ao seus pés uma neve compacta branca e uniforme. Carregava ainda consigo um par de adagas de lâmina curva presas na cintura e nas costas estava pendurado um longo cajado madeira muito escura com uma esfera verde na ponta superior e uma ponteira dourada na base, tão fina que poderia facilmente servir de lança. Ele estava perseguindo um pequeno grupo vestido de uniformes preto e vermelho escuro. Os Mode
Jules continuava andando à frente, sendo seguido pelos seus amigos. A única coisa que ele era capaz de enxergar era a entrada de uma caverna, e mesmo assim não muito claramente. -Quanto será que falta para chegar nessa maldita caverna? Acho que até a poção do fogo líquido já está congelando.--até Adam já estava começando a reclamar do quanto já tinham andado e não viam nada a não ser uma grande imensidão branca combinada com uma nevasca jamais vivenciada por eles. -Até que enfim alguém que não fosse eu reclamou...--sussurrou Nathalie. -Damien!--Kate chegou perto dele.--acho que deveríamos para um pouco para descansar. Acho que a falta de humor está começando a nos afetar de verdade.&nbs
-DAMIEN!--gritaram todos juntos. -Sabíamos que só podia ter sido você a gritar aquele feitiço tão alto. Como nos achou?--perguntou Jules. -Vocês desfizeram o feitiço? -Claro? Não sabíamos o que iria acontecer com a gente, não seria justo deixar Jules enxergar só uma caverna.--falou Kate. -Certo. Eu usei o feitiço em mim mesmo. Mas os gnomos mudaram vocês de lugar o tempo todo. -Eles não mudaram a gente de lugar. O povoado inteiro não permanece no mesmo lugar quando um estranho se aproxima.--respondeu Jules. -Machucaram vocês? -Não, nunca. Nos alimentaram, mas nos mantiveram presos. Tivemos que nos explicar diversas vezes, mas
-Ainda não acredito no que vi.--comentou Adam na manhã seguinte com Damien.--depois de tudo o que passamos, encontrar esse cara aqui, no meio do nada... O que será que ele ta fazendo aqui? -Será que Aaron tem alguma coisa a ver com isso?--analisou Jules em voz alta. -Será?! Por favor, como ele poderia adivinhar que estamos indo para o pólo norte? -Calma, gente.--Damien finalmente falava algo.--Não vai adiantar ficarmos pensando nisso, o fato é que ele está aqui. E de qualquer forma, se ele estiver envolvido em algum esquema com Aaron, vamos descobrir. Basta falar no idioma dos magos, esqueceram? Ele não vai poder mentir. -É verdade, tinha me esquecido desse detalhe.--falou Jules. -Então... o que você pretende, Da
O que viram do outro lado superava e muito tudo o que já tinham vivenciado até aquele momento como magos. A luz que entrava na caverna, era refletida por suas paredes, estalactites e estalagmites azuis e formavam várias auroras boreais sobrepostas. -Surreal!--Damien e Adam falaram juntos. Soprava um vento do fundo da caverna, mas diferente do que se imaginava era morno, agradável. -É o bafo do Deus-gnomo.--brincou Adam. -Isso foi mesmo pra rir?--zombou Edgard, Adam nem se deu ao luxo de responder a provocação, mais por causa do olhar sério que Kate deu do que por vontade própria. Só tinha um caminho por onde seguir. Então se puseram a andar na direção das ilusões multicoloridas.&
O caminho de volta foi menos desgastante, embora estivessem todos doloridos, cansados e com fome. -Será que dá pra chegarmos em Mydgard antes de pararmos?--perguntou Adam.--Acho que se eu parar agora não vou conseguir mais levantar. -Se o povoado não tiver mudado de lugar... talvez, estávamos muito perto.--Damien também transmitia exaustão na voz. -Então acho melhor nos apressarmos.--falou Jules. Pouco tempo depois já estavam, por sorte, nos portões de Mydgard. Estava fechado. Damien bateu algumas vezes, mas não houve resposta. Edgard então espancou o portão. Nada. Jules esquadrinhava o portão e em volta dele, pois deveria ter alguma forma de chamar a guarda. Foi então que percebeu um buraco orname