Parte 4...Infelizmente, ela viu que do outro lado da rua havia um pequeno grupo de paparazzi e já estavam ligados no que acontecia ali porque estavam com as câmeras e celulares para cima.Ela não poderia criar um escândalo ali e isso aumentou seu aborrecimento com a mulher.— Você precisa ouvir o que tenho a dizer.Ela forçou a passagem e ainda se bateu com Dominique, que forçou um sorriso porque viu dois homens atravessarem a rua na direção da casa. Fechou a porta depressa.— Quem é essa? - Joane apareceu e notou a expressão da amiga.— Uma das ex amantes de Nico - ela respondeu alto de propósito para que a mulher ouvisse — Mas ela já vai sair.— O que diabos você fez para que Nico se casasse com você? - Noeli se virou com raiva, mas se contendo.— Hum... Ela tem garras - Joane comentou rindo.— Por que você não pergunta para ele? - Dominique deu de ombro.— Você sabe que eu e ele transamos na semana passada? - ela ergueu a sobrancelha — Três vezes.Dominique sentiu vontade de empur
Parte 1...Nicolau ligou para Noeli, mas ela apenas enviou uma mensagem de volta dizendo que não podia falar com ele no momento. Claro, estava se resguardando porque sabia que Dominique iria contar sobre sua visita sem ser convidada.Isso o fez pensar mais sobre a questão de manter suas amantes, mesmo com o acordo. Só que ele entraria em outro problema, caso as descartasse, que seria um ano sem sexo.O flerte entre ele e Dominique era divertido, mas isso não iria segurar seu desejo por tanto tempo. Era mais uma coisa para analisar e que não estava em seu plano inicial.Ele nunca tentou ser monogâmico, não havia motivo para isso. As mulheres com quem ele se relacionava eram lindas e divertidas, mas não conseguiam segurar sua atenção por mais do que alguns meses e depois ele se sentia entediado, precisando de algo novo.Tinha sempre uma conversa com a amante quando isso começava a acontecer, para deixar que soubesse que ele não queria enganá-la, mas que não iria se prender por ela també
Parte 2...O irmão chegou a lhe mostrar duas vezes pessoas em volta dela, quando estava na faculdade. Ele ficou de longe e a gravou com o celular. Realmente eram pessoas mandadas para seguir cada passo seu.Isso foi muito ruim e estressante. Ela ficou com medo de sair na rua. Até mesmo porque algumas pessoas começaram a fechar as portas para ela, como se também fosse culpada. Lhe diziam grosserias e às vezes até mesmo a mandavam embora.Chegava em casa estressada e nervosa, se trancava no quarto e começava a chorar. Queria o apoio da mãe, mas ela só pensava em si e na vergonha de ter seu nome sujo.Ficava reclamando que os conhecidos e amigos iriam falar mal dela. Nem mesmo com o marido preso ela se importou. Os filhos ficaram em terceiro plano. Primeiro e segundo era ela.O pior foi quando a mãe se matou. Pareciam moscas em cima dela e dos irmãos, fazendo perguntas sem parar e muitas delas maldosas.Depois ela notou que os telefones começaram a fazer um barulho diferente quando os pe
Parte 3...Joane enviou a mensagem, enquanto ela falava com Nicolau pelo próprio celular, para tirar a dúvida. Ele já estava entendo o que acontecia e respondeu rápido.“Ok, já entendi. Obrigado”.Joane mostrou o celular para ela, que fez sinal de positivo. Pelo menos agora ele entraria na onda. Se houvesse alguém do outro lado ouvindo o que eles falavam, teria a certeza de que o casamento era real. Ela não podia arriscar falar algo que levantasse suspeita ou até confirmasse que realmente era tudo armado.Nicolau começou a falar já ciente de que ela pensava de que alguém havia grampeado o telefone dela, mas achava isso um tanto difícil. Até poderia ocorrer, mas havia todo um processo para que isso fosse permitido.— Já estou ansioso para ver o que você vai usar para mim hoje à noite... Amor meu.Ela sorriu achando engraçado. Ele não perdia tempo, era bem esperto e isso era divertido. Gostava do modo como ele se portava com ela. Se não fosse a questão de tudo ser uma armação, adoraria
Parte 4...— Vamos para casa agora? - Joane perguntou.Dominique fez sinal com o dedo na boca para ela não falar. Desligou o celular e retirou a bateria. Se houvesse uma escuta, como ela desconfiava, assim não poderiam ouvir mais nada.Ela guardou a bateria na bolsa da amiga e o aparelho na dela. Pegou o vestido e saíram do provador. Olhou em volta e já não viu a mulher que antes estava ligada nelas. Talvez tivesse ido embora. Foi até o balcão e falou com a vendedora. Pagou por tudo o que já tinha comprado e saíram da loja com as sacolas.— Agora a gente pode falar - ela olhou em volta — Eu vou esperar por Nico para conversar sobre isso. Você notou que tinha algo estranho, não foi? - Joane fez que sim — Estou nervosa - mostrou a mão tremendo.— Fica calma. Eu vou voltar para casa e dar uma geral na agência. Você volta para sua casa com seu marido.— Não é melhor você vir comigo?— Não. Acho que não é bom deixar a casa sozinha agora. Sei lá... Isso me recordou o passado.— Pelo menos é
Parte 5...— Meu homem é meio estranho de falar - fez uma careta rindo — Meu segurança. Ele vai dar uma geral na casa e na agência. Se achar algo vai me dizer e depois podemos descobrir quem mandou grampear.— Pode mandar que ele faça a geral na casa da Joane também?— Está preocupada com ela? - ele apertou sua mão.— Não sobre ela me trair, nada disso. Tenho total confiança nela, mas fico preocupada que queiram se aproveitar de nossa amizade e escutem nossas conversas.— Entendi - ele assentiu — Vou mandar Giles passar por lá também. Avise a ela sobre ele, assim não fica com medo.— Vou fazer isso agora - ela levantou e parou — Mas se eu ligar e tiver mesmo alguém ouvindo, vai saber que eu já estou por dentro. Como faço?— Eu vou ligar agora, então e mando que ele a coloque ao celular e você avisa.— Isso... Ela é meio desconfiada também.Ele pegou o celular e mandou a mensagem para que ao chegar, falasse com Joane e a deixasse por dentro.— Ele vai falar com ela - esfregou a nuca —
Parte 1...Nicolau a ajudou a levar as coisas para sua suíte e viu que Dominique havia feito compras com seu cartão, como ele havia mandado. — Então hoje você agiu como uma esposa realmente - ele brincou — Usou meu cartão para fazer compras.— Pois é - ela guardou algumas camisetas na gaveta do closet — Não fica nada bem que eu apareça por aí com roupas de lojas mais baratas, como você disse.— Ah... E foi só por isso?Ela olhou para ele e fez um bico, rodando a língua pela bochecha.— Você sabe que eu me irritei também com aquela lá - ela fez um gesto apontando — Não gostei da ousadia. Da próxima vez que encontrar com ela, não vai me olhar de baixo para cima.— Realmente eu me surpreendi com a atitude de Noeli.— Já falou com ela?— Ainda não me ligou de volta - ele passou uma sacola para ela — Creio que está pensando no que vai me dizer sobre o que fez.— Sorte dela que tinha gente de olho na frente de casa.Ele sorriu e abriu uma outra sacola. Dentro haviam roupas íntimas de vária
Parte 2...O celular tocou de novo. Ela olhou o número. Era o mesmo de antes. Deslizou o dedo na tela para atender, mas não falou nada, apenas encostou no ouvido.Do outro lado dava para perceber uma respiração, mas ninguém disse nada. Ela se chateou e desligou a chamada. Não poderia deixar o celular desligado por completo porque tinha que receber as chamadas da clínica.— Não se estresse, está bem? Vou pegar os novos aparelhos ainda hoje.— Hoje?— Claro - ele fez uma cara de riso — Só vou mandar que alguém vá até uma loja e traga o que eu quero.— Ahhh... É mesmo, esqueci dessa parte - balançou a cabeça — Que bom poder ter tudo à mão - suspirou e coçou a testa — Eu também tinha as coisas mais fáceis antes de tudo.— Não fique se preocupando com o passado - ele segurou seus ombros — Ainda mais um que você não pode mudar e nem teve culpa do que aconteceu.— Eu sei, mas é que às vezes é bem chato.— Bem, não podemos saber o que as pessoas más intencionadas pordem fazer, mas temos que b