Parte 3...Joane enviou a mensagem, enquanto ela falava com Nicolau pelo próprio celular, para tirar a dúvida. Ele já estava entendo o que acontecia e respondeu rápido.“Ok, já entendi. Obrigado”.Joane mostrou o celular para ela, que fez sinal de positivo. Pelo menos agora ele entraria na onda. Se houvesse alguém do outro lado ouvindo o que eles falavam, teria a certeza de que o casamento era real. Ela não podia arriscar falar algo que levantasse suspeita ou até confirmasse que realmente era tudo armado.Nicolau começou a falar já ciente de que ela pensava de que alguém havia grampeado o telefone dela, mas achava isso um tanto difícil. Até poderia ocorrer, mas havia todo um processo para que isso fosse permitido.— Já estou ansioso para ver o que você vai usar para mim hoje à noite... Amor meu.Ela sorriu achando engraçado. Ele não perdia tempo, era bem esperto e isso era divertido. Gostava do modo como ele se portava com ela. Se não fosse a questão de tudo ser uma armação, adoraria
Parte 4...— Vamos para casa agora? - Joane perguntou.Dominique fez sinal com o dedo na boca para ela não falar. Desligou o celular e retirou a bateria. Se houvesse uma escuta, como ela desconfiava, assim não poderiam ouvir mais nada.Ela guardou a bateria na bolsa da amiga e o aparelho na dela. Pegou o vestido e saíram do provador. Olhou em volta e já não viu a mulher que antes estava ligada nelas. Talvez tivesse ido embora. Foi até o balcão e falou com a vendedora. Pagou por tudo o que já tinha comprado e saíram da loja com as sacolas.— Agora a gente pode falar - ela olhou em volta — Eu vou esperar por Nico para conversar sobre isso. Você notou que tinha algo estranho, não foi? - Joane fez que sim — Estou nervosa - mostrou a mão tremendo.— Fica calma. Eu vou voltar para casa e dar uma geral na agência. Você volta para sua casa com seu marido.— Não é melhor você vir comigo?— Não. Acho que não é bom deixar a casa sozinha agora. Sei lá... Isso me recordou o passado.— Pelo menos é
Parte 5...— Meu homem é meio estranho de falar - fez uma careta rindo — Meu segurança. Ele vai dar uma geral na casa e na agência. Se achar algo vai me dizer e depois podemos descobrir quem mandou grampear.— Pode mandar que ele faça a geral na casa da Joane também?— Está preocupada com ela? - ele apertou sua mão.— Não sobre ela me trair, nada disso. Tenho total confiança nela, mas fico preocupada que queiram se aproveitar de nossa amizade e escutem nossas conversas.— Entendi - ele assentiu — Vou mandar Giles passar por lá também. Avise a ela sobre ele, assim não fica com medo.— Vou fazer isso agora - ela levantou e parou — Mas se eu ligar e tiver mesmo alguém ouvindo, vai saber que eu já estou por dentro. Como faço?— Eu vou ligar agora, então e mando que ele a coloque ao celular e você avisa.— Isso... Ela é meio desconfiada também.Ele pegou o celular e mandou a mensagem para que ao chegar, falasse com Joane e a deixasse por dentro.— Ele vai falar com ela - esfregou a nuca —
Parte 1...Nicolau a ajudou a levar as coisas para sua suíte e viu que Dominique havia feito compras com seu cartão, como ele havia mandado. — Então hoje você agiu como uma esposa realmente - ele brincou — Usou meu cartão para fazer compras.— Pois é - ela guardou algumas camisetas na gaveta do closet — Não fica nada bem que eu apareça por aí com roupas de lojas mais baratas, como você disse.— Ah... E foi só por isso?Ela olhou para ele e fez um bico, rodando a língua pela bochecha.— Você sabe que eu me irritei também com aquela lá - ela fez um gesto apontando — Não gostei da ousadia. Da próxima vez que encontrar com ela, não vai me olhar de baixo para cima.— Realmente eu me surpreendi com a atitude de Noeli.— Já falou com ela?— Ainda não me ligou de volta - ele passou uma sacola para ela — Creio que está pensando no que vai me dizer sobre o que fez.— Sorte dela que tinha gente de olho na frente de casa.Ele sorriu e abriu uma outra sacola. Dentro haviam roupas íntimas de vária
Parte 2...O celular tocou de novo. Ela olhou o número. Era o mesmo de antes. Deslizou o dedo na tela para atender, mas não falou nada, apenas encostou no ouvido.Do outro lado dava para perceber uma respiração, mas ninguém disse nada. Ela se chateou e desligou a chamada. Não poderia deixar o celular desligado por completo porque tinha que receber as chamadas da clínica.— Não se estresse, está bem? Vou pegar os novos aparelhos ainda hoje.— Hoje?— Claro - ele fez uma cara de riso — Só vou mandar que alguém vá até uma loja e traga o que eu quero.— Ahhh... É mesmo, esqueci dessa parte - balançou a cabeça — Que bom poder ter tudo à mão - suspirou e coçou a testa — Eu também tinha as coisas mais fáceis antes de tudo.— Não fique se preocupando com o passado - ele segurou seus ombros — Ainda mais um que você não pode mudar e nem teve culpa do que aconteceu.— Eu sei, mas é que às vezes é bem chato.— Bem, não podemos saber o que as pessoas más intencionadas pordem fazer, mas temos que b
Parte 3...Ele pegou algumas coisas também e a seguiu. Era engraçado que apesar de nunca ter se interessado muito pela vida particular de suas amantes, com Dominique ele queria saber mais.Ela tinha algo que o atraía para uma boa conversa. Era divertida, leve, exagerada às vezes, mas ele estava gostando dessa combinação.— Ei, por aí não. Vamos para o cinema.Ela arregalou os olhos sorrindo e foi na direção que ele apontou. Abriu outra porta mais adiante e entrou em um cinema em casa, com uma tela enorme e algumas poltronas confortáveis, além de um sofá.— Gostei, vamos ficar ali na frente - ela desceu e escolheu uma poltrona na primeira fila — Vamos ver algo divertido para relaxar do dia.Ele assentiu e se ajeitou, arrumando a comida na frente deles em uma mesinha feita para isso e pegou o controle para escolher o que iriam ver.— Deixa que eu escolho - ela tomou o controle da mão dele — Gosto de comer vendo coisas engraçadas. Foi uma coisa que aprendi nos meus dias ruins. Eu cubro o
Parte 4...Nicolau sentiu seu agito. Ele não tinha tanto tempo assim que havia entrado no quarto. Ficou pensando em como seria, dormir ao lado de sua esposa e não poder tocá-la.Se virou para ela e a viu mexendo a cabeça agitada. Suas mãos estavam fechadas e ela apertava os dedos. Dava para perceber que estava tendo um pesadelo.Tocou em seu ombro de leve e Dominique sentou depressa, respirando rápido e ofegante, olhando perdida para a frente. Ele segurou em seu braço e ela gritou assustada, ainda perdida em seu sonho, inclinando o corpo para o lado, quase caindo da cama, mas Nicolau a segurou e a puxou para os braços.— Dominique... Tudo bem, bela - ele esfregou seus braços porque ela estava tremendo — Foi um pesadelo.Ela deixou que ele a abraçasse. Fazia um bom tempo que ninguém a apertava assim, com intenção de proteger e cuidar dela e era bom poder sentir de novo essa sensação.Fechou os olhos e ficou quieta, enquanto Nicolau a embalava de um modo gentil. Até sabia que deveria s
Parte 5...Só de pensar que ela teria que ficar vigiando quem andava atrás dela e os telefones, já a desanimava um pouco. Estava pronta para fazer o papel que havia combinado com ele, mas essa parte era bem desagradável. E também não imaginava que algo assim aconteceria tão rápido. Pensou que talvez fosse algo com seis ou oito meses, mais pra frente, perto da data de Nicolau receber a herança.— Mas vamos fingir apenas quando necessário e acho que temos que dar material para eles. Vamos deixar a fofoca correr solta da forma como nós queremos que eles acreditem.Estar sentada no colo dele, fingindo que estava tudo bem, não era nada fácil. Ela ficava olhando diretamente para os olhos dele, para não olhar para seu peito e isso exigia concentração.Nicolau contiuava falando como se estivesse tudo bem, tudo normal. Nem parecia que eles eram estranhos em um acordo. Não tão estranhos agora.— Quando colocaram escutas na minha família havia um motivo e uma ordem de um juiz... Se estão fazend