Parte 2...O irmão chegou a lhe mostrar duas vezes pessoas em volta dela, quando estava na faculdade. Ele ficou de longe e a gravou com o celular. Realmente eram pessoas mandadas para seguir cada passo seu.Isso foi muito ruim e estressante. Ela ficou com medo de sair na rua. Até mesmo porque algumas pessoas começaram a fechar as portas para ela, como se também fosse culpada. Lhe diziam grosserias e às vezes até mesmo a mandavam embora.Chegava em casa estressada e nervosa, se trancava no quarto e começava a chorar. Queria o apoio da mãe, mas ela só pensava em si e na vergonha de ter seu nome sujo.Ficava reclamando que os conhecidos e amigos iriam falar mal dela. Nem mesmo com o marido preso ela se importou. Os filhos ficaram em terceiro plano. Primeiro e segundo era ela.O pior foi quando a mãe se matou. Pareciam moscas em cima dela e dos irmãos, fazendo perguntas sem parar e muitas delas maldosas.Depois ela notou que os telefones começaram a fazer um barulho diferente quando os pe
Parte 3...Joane enviou a mensagem, enquanto ela falava com Nicolau pelo próprio celular, para tirar a dúvida. Ele já estava entendo o que acontecia e respondeu rápido.“Ok, já entendi. Obrigado”.Joane mostrou o celular para ela, que fez sinal de positivo. Pelo menos agora ele entraria na onda. Se houvesse alguém do outro lado ouvindo o que eles falavam, teria a certeza de que o casamento era real. Ela não podia arriscar falar algo que levantasse suspeita ou até confirmasse que realmente era tudo armado.Nicolau começou a falar já ciente de que ela pensava de que alguém havia grampeado o telefone dela, mas achava isso um tanto difícil. Até poderia ocorrer, mas havia todo um processo para que isso fosse permitido.— Já estou ansioso para ver o que você vai usar para mim hoje à noite... Amor meu.Ela sorriu achando engraçado. Ele não perdia tempo, era bem esperto e isso era divertido. Gostava do modo como ele se portava com ela. Se não fosse a questão de tudo ser uma armação, adoraria
Parte 4...— Vamos para casa agora? - Joane perguntou.Dominique fez sinal com o dedo na boca para ela não falar. Desligou o celular e retirou a bateria. Se houvesse uma escuta, como ela desconfiava, assim não poderiam ouvir mais nada.Ela guardou a bateria na bolsa da amiga e o aparelho na dela. Pegou o vestido e saíram do provador. Olhou em volta e já não viu a mulher que antes estava ligada nelas. Talvez tivesse ido embora. Foi até o balcão e falou com a vendedora. Pagou por tudo o que já tinha comprado e saíram da loja com as sacolas.— Agora a gente pode falar - ela olhou em volta — Eu vou esperar por Nico para conversar sobre isso. Você notou que tinha algo estranho, não foi? - Joane fez que sim — Estou nervosa - mostrou a mão tremendo.— Fica calma. Eu vou voltar para casa e dar uma geral na agência. Você volta para sua casa com seu marido.— Não é melhor você vir comigo?— Não. Acho que não é bom deixar a casa sozinha agora. Sei lá... Isso me recordou o passado.— Pelo menos é
Parte 5...— Meu homem é meio estranho de falar - fez uma careta rindo — Meu segurança. Ele vai dar uma geral na casa e na agência. Se achar algo vai me dizer e depois podemos descobrir quem mandou grampear.— Pode mandar que ele faça a geral na casa da Joane também?— Está preocupada com ela? - ele apertou sua mão.— Não sobre ela me trair, nada disso. Tenho total confiança nela, mas fico preocupada que queiram se aproveitar de nossa amizade e escutem nossas conversas.— Entendi - ele assentiu — Vou mandar Giles passar por lá também. Avise a ela sobre ele, assim não fica com medo.— Vou fazer isso agora - ela levantou e parou — Mas se eu ligar e tiver mesmo alguém ouvindo, vai saber que eu já estou por dentro. Como faço?— Eu vou ligar agora, então e mando que ele a coloque ao celular e você avisa.— Isso... Ela é meio desconfiada também.Ele pegou o celular e mandou a mensagem para que ao chegar, falasse com Joane e a deixasse por dentro.— Ele vai falar com ela - esfregou a nuca —
Parte 1...Nicolau a ajudou a levar as coisas para sua suíte e viu que Dominique havia feito compras com seu cartão, como ele havia mandado. — Então hoje você agiu como uma esposa realmente - ele brincou — Usou meu cartão para fazer compras.— Pois é - ela guardou algumas camisetas na gaveta do closet — Não fica nada bem que eu apareça por aí com roupas de lojas mais baratas, como você disse.— Ah... E foi só por isso?Ela olhou para ele e fez um bico, rodando a língua pela bochecha.— Você sabe que eu me irritei também com aquela lá - ela fez um gesto apontando — Não gostei da ousadia. Da próxima vez que encontrar com ela, não vai me olhar de baixo para cima.— Realmente eu me surpreendi com a atitude de Noeli.— Já falou com ela?— Ainda não me ligou de volta - ele passou uma sacola para ela — Creio que está pensando no que vai me dizer sobre o que fez.— Sorte dela que tinha gente de olho na frente de casa.Ele sorriu e abriu uma outra sacola. Dentro haviam roupas íntimas de vária
Parte 2...O celular tocou de novo. Ela olhou o número. Era o mesmo de antes. Deslizou o dedo na tela para atender, mas não falou nada, apenas encostou no ouvido.Do outro lado dava para perceber uma respiração, mas ninguém disse nada. Ela se chateou e desligou a chamada. Não poderia deixar o celular desligado por completo porque tinha que receber as chamadas da clínica.— Não se estresse, está bem? Vou pegar os novos aparelhos ainda hoje.— Hoje?— Claro - ele fez uma cara de riso — Só vou mandar que alguém vá até uma loja e traga o que eu quero.— Ahhh... É mesmo, esqueci dessa parte - balançou a cabeça — Que bom poder ter tudo à mão - suspirou e coçou a testa — Eu também tinha as coisas mais fáceis antes de tudo.— Não fique se preocupando com o passado - ele segurou seus ombros — Ainda mais um que você não pode mudar e nem teve culpa do que aconteceu.— Eu sei, mas é que às vezes é bem chato.— Bem, não podemos saber o que as pessoas más intencionadas pordem fazer, mas temos que b
Parte 3...Ele pegou algumas coisas também e a seguiu. Era engraçado que apesar de nunca ter se interessado muito pela vida particular de suas amantes, com Dominique ele queria saber mais.Ela tinha algo que o atraía para uma boa conversa. Era divertida, leve, exagerada às vezes, mas ele estava gostando dessa combinação.— Ei, por aí não. Vamos para o cinema.Ela arregalou os olhos sorrindo e foi na direção que ele apontou. Abriu outra porta mais adiante e entrou em um cinema em casa, com uma tela enorme e algumas poltronas confortáveis, além de um sofá.— Gostei, vamos ficar ali na frente - ela desceu e escolheu uma poltrona na primeira fila — Vamos ver algo divertido para relaxar do dia.Ele assentiu e se ajeitou, arrumando a comida na frente deles em uma mesinha feita para isso e pegou o controle para escolher o que iriam ver.— Deixa que eu escolho - ela tomou o controle da mão dele — Gosto de comer vendo coisas engraçadas. Foi uma coisa que aprendi nos meus dias ruins. Eu cubro o
Parte 4...Nicolau sentiu seu agito. Ele não tinha tanto tempo assim que havia entrado no quarto. Ficou pensando em como seria, dormir ao lado de sua esposa e não poder tocá-la.Se virou para ela e a viu mexendo a cabeça agitada. Suas mãos estavam fechadas e ela apertava os dedos. Dava para perceber que estava tendo um pesadelo.Tocou em seu ombro de leve e Dominique sentou depressa, respirando rápido e ofegante, olhando perdida para a frente. Ele segurou em seu braço e ela gritou assustada, ainda perdida em seu sonho, inclinando o corpo para o lado, quase caindo da cama, mas Nicolau a segurou e a puxou para os braços.— Dominique... Tudo bem, bela - ele esfregou seus braços porque ela estava tremendo — Foi um pesadelo.Ela deixou que ele a abraçasse. Fazia um bom tempo que ninguém a apertava assim, com intenção de proteger e cuidar dela e era bom poder sentir de novo essa sensação.Fechou os olhos e ficou quieta, enquanto Nicolau a embalava de um modo gentil. Até sabia que deveria s