Parte 4...Nicolau sentiu seu agito. Ele não tinha tanto tempo assim que havia entrado no quarto. Ficou pensando em como seria, dormir ao lado de sua esposa e não poder tocá-la.Se virou para ela e a viu mexendo a cabeça agitada. Suas mãos estavam fechadas e ela apertava os dedos. Dava para perceber que estava tendo um pesadelo.Tocou em seu ombro de leve e Dominique sentou depressa, respirando rápido e ofegante, olhando perdida para a frente. Ele segurou em seu braço e ela gritou assustada, ainda perdida em seu sonho, inclinando o corpo para o lado, quase caindo da cama, mas Nicolau a segurou e a puxou para os braços.— Dominique... Tudo bem, bela - ele esfregou seus braços porque ela estava tremendo — Foi um pesadelo.Ela deixou que ele a abraçasse. Fazia um bom tempo que ninguém a apertava assim, com intenção de proteger e cuidar dela e era bom poder sentir de novo essa sensação.Fechou os olhos e ficou quieta, enquanto Nicolau a embalava de um modo gentil. Até sabia que deveria s
Parte 5...Só de pensar que ela teria que ficar vigiando quem andava atrás dela e os telefones, já a desanimava um pouco. Estava pronta para fazer o papel que havia combinado com ele, mas essa parte era bem desagradável. E também não imaginava que algo assim aconteceria tão rápido. Pensou que talvez fosse algo com seis ou oito meses, mais pra frente, perto da data de Nicolau receber a herança.— Mas vamos fingir apenas quando necessário e acho que temos que dar material para eles. Vamos deixar a fofoca correr solta da forma como nós queremos que eles acreditem.Estar sentada no colo dele, fingindo que estava tudo bem, não era nada fácil. Ela ficava olhando diretamente para os olhos dele, para não olhar para seu peito e isso exigia concentração.Nicolau contiuava falando como se estivesse tudo bem, tudo normal. Nem parecia que eles eram estranhos em um acordo. Não tão estranhos agora.— Quando colocaram escutas na minha família havia um motivo e uma ordem de um juiz... Se estão fazend
Parte 1...Giles informou a Nicolau o que ele não queria que fosse verdade, mas era. Assim como Dominique havia dito, a casa, a agência e até mesmo a casa de Joane estavam sendo vigiadas.Na casa de Joane havia câmeras apenas na sala de estar e na varanda na frente da casa. O celular dela não tinha escuta, mas o de Dominique sim.Na agência Giles encontrou quatro câmeras e na casa encontrou dez, espalhadas em vários locais, inclusive no quarto dela, o que causou muita revolta nele.Isso queria dizer que alguém havia espionado Dominique enquanto ela estava em seu momento de privacidade. Um total abuso e que não ficaria assim. Ele tomaria uma atitude de acordo tão logo descobrisse de onde tinha saído a ordem para tal coisa.Não seria tão fácil, nem tão difícil, fingirem estar apaixonados um pelo outro. Era só seguir um roteiro como se fosse uma novela. Cade cena de cada vez. Eles que preenchessem o meio da história e pronto.As conversas que eles tiveram de início não sabiam se podiam t
Parte 2...— Bom, se vocês se derem bem, pra mim vai ser ótimo - ele disse — O Diogo é meu amigo de longa data. Posso garantir que é uma pessoa muito boa e correta. Só não sei como vai ser a relação de vocês - ele ergueu a mão.— Pois é, não vamos pôr a mão no fogo - Dominique brincou — Eu tive sorte - ela enfiou a mão no cabelo dele.Ela sorriu, mas fazer esse simples gesto provocou algo dentro dela que a fez sentir uma vontade maior de continuar a sentir aquele cabelo macio e cheiroso. Teve vontade de prender a mão e puxar seu cabelo. Foi algo que passou rápido por seu pensamento, mas que a fez imaginar como seria.Estava começando a perceber que seu corpo tinha reações próprias quando se tratava de muita proximidade com Nicolau. O que poderia ser perigoso para sua saúde emocional.Nicolau olhou para ela de uma forma que tocou seu coração. Parecia até que ele estava mesmo sentindo o que dizia para as câmeras. Dominique sorriu e pensou que por alguns momentos, esse jogo de encenação
Parte 3...Após um momento, foi o celular dele que tocou. Nicolau olhou a tela. Era o primo Mike. Ele atendeu como sempre e falou por uns minutos com o primo, depois desligou e disse a ela que iriam jantar na casa de sua tia, junto com o Mike.— Quando? - ela parou segurando a caixa.— Amanhã ou depois. Ainda vou acertar direito.— Ok - ela mexeu o ombro fingindo estar animada com o convite — Depois me ajuda a pegar um material lá no quarto?— Claro que sim, amor da minha vida.Ele respondeu de modo irônico e ela riu alto, mas ninguém de fora iria entender que ele estava fazendo graça com a situação deles. — Niqui, ainda tem roupa para levar - Joane avisou.— Não precisa amiga - ela apertou Nicolau de novo por trás — Meu maridinho liberou o cartão para mim. Vou fazer um novo closet.Joane olhou para ele que fez uma careta e dor e as duas começaram a rir.— Acho que eu não fui avisado de que o amor de minha vida iria me levar à falência comprando sapatos.— Você ainda não viu nada - J
Parte 1...Depois que Nicolau saiu de sua sala, Dominique ficou sem fôlego, pensando no beijo e no que ele havia dito. Não era de se admirar que muitas mulheres quisessem ficar com ele, além das vontades próprias de dinheiro e fama. Nicolau era um homem que sabia bem como encantar os ouvidos de uma mulher. Quando queria ele tinha a palavra pronta para encaixar no momento. E isso sem dúvida era algo sedutor também. Era difícil resistir quando ele se mostrava assim. Mas ela sabia que era para as câmeras instaladas por ali. Bem que poderia não ser. Ela não iria achar ruim que um homem como ele realmente tivesse interesse nela, mas desde que havia um acordo, sabia que Nicolau fazia as coisas de caso pensado e não por uma atração real.Não podia dar muito na cara que estava surpresa pelo beijo. Queria tocar os lábios, mas isso ficaria chamativo. Voltou a atenção para o que fazia e teve a ideia de se livrar das câmeras.Pegou o telefone de mesa e lá estava o ruído que entregava que havia
Parte 2...Depois que retiraram algumas caixas e guardaram no carro, Nicolau a chamou para irem embora. A cena que eles queriam fazer diante das escutas e câmeras já estava pronta.Agora era só esperar que começassem a ser espalhadas. Em breve ele teria noção de quem tinha feito aquilo. Giles estava trabalhando para descobrir, então eles só tinham que continuar com o plano.Quando estavam no caminho, ele olhou para Dominique, concentrada mexendo no celular enquanto ele dirigia. Seu perfil era muito bonito e ele estava começando a sentir falta de algo que não ficava sem, por muito tempo.Sexo!Seu corpo estava sentindo falta de se liberar e a atração que estava sentido, era real. Não sabia se havia o mesmo da parte dela, mas iria descobrir logo. A curiosidade começava a incomodar. E não iria ficar todo esse tempo sem sexo, mas ao mesmo tempo, sentia desânimo em continuar com as amantes, mesmo tendo dito a ela que continuaria.Só que eles precisavam ter uma conversa séria sobre isso. Nã
Parte 3...— Porque eu quis - ele correu o dedo por seu queixo.— Não podemos fazer isso... Você está misturando as coisas... - ela engoliu em seco — Somos um falso casal da porta para fora - sentiu o coração bater mais forte.— E porque não podemos ser um casal de verdade da porta para dentro? Seria tão difícil assim?Ela se afastou e ele soltou seu cabelo. Fechou a gaveta e se virou para ele, encostada no armário. Abraçou as pernas.— Você queria uma falsa esposa, lembra-se?— Agora eu quero uma de verdade... - sentou no chão ao lado dela — Por um ano.Ela torceu a boca e respirou fundo, soltando o ar devagar. Os olhos dela capturaram os dele e viu um brilho diferente.— Isso pode ser complicado - ela disse.— Depende de nós - ele segurou o joelho dela.— Você queria uma mulher que não lhe desse dor de cabeça depois - ela o recordou — Queria alguém que não fosse atraente, que não quisesse ter filhos... Que seria uma falsa esposa só para receber a herança...Ela parou de falar quando