Aquela noite dona Ana me impossibilitou de ir ao bar, ela me mandou descansar e avisar se caso voltasse a sentir dor novamente no estômago. Meu novo emprego era atendente, durante o dia cuidava do mercadinho de dona Ana, a gente revezava. Ela mesma me deu essa opção devido ter o Caleb. A noite a gente seguia ao barzinho que também era dela, era um bar pequeno mas que trazia lucros o suficiente para sua vivência ali já que era tão pequeno. Dona Ana optava por uma noite mais curta já que envolvia bebidas, e já que passava o dia no mercado o bar era quase que desnecessário.Aquela noite eu não consegui dormir nadinha. Ergui-me da cama espreguiçando o corpo, observei Caleb que dormia muito tranquilamente. Cobri o seu corpo por completo deixando quentinho, ali fazia bastante frio. O deixei dormir, abri a porta e caminhei pela ilha, eu fui a praia novamente já que era tão perto. Ainda me sentia desconfortável, meu corpo parecia estranho e mais cansado que o normal, sem contar os meus pés
— Não foi simplesmente por ignorância Lúcio.— Eu respondi tão cansada. Tive vontade de me deitar e cessar com aquele assunto.— Eu sei que não, teve o egoísmo também.— Ele completou aproximando de mim.— Eu sei muito bem que deveria ter feito as coisas de outro jeito, eu me culpei por 4 meses pelo seu sumiço eu te procurei como um louco, você não sabe o quanto eu estava preocupado com você com o pobre do Caleb que não tinha nada a ver com nossa história. Agora me diz que mãe é você ?— Minha respiração ficou irregular, eu estava ficando nervosa mas não tinha palavras para responder, eu não tinha.— Como pode fazer uma loucura dessas? Você não pensa nele primeiro? Tudo que eu sento está se transformando em raiva se você não me der pelo menos uma resposta convincente.— Lúcio ficou ainda mais próximo, ele estava tão próximo que eu me vi com vontade de abraçá-lo forte e deixar que as minhas lágrimas escorressem. Eu puxei a respiração e finalmente tive forças para responder.— O que quer que
Eu me mexi ainda de olhos fechado na manhã seguinte. Dava pra sentir um peso de alguém ao meu lado. Ao abrir os olhos me deparei com Lúcio que me apertava em seus braços de uma forma que era impossível sair. Eu tentei sair de forma silenciosa, mas era impossível.Encarei seu rosto passando muito tempo observando cada detalhe nele que o tornava tão lindo. Toquei suas bochechas deslizando a mão por elas. Beijei sua testa logo em seguida, toquei sua testa e mantive as carícias até sentir que ele tinha acordado. Horas mais tarde eu voltava acordar de um outro sono, dessa vez eu estava no sofá, e não fazia ideia de como tinha ido parar nele.Lúcio me encarava muito atento, parecia levemente preocupado. Eu sorri vendo ele me acompanhar no sorriso também.— O que houve?— Perguntei cobrindo o rosto.— Você não para acordada, achei que estava em coma.— Ele sorriu ao dizer aquilo. Esbocei uma gargalhada sincera, se ele soubece como é estar grávida. — Dormir é o menor dos efeitos, o pior é a fo
— Eu disse que tudo era questão de tempo e o quanto estão dispostos a fazer dar certo.— Ela falou.— Pena que não tive tempo de fazer isso. Minha história seria diferente se tivesse feito o que deveria ter sido feito. Fugir nunca é a decisão certa.Senti vontade de chorar ao pensar nela. Ana era uma senhora incrível e só de me colocar na situação que ela esteve, consigo sentir a dor de perder seus dois amores.Com certeza foi uma perca imensurável e extremamente dolorosa. Mesmo que aquela criança não tivesse sido planejada, eu não queria perdê-la nunca e depois desses meses distante do Lúcio eu também não queria perdê-lo. Era algo que eu não conseguia nem imaginar o quanto era doloroso. Lúcio e Caleb viam em nossa direção e dona Ana não perdeu a oportunidade para dizer:— E você deixou de fora o detalhe de que o Lúcio era tão bonitão.— Ela cutucou meu braço com seu cotovelo e nós duas gargalhamos entonado. — Fiquei curioso com esses sorrisos agora.— Lúcio comentou ao sentar ao meu la
No dia seguinte Lúcio comunicou que Caleb estava matriculado e estudaria com Anne e claro que Anne amou o anúncio feito por Lúcio no café da manhã. Foi divertido dividir a mesa nós quatro, ou melhor nós cinco, tinha o bebê guardado ali.As crianças estavam a todo vapor ligadas no 220. Eles tinham muito do que brincar e aproveitar, já Lúcio tinha muito trabalho e ele me contaou isso minutos após o café. Ele ficaria sumido durante o dia pois tinha muito trabalho acumulado. Eu percebi que tinha que organizar minha lista de tarefas, eu tinha muita coisa que aprender, como o fato de ter uma família, tinha a Anne também e eu precisava cuidar dela também como se fosse uma filha minha. Não seria difícil aquilo, ela era muito sociável e adorável.Encarei aquela mansão pensando exatamente por onde começar, no fundo eu estava um pouco nervosa, minha diferença de idade com o Lúcio era um pouco grande, e eu reconheço que ainda tinha muito a aprender, então sabia que com certeza hora ou outra tería
— Eu sinto muito eu não podia contar onde estava.— Respondi vendo ele aparentemente impaciente.— Poderia no mínimo ter atendido as ligações no começo, fiquei preocupado demais, você não sabe o quanto.— Ele falou.— É verdade que eu poderia, mas vendi o celular pra juntar mais grana. Lawrence me encarou com os olhos fixos.— Está grávida ?— Ele encarou minha barriga perplexo e eu o entendia totalmente. Seus olhos seguiram direção ao Lúcio e antes que tivesse tempo de raciocinar com clareza Lawrence segurou Lúcio pela camisa o puxando em sua direção.— Que droga é essa Lúcio? Porque fez isso? Você sabia que eu gostava dela.Fiquei paralisada por um momento perdida na cena.— Você sabia muito bem e mesmo assim se entrou no meio? Você fez como da última vez. Lúcio você sempre faz isso e a troco de que? Onde está a Gabriela hoje? Você a deixou também e vai fazer o mesmo com ela. Fiquei totalmente perdida. Não foi decisão apenas do Lúcio, eu o amo, mas o que Lawrence está falando?Mas ao
— Como assim?— Lúcio estava intrigado.— Simples, estou sendo seguido.— Lawrence completou passando a caminhar de um lado a outro bem na nossa frente.— Eu descobri muitas coisas sobre o caso da sua mãe, o caso da sua família e eu já tenho minhas suspeitas.— Lawrence parou a nossa frente com a mão direita sobre o maxilar.— O Carlos, ele tá metido em coisas muito pesada.— Lúcio deu passos para trás.Virei meu rosto a sua direção vendo que ele parecia abalado. Lúcio realmente parecia abalado, segurei sua mão tentando mantê-lo parado ao meu lado.— O que você está querendo dizer?— Lúcio perguntou.— Carlos é um suspeito em potencial. Lúcio soltou minha mão rapidamente cambaleando para trás. Ele parecia ter perdido o equilíbrio, sua respiração estava afetada, irregular. Aproximei-me dele tentando fazer com que ele mantivesse o foco.— Isso não pode ser verdade, você tem noção do que está falando?— Lúcio questionou, sua voz soou abalada.— Tenho noção muito bem.— Lawrence falou entre um su
— Eu moro aqui.— Tive prazer em responder aquilo.— É dele?— Ela gesticulou direção a minha barriga mantendo uma expressão totalmente fria.— Não preciso repondê-la, o que faz aqui?— Eu argui-me do sofá.— Eu sabia.— Gabriela disse de forma amarga com um sorriso totalmente forçado de dentes serrados.— Achou um idiota para se encostar, filha?— Gabriela se aproximou com uma rapidez passando apertar meu braço de forma brusca.— Eu sempre desconfiei de você desde o primeiro momento.— Ela usou o dedo indicador frente ao meu rosto.— Eu não tenho que te responder nada, você deveria ir embora.— Retirei sua mão do meu braço erguendo o maxilar logo em seguida.— Você não tem mais poder sobre essa casa, perdeu seu título tem cinco anos. Não use a criança como desculpas, se realmente gostasse do Lúcio jamais teria deixado o seu casamento ser destruído.Gabriela não gostou nada do que ouvia e isso era de se esperar de fato.— Você é só uma morta de fome que achou um babaca para se encostar, você ac