- Seja bem-vindo, Hurruc.
O meio orc olhou para cima da barricada onde um guarda acenava para ele, um jovem humano envolto em roupas pesadas para se proteger do frio.
- Dimitri! - saudou o meio orc - o que eu perdi nesse tempo que fiquei fora?
- Praticamente nada - respondeu o jovem desanimadamente - mas nossos batedores avisaram que você já estava chegando, Sazar disse que assim que você chegasse era para ser encaminhado para o grande salão.
E o que é agora? Se perguntou o meio orc enquanto passava algumas instruções para seus mercenários escolhendo dois deles para acompanha-lo.
- Eu estou indo ver o que os peixes grandes querem e já volto - Hurruc sussurrou para Gromar - leve nossos homens para nossa área de descanso e fique atento.
O orc acenou rapidamente entregando uma sacola do tamanho da cabeça de um homem para Hurruc. Um presentinho trazido de sua mis
Os olhos claros do tenente estavam fixos no corpo sem vida de seu soldado, um pano surrado cobria a parte superior do corpo de Mouch deixando as pernas para o lado de fora. Alex podia ver as manchas de sangue que se estendiam pela calça do falecido soldado.Então você foi o primeiro, Mouch? Se perguntou com tristeza o tenente.Alex fechou os olhos e as imagens do ataque voltaram até ele. O disparo das flechas. Os gritos acompanhados dos corpos de Sharlaks caídos para em seguida vir o confronto entre os tribais. Ele olhou para o outro lado da galeria a tempo de ver Bown iniciando sua emboscada. Não deveríamos ter tido baixas. Isso só mostra o quão habilidosos nossos inimigos são. O sargento tinha saído de seu esconderijo seguido dos outros com um ataque que teria matado qualquer inimigo, mas os tribais conseguiram de algum jeito perceber a emboscada e antes que Alex perce
Foi com grande alivio que Hurruc saiu do salão, ainda sentia um arrepio por ter passado tanto tempo perto dos magos que emanavam uma forte presença de força e superioridade. Seguiu até os guardas e pegou suas armas de volta e encontrou Bulrg e Diegor, que tinham saído do salão quando os convidados foram liberados, esperando-o ao lado dos guardas.Começou a guardas suas facas e punhais, deixando sua espada por último. Quando terminou de pegar suas coisas cumprimentou os dois guardas e partiu em busca de Gromar e dos outros mercenários. Quando saíram do campo de visão dos guardas Bulrg começou a falar.- E então? O que eles queriam? - Hurruc ficou calado andando calmamente em frente pelos corredores do forte.- Elric me fez algumas perguntas mais detalhadas sobre nossa missão e Sazar me deu isso.O meio orc ergueu uma pequena bolsa de couro do tamanho de uma ma
Ela ainda não tinha se acostumado a presença deles. Mayara passava a pedra de amolar sobre a lâmina de sua espada enquanto mantinha os olhos nos cinco cavaleiros trajando armaduras completas tingidas de rubro. Cada um deles possuía uma espada de lâmina longa e um escudo de cinco pontas igualmente tingido de rubro.Os olhos da tenente seguiram o cinco cavaleiros até que eles desapareceram em meio as tendas no pátio do forte. Tinham chegado ao Forte na tarde do dia anterior, cem cavaleiros rubros retornando de uma missão no reino de Molcran. Assim que Mayara viu os cavaleiros sentiu uma ansiedade, uma necessidade de se manter longe deles.Guardo a pedra de amolar e embainhou sua espada. Em volta dela muitos dos soldados do 7° batalhão faziam o mesmo já que não tinha muita coisa para fazer no forte. Um mensageiro tinha chegado naquela manhã informando que os últimos batalhõ
O líder dos Tedrak era imenso, um dos maiores homens que Alex já tinha visto em sua vida. Malgar possuía ombros largos e seus músculos eram delineados pelas tatuagens que pareciam cobrir todo seu corpo, suas longas tranças variando entre o mais escuro negro e um leve branco desciam até a cintura do homem onde se via um enorme cinto feito com a pele de um urso cinzento.Dentro da tenda se encontravam Alex, Malgar e Arkas que se mantinha em um respeitoso silêncio na presença do pai e líder. Malgar tinha se mantido em silêncio com uma expressão pensativa no rosto após ter ouvido a proposta de Alex e o tenente já começava a ficar ansioso com a demora. Após alguns minutos que pareceram uma eternidade finalmente se pronunciou.- Vocês terão passe livre para enfrentar os exilados - a voz de Malgar era áspera e arrastada como se fosse cansativo para ele fa
As espadas colidiram causando faíscas em meio ao pátio coberto por uma leve camada de neve. Os dois cavaleiros trajavam armaduras completas praticamente iguais se não fosse pela cor verde musgo de uma e marrom da outra. Hurruc observava o treino dos cavaleiros, homens habilidosos no manejo de suas armas. Ele se mantinha nas sombras acompanhando cada movimento das espadas com os olhos que se chocaram mais três vezes antes do cavaleiro de marrom conseguir acertar um golpe vertical que desarmou seu adversário. Os dois se afastaram e se cumprimentaram, Hurruc observou em silêncio quando um jovem saiu correndo dentre o meio dos observadores para pegar a espada caída na neve e devolver ao cavaleiro que segurava o pulso direito.Um burburinho no lado esquerdo do pátio chamou a atenção do meio orc para uma presença incomum por ali. Sir Estivs atravessava o pátio com passos largos em direçã
Tudo em volta deles eram rochas iluminadas por pequenas pedras brilhantes. Para qualquer lado que se olhava possuíam pedras a vista, precipícios, cavernas, estalactites e escadas esculpidas na própria montanha. Mayara marchava na linha de frente da coluna com o anão Tom guiando o caminho, os dois tribais estavam lá com eles e atrás dela uma fileira de cento e cinquenta soldados se estendia caverna a baixo.Eles já estavam marchando a dois dias e o atalho que o anão os tinha mostrado surpreendeu a todos. Mais alguns passos e eles entraram em uma pequena galeria flanqueada por colunas espiras que brilhavam levemente afastando a escuridão do subterrâneo.Os olhos de Mayara se arregalaram um pouco com a vista, era tudo novo para ela.Tom avançava sem hesitar pelos caminhos estreitos e idênticos das cavernas fazendo curvas e entrando e saindo de dezenas de galerias, algumas com escultur
O forte estava um alvoroço, servos corriam de um lado para o outro pegando tudo de valor que se encontrava no caminho. Caixotes eram empilhados no pátio onde os administradores faziam as listas sobre quantos alimentos tinham, os tesouros de Elric e o número de armas extras.Hurruc e seus mercenários se encontravam na muralha externa do forte, suas coisas espalhadas em pequenas sacolas perto de seus donos. O meio orc já tinha tido uma conversa individual com cada um de seus mercenários e todos estavam a par sobre o que estava acontecendo, uns mais do que outros.O meio orc desviou os olhos do pátio quando viu Verme guardando dentro de suas trouxas uma pequena caixa de madeira com alguns entalhes dourados. Hurruc sorriu ao reconhecer a caixa, o meio orc tinha visto-a pela primeira vez nas Terras Desoladas nas mãos de um alquimista para o qual eles fizeram uns desagradáveis trabalhos. Hurruc esperou a
O 7° batalhão avançava por passagens estreitas em direção as minas dominadas pelas Kars'dow. No início a marcha era liderada pelos tribais que conheciam a superfície da região melhor do que ninguém. Grupos de batedores era enviados constantemente para patrulhar a área em busca de inimigos enquanto os soldados avançavam cada vez mais.No final do primeiro dia eles acamparam em uma vila destruída, Andy olhou em volta tentando imaginar como aquilo poderia ter sido antigamente. Restos de cabanas eram vistas por toda parte, manchas escuras onde antes houveram corpos sem vida se encontravam por quase toda a vila. Walga recomendou que dormissem nas pequenas cavernas que segundo ele eram usadas para estoque de mantimento e como as forjas.Olhando para dentro da caverna que estava, Andy nunca diria que aquilo tinha sido um armazém ou uma forja. Mais vinte soldados descansavam na caverna ao l