Passos silênciosos eram dados pelas passagens cobertas de neve das Montanhas Cinzentas. Silhuetas se esgueiravam entres as sombras, escondendo sua presença dos vigias. Uma flecha foi puxada da aljava e colocada no arco onde a corda foi estirada a sua máxima tensão e com um movimento suave foi disparada em direção ao descuidado vigia que patrulhava a passagem.
Gamelot acenou positivamente ao ver o vigia dos exilados caindo sem produzir nenhum ruído em meio a neve. Seus soldados se espalhavam pela passagem usando longas capas brancas para se disfarçar no terreno e eliminaram os vigias restantes até que em pouco tempo eles já estavam na entrada do vale.
O capitão do 23° batalhão olhou para a imensidão branca do vale até que seus olhos descansassem sobre o acampamento dos exilados, finalmente tinham chegado até seus inimigos. A uma distancia de duzentos, talvez treze
Com olhos tristes o tenente Alex observava a fileira de corpos cobertos por capas ensanguentadas na praça da cidade subterrânea onde antes ele e os seus tinham libertado as mulheres tribais e suas crianças. O 7° batalhão tinha perdido mais da metade de seus homens, muitos deles jovens demais.Sessenta e dois sobreviventes, lhe dissera Mayara quando terminaram de recolher os corpos. Desses sessenta e dois tinham dezoito com ferimentos graves e nenhum que tenha saído sem um único ferimento. Pelo que informaram ao tenente os cavaleiros não estavam muito melhores com somente doze deles ainda vivos.Alex estava sentado apoiado contra a parede de uma casa com o corpo todo enfaixado. Dezenas de feridas se estendiam pelo corpo do tenente, algumas ele se lembrava de ter recebido durante a batalha e outros não fazia a mínima ideia de como tinha conseguido.- Você esta acabado - soou uma voz fraca ao l
Hurruc entra em açãoDeitado sob um grosso cobertor o meio orc esperou por sua vez de agir. Primeiro ouviu os gritos de dor vindo do outro lado do vale, depois ouviu o som das armas se chocando, sobrepujando os gritos de dor e em pouco tempo esses sons chegaram cada vez mais perto de onde estava.Conforme a batalha ia se aproximando de seu esconderijo, Hurruc sentia mais do que via a tenção aumentando entre os seus mercenários. Ele próprio não podia negar que estava um pouco nervoso se perguntando o que estava acontecendo nas linhas de combate.Uma imagem penetrou na mente do meio orc, viu os Moucranianos enfrentando um grupo de soldados Glaericos no topo do morro e então a formação de parede de escudo de Ulf e seus homens foi quebrada, pouco a pouco os Glaericos iam ganhando terreno com a chegada de reforços enquanto os mercenários do nort
- Parece que as coisas estão sobre controle no morro - Sazar disse enquanto coçava o queixo.- Ulf e Hurruc são mais que qualificados para o serviço - respondeu Elric calmamente.De sua tenda o Rei dos exilados observava calmamente o decorrer do combate, Flin de pé ao seu lado reportava-lhe qualquer mudança significativa nas disputas. Como era esperado a batalha estava seguindo no ritmo que Sazar tinha estimado. O centro e o lado direito do exercito estava aguentando bem enquanto o lado esquerdo próximo ao paredão ia enfraquecendo lentamente e pouco a pouco cedendo terreno para os soldados Glaericos.- Já basta com essas malditas flechas! - berrou Bauron sentado no centro da tenda - esses malditos arqueiros não se cansam?- A quanto tempo Bauron tem mantido a barreira? - Elric perguntou para Flin sem tirar os olhos do pequeno mago.- Pelo menos uns vinte minutos, meu senhor.
Os mercenários se assustaram no topo do morro, eles não conseguiam ver o que tinha acontecido no campo de batalha, mas um som assustador se elevou acima da confusão criada pelos combatentes. Gritos e gemidos foram abafados pelo estrondo que veio do outro lado do campo de batalha para assustar ainda mais os mercenários e soldados no morro.Hurruc procurou Verme e ao avistar o mercenário ele o mandou para descobrir o que tinha acontecido. Olhando em volta percebeu que tanto os mercenários quanto os soldados que os atacavam tinham parado de lutar para tentar ver sem sucesso o que tinha acontecido.O meio orc começou a gritar ordens para seus homens atacassem os soldados quase na mesma hora que um oficial do exercito reorganizou seus soldados para investir contra os mercenários. Uma batalha sangrenta teve início pelo controle do topo do morro novamente, armas banhadas em sangue riscavam o ar criando rastros rub
Aquilo foi um inferno. A batalha tinha decorrido de igual para igual desde o início e até mesmo o deslizamento que os magos deles tinham criado não tinha diminuído tanto assim a diferença entre os dois exércitos. Mas quando os malditos trolls tinham deixado as profundezas de seu covil para atacar os dois exércitos em batalha tudo tinha mudado. As forças inimigas receberam o sinal para recuar ao primeiro sinal dos trolls, mas pelos danos que as criaturas causaram em suas fileiras suponha que as criaturas não estavam nos planos deles, um acidente que os favoreceu mais do que eles imaginavam. Conforme recuavam fui forçado a mandar nossas tropas recuarem também pois se tentassemos avançar ficaríamos presos entre os exilados e os trolls e é do conhecimento de todos o quanto é difícil matar aquelas criaturas.Muitos de nosso
Alex se sentia no limite de suas forças, desde que tinha retornado das montanhas guiado por Greg e trazendo junto um grupo cansado e abatido que se aguentava de pé pelo simples fato de ter completado sua missão. Uma única pergunta tinha se mantido na mente de todos durante a viajem de volta. Vencemos os exilados?Então quando chegaram no Forte uma segunda pergunta se insinuou nas mentes deles. O que diabos aconteceu aqui?Alex ainda não conseguia deixar de ver os corpos de centenas de homens espalhados pelo Forte, para qualquer lado que olhasse ele via um soldado da guarnição estendido pelo chão. Quando chegaram ao Forte cansados e cheios de perguntas os membros do 7° batalhão e seus aliados se depararam com os portões abertos, de maneira desconfiada o grupo adentrou no Forte e encontrou a guarnição espalhada por todos os lados. Muitos dos mortos não
Ele não sentia mais frio, as capas grossas com varias camadas de peles tinham sido deixadas de lado e agora vesti sua armadura com uma fina camisa por baixo. Sentado sobre um velho tronco de arvore caída o meio orc observava seus homens trabalhando no acampamento.Perdi tantos companheiros nessa campanha. Ele passou os olhos pelos rostos que trabalhavam ali. Mas com o fim da campanha eu ganhei alguns novos.Muitos mercenários perderam seus contratantes na batalha e se viram sozinhos em meio aquele desesperado exercito que fugia. Alguns poucos que conheciam Hurruc e seus mercenários decidiram se juntara a ele, recuperando o número de homens que tinha tido no morro. Entre esses que tinham se alistados em suas fileiras estavam os sobreviventes dos mercenários do norte. Os homens de Ulf tinham se juntado a ele dizendo-lhe que era a vontade do falecido guerreiro.Agora que parava para pensar nisso se lembrou
Uma forte ventania balançava a placa de madeira onde uma longa espada de duas mãos tinha sido esculpida. A Espada Dourada era a única taverna em Sulux e sendo assim o único refugio para viajantes e trabalhadores cansados.A pequena aldeia de Sulux se encontrava perto da fronteira norte de Glaera dentro do condado de Balestia. Era um local pequeno e aconchegante com pouco mais de vinte famílias, cercada por uma frágil muralha de madeira. Seus habitantes eram principalmente grupos de lenhadores.Dentro da taverna o calor reinava assim como a felicidade, músicos tocavam diversas canções para animar o povo enquanto alguns comerciantes faziam seus últimos negócios com um saco de moedas em uma mão e uma caneca de cerveja na outra. Alguns moradores que tinham trabalhado até tarde se aconchegavam ao redor das redondas mesas que ocupavam o interior da taverna, bebendo e comendo qualquer c