O frio começava a fazer efeito na constante marcha dos soldados sobre o comando de Alex. Os cinquenta soldados marchavam cobertos por grossas camadas de peles de animais enquanto pequenos grupos eram escolhidos para descansar na segunda carroça, agora vazia.
Se não me engano, não falta muito.
Alex estava sentado na frente da primeira carroça e dez de seus homens marchavam a frente dele formando duas linhas com cinco homens cada. Os dois cavaleiros vinham montados em seus cavalos a sua direita, escondidos sob a longa capa da cavalaria.
Parece que eles estão sofrendo com esse frio. Alex segurou uma risada. Eles não sabem o que os espera nas montanhas.
Na manhã daquele dia, já conseguiam ver uma imagem disforme do que Tom dizia ser as montanhas. Segundo o anão, ainda faltava um dia de viagem até o atalho que eles usariam para entrarem em contato com
Ele sabia que tinha chegado ao seu destino antes mesmo que o guia o disse-se. Hurruc estava parado no pé de uma pequena ladeira coberta de neve entre dois paredões de pedra e no topo da ladeira se encontrava a boca de uma caverna, mas o que chamou a atenção do meio orc foi a decoração que se estendia por toda a ladeira.Tão dramática, mas já vi cenas piores. Empaladas em diversas lanças se encontravam cabeças decapitadas de homens brancos de expressões aterrorizadas que maculavam a pura neve com seu vermelho sangue.O guia deixou o grupo de mercenários no pé da ladeira e seguiu em direção a boca da caverna. Os mercenários não tiveram que esperar muito até que ele retornasse e avisa-se que podiam entrar.Hurruc lançou um olhar serio para Gromar e então seguiu na frente sendo seguindo de perto por seus
O som de dezenas de passos ressoava pelos tuneis da caverna que brilhavam com uma fraca luz azulada que era emanada de pequenas pedras incrustadas no teto. Tom liderava a marcha guiando os soldados por incontáveis tuneis e dezenas de galerias. Algumas vezes tiveram que retroceder por causa de deslizamentos que tinham bloqueado o caminho, mas o anão rapidamente achava um caminho secundário.Afinal, isso é trabalho do povo dele. Quem melhor que um anão para nos guiar em tuneis escavados por anões?Após dois dias em terreno fechado e mal iluminado o animo de todos estava a uma gota de transbordar. Alex tentava de todas a maneiras acalmar seus subordinados, mas aqueles que lhe davam mais trabalho eram os dois cavaleiros que a cada hora que se passava arrumavam um novo motivo para discutirem com o anão e com o tenente.Eu vou acabar matando um deles. Ou é capaz de Tom tomar a
As dobradiças do portão rangeram ao serem abertas, dando passagem para o 7° batalhão do exercito de Glaera. Mayara passou pelo arco do portão junto com o capitão Van liderando cento e cinquenta soldados, ela olhou para trás observando a alta muralha que cercava o Forte Norte. Uma magnífica proteção de rocha maciça com seis metros de altura e três de espessura.Seria bem difícil atacar isso aqui.A muralha estava coberta por arqueiros que vigiavam o horizonte enquanto o pátio estava coberto por varias tendas militares armadas pelos soldados que não tiveram a sorte de encontrar um lugar dentro da fortaleza, um edifício retangular próximo ao lado oeste da muralha com doze metros de altura.A atenção da tenente foi chamada para cinco homens trajando armadura completa com a exceção do elmo. Os cinco caminhavam com pas
Alex apoiou seu queixo entre os dedos entrelaçados de suas mãos, ele olhava para Andy que tinha acabado de lhe entregar um relatório sobre sua patrulha. Jingo e Greg interviram algumas vezes acrescentando detalhes que Andy havia esquecido de relatar.Ele dispensou os três com um aceno e se recostou contra a parede. Ao seu lado, Bown conversava com os dois cavaleiros sobre as noticias trazidas pelo grupo de exploração, mas aquele que mais preocupava o tenente era Tom. Que era muito apegado aos ulzarak para abandona-los naquele momento. O velho anão tinha se mantido em silêncio de uma maneira sombria durante toda a narração dos patrulheiros, até mesmo quando Greg tinha tentando falar com ele o anão tinha se mantido calado.Alex perguntou-se o que deveria fazer com o anão. Ele deveria ir junto mesmo sabendo dos riscos? Ou deveria seguir o caminho já estabelecido, deixando tudo
- Seja bem-vindo, Hurruc.O meio orc olhou para cima da barricada onde um guarda acenava para ele, um jovem humano envolto em roupas pesadas para se proteger do frio.- Dimitri! - saudou o meio orc - o que eu perdi nesse tempo que fiquei fora?- Praticamente nada - respondeu o jovem desanimadamente - mas nossos batedores avisaram que você já estava chegando, Sazar disse que assim que você chegasse era para ser encaminhado para o grande salão.E o que é agora? Se perguntou o meio orc enquanto passava algumas instruções para seus mercenários escolhendo dois deles para acompanha-lo.- Eu estou indo ver o que os peixes grandes querem e já volto - Hurruc sussurrou para Gromar - leve nossos homens para nossa área de descanso e fique atento.O orc acenou rapidamente entregando uma sacola do tamanho da cabeça de um homem para Hurruc. Um presentinho trazido de sua mis
Os olhos claros do tenente estavam fixos no corpo sem vida de seu soldado, um pano surrado cobria a parte superior do corpo de Mouch deixando as pernas para o lado de fora. Alex podia ver as manchas de sangue que se estendiam pela calça do falecido soldado.Então você foi o primeiro, Mouch? Se perguntou com tristeza o tenente.Alex fechou os olhos e as imagens do ataque voltaram até ele. O disparo das flechas. Os gritos acompanhados dos corpos de Sharlaks caídos para em seguida vir o confronto entre os tribais. Ele olhou para o outro lado da galeria a tempo de ver Bown iniciando sua emboscada. Não deveríamos ter tido baixas. Isso só mostra o quão habilidosos nossos inimigos são. O sargento tinha saído de seu esconderijo seguido dos outros com um ataque que teria matado qualquer inimigo, mas os tribais conseguiram de algum jeito perceber a emboscada e antes que Alex perce
Foi com grande alivio que Hurruc saiu do salão, ainda sentia um arrepio por ter passado tanto tempo perto dos magos que emanavam uma forte presença de força e superioridade. Seguiu até os guardas e pegou suas armas de volta e encontrou Bulrg e Diegor, que tinham saído do salão quando os convidados foram liberados, esperando-o ao lado dos guardas.Começou a guardas suas facas e punhais, deixando sua espada por último. Quando terminou de pegar suas coisas cumprimentou os dois guardas e partiu em busca de Gromar e dos outros mercenários. Quando saíram do campo de visão dos guardas Bulrg começou a falar.- E então? O que eles queriam? - Hurruc ficou calado andando calmamente em frente pelos corredores do forte.- Elric me fez algumas perguntas mais detalhadas sobre nossa missão e Sazar me deu isso.O meio orc ergueu uma pequena bolsa de couro do tamanho de uma ma
Ela ainda não tinha se acostumado a presença deles. Mayara passava a pedra de amolar sobre a lâmina de sua espada enquanto mantinha os olhos nos cinco cavaleiros trajando armaduras completas tingidas de rubro. Cada um deles possuía uma espada de lâmina longa e um escudo de cinco pontas igualmente tingido de rubro.Os olhos da tenente seguiram o cinco cavaleiros até que eles desapareceram em meio as tendas no pátio do forte. Tinham chegado ao Forte na tarde do dia anterior, cem cavaleiros rubros retornando de uma missão no reino de Molcran. Assim que Mayara viu os cavaleiros sentiu uma ansiedade, uma necessidade de se manter longe deles.Guardo a pedra de amolar e embainhou sua espada. Em volta dela muitos dos soldados do 7° batalhão faziam o mesmo já que não tinha muita coisa para fazer no forte. Um mensageiro tinha chegado naquela manhã informando que os últimos batalhõ