O grupo de Alex avançou por caminhos estreitos sendo liderados por Tom, o anão olhava sempre em volta em busca de algo e as vezes sorria e dizia "ah! Isso mesmo! Por aqui". Alex não sabia como Tom conseguia se guiar dentro daquelas passagens, para ele era tudo igual, rocha e neve.
O grupo foi guiado por varias curvas, subidas e descidas até um beco sem saída. Alex contemplou diante dele um quadro esculpido na rocha onde dois anões de perfil golpeavam uma esfera. O tenente ainda achava o trabalho dos anões magnífico, conseguia distinguir cada detalhe nas expressões dos dois anões.
- E agora, Tom?
O anão ignorou a pergunta e avançou, segurava o martela com as duas mãos, surpreendendo a todos ergueu o martelo e começou a golpear a esfera esculpida na rocha. O som da cabeça do martelo acertando a rocha ressoava pela silênciosa passagem fazendo todos se enco
Tom guiou os soldados por uma escadaria que descia esculpida no paredão até a cidade. Alex andava com passos cuidadosos e olhos atentos nos estranhos degraus inclinados que cismavam em lhe tirar o equilíbrio. Uma hora ou outra o tenente olhava em direção a cidade, já estavam quase na altura da torre mais alta em seu caminho.A praça já estava fora do alcance de sua visão e um calor quase desconfortável tinha tomado o lugar do frio de fim de inverno das montanhas. Quando chegaram ao fim da escadaria se viu em uma pequena praça em semicírculo flanqueada por duas casas de rocha maciça sem nenhuma linha para revelar as dezenas se não centenas de cubos que formavam aquele edifício.A praça era acessível por uma única entrada, uma estreita rua com pouco mais de três metros de largura que se estendia por uns vinte metros. Alex esperou até
A neblina começava a se forma sobre as escadas que davam para a entrada das minas. Mayara corria liderando um pequeno número de soldados que escoltavam o grupo de arqueiros pelo flanco esquerdo da passagem. Altos paredões de rocha cobertos por neve flanqueavam os soldados e a direita deles a uns cem metros de distancia a tenente podia ver o capitão avançando com o resto dos soldados e os guerreiros tribais.Por um momento achou que conseguiriam subir as escadas sem serem vistos, mas logo seu delírio foi dissipado quando o som de uma trompeta soou no alto das escadas avisando as forças inimigas dos invasores.Olhando para frente Mayara percebeu que estava a uns cinquenta metros de seu objetivo, uma torre que flanqueava a escada colada no paredão. A escada em si se estendia por uns cem metros se perdendo na nevoa com quase duzentos metros de uma parede a outra.Mayara correu até a torre e começo
As trilhas estavam ficando cada vez mais estreitas, e a neve que teimava em cair constantemente sobre os exilados fazia com que a marcha ficasse cada vez mais lenta. Hurruc se encolhia dentro de seu manto para se proteger do frio que segundo alguns de seus homens já tinha matado uma dezena de exilados.O meio orc sabia que não deveria estar muito longe da passagem para fora das montanhas, mais um dia, no máximo dois e poderia dar adeus aquele maldito clima e aquela irritante paisagem monotoma. Um grunhido ao seu lado chamou sua atenção para Gromar que parecia estar fervendo de raiva.O grande orc odiava o frio como a maioria da sua raça, os orcs eram um povo das terras áridas e escaldantes, aquela neve e aqueles ventos frios estavam matando lentamente o orc, e Hurruc percebeu que a ele também.Alem do frio e do atraso na marcha o mercenário estava preocupado com os perseguidores, já tinha sido
As ruas eram largas e muito bem trabalhadas com paralelepípedos bem encaixados pelo caminho, não importava quantas vezes Jaerg olha-se para baixo ele não conseguia ver uma única fenda entre as pedras cinzentas.Depois que a trompeta tinha soado, foi forçado assim como seus companheiros a seguir seu tenente pelas ruas da cidade subterrânea, tinha uma leve impressão de que Alex os estava guiando para o local onde os Kars'daw estavam acampados.Quando chegaram em uma bifurcação Alex chamou Aldrin e lhe deu algumas ordens, o guerreiro tribal acenou e se dirigiu até uma pequena torre retangular que deveria medir uns cinco metros de altura. Aldrin puxou uma flecha de seu arco e Jaerg percebeu que aquela flecha era mais grossa que as outras com um gancho no lugar da ponta de metal. O guerreiro tribal amarrou uma corda a flecha e após um momento de concentração enquanto mirava disparou ac
Mayara e seus homens se posicionaram em uma única linha para enfrentar o que quer que saísse das minas e colocasse os arqueiros em perigo. O som das trompetas soou mais duas vezes antes que o primeiro Kars deixasse a proteção dos tuneis e avançassem em direção as escadas.A tenente trincou o maxilar enquanto observava aquela onda de guerreiros avançando em direção aos combatentes no meio da escadaria. Quantos deles estão saindo? Quantos ainda estarão lá dentro? As perguntas martelavam em sua mente, deixando-a aflita.O som das flechas sendo lançadas dos arcos cortou os pensamentos sombrios da tenente e ela viu com gosto quando os guerreiros que lideravam o avanço dos novos inimigos caíram com os corpos cravejados de flechas.Antes que pudesse se animar com a ótima pontaria de seus arqueiros Mayara sentiu o sangue gelar em suas veias qua
A neve tinha voltado a cair lançando sobre o vale seu fino cobertor de morte. Os exilados se moviam como formigas em um gigantesco formigueiro pelo acampamento iluminado pelas centenas de fogueiras que se espalhavam de uma parede a outra do vale.Sentado em uma rocha retangular o meio orc Hurruc examinava o campo abaixo dele. O vale onde Elric tinha montado o acampamento se estendia com os paredões que os cercavam em forma de pinça por quase um quilometro. O vale estava coberto de neve e os soldados trabalhavam em remover o máximo possível de dentro do acampamento.O paredão da direita se estendia praticamente na vertical com varias camadas de neve e gelo enquanto o da esquerda era um pouco inclinado, mas de certa forma impossível de ser escalado. O acampamento dos exilados estava a duzentos metros da entrada do vale, a área era praticamente plana no centro e na parte direita com uma enorme rocha que
- Vocês têm certeza disso? - perguntou um confuso Alex.Em volta do tenente se encontravam os mais velhos dentre os Ulzarak assim como Mysha e Aldrin. Walga que estava inclinado sobre o corpo de uma jovem garota de sua tribo que tinha morrido pelo machado do gigantesco guerreiro kars'dow endireitou o corpo e olhou no fundo dos olhos do tenente.Ele sofre. Pensou Alex ao encarar os olhos do velho.- É preciso - sua voz falhou por um momento e ele respirou fundo para se acalmar- façam o que eu estou lhe pedindo que cuidaremos do resto.Alex olhava em volta para o rosto dos guerreiros e das mulheres da tribo dos Ulzarak que se armavam com as armas dos guerreiros Kars mortos. Do outro lado da praça um grupo de mulheres mais velhas e de crianças ajudavam os soldados a alinhar os corpos dos soldados Glaericos mortos e dos guerreiros e mulheres da tribo dos Ulzarak que tinham perecido no combate.- Cada min
Dizem que a melhor defesa é um bom ataque, e o que melhor para tentar comprovar essa suposição do que uma situação desesperadora?Sabendo que tinha pouco a perder o tenente do 7° batalhão partiu para uma feroz investida contra os guerreiros tribais com Greg a seu lado. Os dois despejaram uma saraivada de golpes decepando membros e retalhando a carne dos inimigos que ficaram no caminho.A espada de Alex girou em um ângulo baixo decepando a perna de mais um guerreiro enquanto Greg abria uma passagem de saida para as entranhas de seu inimigo. O tenente não pôde deixar de sorrir ao pensar nos velhos tempos quando ele e Greg tinham lutado lado a lado.A longa espada de Alex era um borrão prateado em contraste com as labaredas que emanavam dos dois sabres do ruivo. Assim como a espada de Alex os sabres de Greg foram criados por Tom, e ganhado no processo um presentinho extra.Ap&oa