Um lugar que não existe

          A alma poeta vive uma eterna dicotomia em que, frequentemente, exalta a alegria, mas ao mesmo tempo sente no fundo uma doce melancolia; canta o amor em prosa e verso e, nas noitadas de botequim, versos de dor e de sofrimento balbucia; transita constantemente pela antítese e por mais antíteses vai, ora se inspirando no belo, ora no feio, noutras vai do bom ao mau ou do alegre para o triste, sente o amor e, muitas vezes, debate-se na dor; ainda se dá ao luxo de, permeada por paradoxos e mais paradoxos, fazer apologia ao carinho enquanto espanca – embora – antítese das antíteses – para isso se utilize de rosas! Usa uma flor – branca – como a mais perfeita metáfora do amor...

          Esta é a essência da Alma do poeta: um lugar que não existe.

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