Capítulo 233
Diante de um homem fora de si, eu nem sequer tinha forças para chorar. Tudo o que sentia era uma profunda sensação de impotência.

Meu coração estava mergulhado em uma tristeza sem fim. O toque dele não despertava nenhuma emoção em mim; era apenas uma forma de ele se aliviar.

Sem esperança, inclinei a cabeça para trás, tentando evitar seus beijos, rezando para que ele parasse.

— Já chega! Bruno, saia da minha casa! Eu nunca mais quero te ver!

— Não quer me ver? Então quer ver quem? — Ele rasgou minha camisa com força, e suas mãos começaram a vagar sem pudor. — Ana, você diz que não quer me ver, mas seu corpo está me dizendo outra coisa. Ele não te satisfez? Implora pra mim, e eu te dou o que você precisa!

Ele retirou a mão, dobrando e estendendo os dedos diante dos meus olhos, como se me provocasse.

Naquele momento, senti um ódio como nunca antes.

Ele havia transformado algo natural e belo no corpo de uma mulher em uma marca de vergonha, e agora a cravava em mim com crueldade.
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