Rui abriu a mão diante de mim, devagar, fechando-a em um punho.
Seu temperamento, incapaz de se conter, transparecia na respiração pesada que saía de suas narinas.
— Vire de costas e espere aqui por mim, preciso resolver uma coisa e já volto!
Eu o puxei pela mão.
— Não vá!
— O que você está fazendo? Ele...
Eu o interrompi.
— Eu sei, não é necessário. — Para não parecer tão miserável, forcei uma expressão de indiferença. — Foram aquelas mulheres que eu mesma escolhi para ele.
As risadas das mulheres, afiadas como facas, se cravaram no meu coração. Quando voltei a falar, havia um tom de súplica na minha voz, tão sutil que nem eu mesma percebi.
— Podia me levar embora?
Rui respirou fundo, contendo a raiva que borbulhava dentro dele.
Ele me segurou pela mão, revirando os olhos com um sorriso travesso.
— Por que não? Para onde você quiser, eu te acompanho!
Seu gesto causou uma reação imediata nos atores ao fundo, que começaram a pular como macacos, assobiando e zom