Capítulo 184
No celular, a voz de Karina soava gentil, mas não era difícil perceber um leve tom de tristeza por trás de seu esforço para manter a compostura:

— Ana, onde você está?

Eu sabia muito bem que, se não houvesse algo importante, Karina não teria me ligado, ainda mais com essa atitude tão amena.

No entanto, como ela se mostrou tão educada, decidi não a confrontar. Se eu fosse rude demais, acabaria sendo a culpada. Afinal, tecnicamente, ela ainda era minha família.

Respirei fundo e respondi:

— Aconteceu alguma coisa? Pode falar direto.

Do outro lado, ouvi uma risada constrangida.

— Pietro acordou. Disse que não te viu. Quando você vai ter um tempinho para nos visitar?

Sentiu saudades de mim?

Por que isso soava tão suspeito?

Até hoje, minha presença era o que Karina mais odiava. Eu era a mulher que não daria filhos à família Henriques. O que de bom poderia surgir de um encontro com ela?

Estava prestes a recusar, mas Karina, como se tivesse lido meus pensamentos, continuou:

— O médico disse
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