Porem observei que a sua habilidade focava mais na espada com curvatura mediana e em jogar adagas com grande rapidez e precisão.
Passamos algumas horas depois socando e chutando os sacos de pancadas, treinando mais movimentos de defesa, misturando todas as modalidades das artes marciais como boxe e MMA. Estava quebrada e grudenta de suor o tempo todo, Pierre por sua vez só pareceu estar cansado na meia hora final do treino e repito: pareceu estar, na qual aposto que não estava.
Pierre não era muito severo como pensei ao vê-lo pela primeira vez, pelo menos no quesito de não ter humor. Depois dos meus primeiros xingamentos em italiano, nós ficamos fazendo provocações e xingamentos, provocações da parte dele e xingamentos da minha. O clima continuou puxado, porém não ficou tenso, começamos a nos dar bem, não era igual estudar com Pietro, entretanto também n&atild
A sala da Athelas era subindo a escada caracol, dando acesso ao segundo andar. Até lá as paredes estavam repletas de plantas e flores, também havia borboletas voando, na qual assim que Athelas subiu as borboletas ficaram voando ao seu redor, fazendo uma coroa de borboletas em sua cabeça, sendo a coisa mais meiga que já tinha visto.O segundo andar era espaçoso, tinha várias portas, talvez umas setes no total. Nos duas entramos na quarta porta, que nos levou para uma sala um pouco maior que a de treinamento com Pierre, na verdade nem era uma sala aquilo, estava mais para uma floresta compactada em um cômodo.Tinha cheiro de floresta, um ar úmido e de grama molhada, conseguia ouvir o cantar de alguns pássaros em algum lugar por ali. O local parecia com um dos meus sonhos, o sonho que eu tive sobre o acidente do Troy. A sala estava com a estação de outono, com cores em tons variáveis
— Athelas disse a mesma coisa. Vocês sabem de algo que não sei, por acaso? — perguntei desconfiada dos dois.— Provavelmente, somos adultos. Temos uma grande sabedoria da vida — e das suas mãos surgiu uma flor, como um truque de mágica.— Pelo menos não é uma rosa — brinquei, pegando a flor branca nas mãos. Era delicada e havia um aroma um pouco enjoativo, mas continuava sendo uma linda flor.— Aqui ela se chama dama-da-meia noite, temos uma parecida em nosso planeta, só que diga se de passagem, ela é muito mais bonita lá — informou, me olhando nos olhos. — Aqui ela só se abre uma vez por ano e por alguma razão isso me lembra de você.— Qual razão?— Não sei bem, talvez seja que ela tem o seu próprio tempo de florescer — falou, dando de ombros. — Mesmo que demora
— Está cansada também, é? Sei como é. Essa semana será longa garota e ainda preciso arrumar um lugar pra você dormir.Skyla me olhou e saiu de cima de mim, ficando nos pés da cama e deitou.— Retiro o que eu disse, parece que você já achou um lugar pra dormir — observei rindo e ela uivou concordando.Os dias passaram muito rápido. Meus treinamentos estavam cada vez mais intensos, Pierre pegava mais pesado a cada dia, porém eu já estava com as habilidades mais preparadas, não caia mais e já conseguia imobiliza-lo. Começamos o treinamento com armas, percebi que eu tinha mais habilidade com as espadas médias curvadas e com adagas. Conseguia travar os seus golpes muito mais rápido do que ele.Eu já estava tendo as forças sobrenaturais aparecendo, eu corria mais ráp
O mais medonho e com certeza o mais assustador parecia ser uma criatura das trevas em decomposição debaixo d’agua, era enorme, sua boca era completamente feita com as presas afiadas que saía uma saliva venenosa, sua pele era repuxada como teias de aranha ou algo parecido, por debaixo aparecia a carne viva na qual também brilhava como se estivesse em brasa.As criaturas das trevas eram difíceis de matar, algumas sendo bem mais difíceis que as outras. Nem todas tinham rapidez, entretanto tinham ácido ou uma grande força que podia derrubar até vinte homens com um golpe só. Pierre já lutara muitas batalhas contra eles, sempre havia perdido alguns homens nessas lutas.Passamos os últimos momentos da aula com ele me dizendo quais estratégias eram as melhores para combater essas criaturas, quais eram seus pontos fracos e cegos, também seus pontos fortes.— Leve
— Quem é você e o que você fez com a minha Nat? — perguntei sussurrando em seu ouvido.Porém ela ignorou minha pergunta e voltou ao normal.Depois da Athelas comprar os colares, fomos todos para os carrinhos de bate-bate, mesmo que nenhum dos três nunca haviam brincado naquilo eles se saíram muito bem. Pierre era o menos habilidoso, eu havia batido nele mais nele do que em qualquer outro, uma pequena vingança dos seus treinos extremos.—Esse veículo está com defeito — queixou-se Pierre sem conseguir mover o carrinho.— Você que é ruim mesmo Pier, finalmente em alguma coisa — provoquei, batendo na sua traseira.— Olha que posso descontar isso no treinamento a cavalo — ameaçou.— Que golpe baixo — reclamei, batendo novamente nele e rindo.— Com certeza será um golpe, regazza — res
Mesmo já prevendo que era aquilo que ele estava preste a fazer, o beijo me deixou desprevenida. Beija-lo ainda era algo que me deixava surpresa, como se fosse sempre o primeiro beijo.Retribui o beijo na mesma hora que nossos lábios se tocaram, meu nervosismo sobre meus poderes sumiu ali, dando lugar ao sentimento que já começara a ficar familiar. As borboletas no estomago, a calmaria e a ansiedade ao mesmo tempo, o gosto agridoce da sua boca misturada com a minha e o mundo girando lentamente em nossa volta, tudo isso já estava se tornando algo costumeiro.Durante o beijo senti meus dedos ficarem mais quentes, meus braços ainda estavam parados ao lado do meu corpo, não conseguia mover nenhuma parte do meu corpo que não fosse meus lábios. Porém quando abri lentamente meus olhos enquanto nos beijávamos, vi que dos meus dedos saiam faíscas de fogo caindo na areia. Fechei minhas mãos
Depois que cheguei em casa, me tranquei dentro do quarto e liguei para Pietro.— Atende, atende, atende — murmurei para o telefone tocando, andando de um lado para outro no quarto.— Alô?! — disse Pietro animado, com barulho ao fundo. Com certeza já tinham achado um bar.— Pietro? Está me ouvindo? É a Mikaella — gritei no telefone nervosa.— Ah Mikaella, belíssima Mikaella. O que houve? — perguntou divertidamente.— Thryee. Ele está aqui — respondi. Pietro ficou mudo de repente, ouvia apenas o barulho do bar.— Pietro, você me ouviu?— Sim. Aonde você está, Mikaella? — perguntou agora com uma voz séria e o barulho do fundo sumiu, devia ter saído do bar.— Estou em casa.— Aonde você o encontrou?— Estava com Gabe na praia e vimos uma estrela
— Você não tem um luer? — perguntei, sentada na cama olhando para ele sentado no parapeito da janela.— Tenho, mas ele não caberia aqui e com certeza se ficasse lá fora ele chamaria atenção — respondeu, olhando para a rua.A lua estava cheia e brilhava como nunca, isso iluminava parcialmente o rosto dele, daria uma ótima fotografia aquele tipo de luz e a pose.— Qual é o seu luer? — falei, me levantando sorrateiramente da cama.— Ele é parecido com um leopardo de vocês, só que maior — respondeu de forma distraída.Comecei a procurar a minha câmera, não podia perder aquele momento para tirar uma foto. Ele estava perfeito.— E qual é o nome dele?— Matador.Parei de andar quando ouvi sua resposta, vendo a câmera dentro de uma bolsa antiga minha de academia.