— Quem é você e o que você fez com a minha Nat? — perguntei sussurrando em seu ouvido.
Porém ela ignorou minha pergunta e voltou ao normal.
Depois da Athelas comprar os colares, fomos todos para os carrinhos de bate-bate, mesmo que nenhum dos três nunca haviam brincado naquilo eles se saíram muito bem. Pierre era o menos habilidoso, eu havia batido nele mais nele do que em qualquer outro, uma pequena vingança dos seus treinos extremos.
—Esse veículo está com defeito — queixou-se Pierre sem conseguir mover o carrinho.
— Você que é ruim mesmo Pier, finalmente em alguma coisa — provoquei, batendo na sua traseira.
— Olha que posso descontar isso no treinamento a cavalo — ameaçou.
— Que golpe baixo — reclamei, batendo novamente nele e rindo.
— Com certeza será um golpe, regazza — res
Mesmo já prevendo que era aquilo que ele estava preste a fazer, o beijo me deixou desprevenida. Beija-lo ainda era algo que me deixava surpresa, como se fosse sempre o primeiro beijo.Retribui o beijo na mesma hora que nossos lábios se tocaram, meu nervosismo sobre meus poderes sumiu ali, dando lugar ao sentimento que já começara a ficar familiar. As borboletas no estomago, a calmaria e a ansiedade ao mesmo tempo, o gosto agridoce da sua boca misturada com a minha e o mundo girando lentamente em nossa volta, tudo isso já estava se tornando algo costumeiro.Durante o beijo senti meus dedos ficarem mais quentes, meus braços ainda estavam parados ao lado do meu corpo, não conseguia mover nenhuma parte do meu corpo que não fosse meus lábios. Porém quando abri lentamente meus olhos enquanto nos beijávamos, vi que dos meus dedos saiam faíscas de fogo caindo na areia. Fechei minhas mãos
Depois que cheguei em casa, me tranquei dentro do quarto e liguei para Pietro.— Atende, atende, atende — murmurei para o telefone tocando, andando de um lado para outro no quarto.— Alô?! — disse Pietro animado, com barulho ao fundo. Com certeza já tinham achado um bar.— Pietro? Está me ouvindo? É a Mikaella — gritei no telefone nervosa.— Ah Mikaella, belíssima Mikaella. O que houve? — perguntou divertidamente.— Thryee. Ele está aqui — respondi. Pietro ficou mudo de repente, ouvia apenas o barulho do bar.— Pietro, você me ouviu?— Sim. Aonde você está, Mikaella? — perguntou agora com uma voz séria e o barulho do fundo sumiu, devia ter saído do bar.— Estou em casa.— Aonde você o encontrou?— Estava com Gabe na praia e vimos uma estrela
— Você não tem um luer? — perguntei, sentada na cama olhando para ele sentado no parapeito da janela.— Tenho, mas ele não caberia aqui e com certeza se ficasse lá fora ele chamaria atenção — respondeu, olhando para a rua.A lua estava cheia e brilhava como nunca, isso iluminava parcialmente o rosto dele, daria uma ótima fotografia aquele tipo de luz e a pose.— Qual é o seu luer? — falei, me levantando sorrateiramente da cama.— Ele é parecido com um leopardo de vocês, só que maior — respondeu de forma distraída.Comecei a procurar a minha câmera, não podia perder aquele momento para tirar uma foto. Ele estava perfeito.— E qual é o nome dele?— Matador.Parei de andar quando ouvi sua resposta, vendo a câmera dentro de uma bolsa antiga minha de academia.
Concordei com a cabeça, ele tinha razão. Não devia ter esse medo, porem eu tinha e era frustrante.Depois da nossa conversa, fui dormir. Pierre ficou de vigia na cadeira e Skyla tomou seu habitual lugar aos pés da cama e deitou-se. Não peguei no sono imediatamente, fiquei olhando para o teto escuro, pensando no que faria quando encontrasse Gabe outra vez ou Troy. Querendo saber com quem eu ficaria no final das contas, talvez eu devesse realmente seguir o conselho do Pierre, não viver no passado. Porém eu ainda tinha fé de conseguir ficar com Troy de novo, se ele havia voltado dos mortos, quem não garantia que não podia voltar cem por cento? Ninguém. Eu tinha esse fato ao meu favor, tinha a esperança de conseguir retomar nossas vidas da onde parou.Só que já se passaram dois anos, minha vida não parou por completo, prova disso era que Gabe entrou nela, me fazen
— Meu Deus, são incríveis! — elogiei, boquiaberta. — Mas Nat, como você, quero dizer...— Ah, fala sério. Você achou mesmo que eu não iria recompensa-la pela ideia, né? — respondeu rindo. — Você é a minha melhor amiga, você merece.Eu não sabia o que dizer, então simplesmente a puxei para um abraço, apertando nossos corpos bem juntos, usando toda a minha força para manter ela ali comigo, eu amava aquela garota fascinada pela moda, sempre iria amar.— Obrigada — murmurei perto do seu ouvido. — São lindos.Ela me abraçou forte também, acariciando meus cabelos e eu sabia que ela estava sorrindo, mesmo que não pudesse ver.— Não foi nada demais. Deixe-me mostrar o seu — pediu, desfazendo o abraço. — Esse aqui dos anos vinte é o seu, sei como
— Você não está já grandinha demais para usar essa chantagem, não?— Não quando estou com fome — falei rindo. — Você sabe que eu como de tudo. Agora me dá um pedaço vai.Meu pai enquanto me servia um pedaço da torta, quase enfiei tudo na boca de uma vez de tão gostosa que estava. Com certeza ele iria ganhar aquele concurso.— Mmmm, meu Deus que delícia — declarei com a boca cheia, mastigando. — Com certeza o senhor ganha papai, está perfeita.— Obrigado, querida — agradeceu abrindo um sorriso.Estava terminando de apreciar a torta quando meu celular tocou.— Pois não? — atendi, me afastando concurso.— Achei que tínhamos um acordo — falou Pierre zangado.Foi quando lembrei, não tinha ido para o treino a cavalo naquela manhã. Ele ia me m
Depois de deixar Pierre em casa, fui direto para minha. Já estava começando a ficar atrasada para me arrumar. Fazer meu cabelo seria a parte mais difícil e mais demorada, deixa-lo com aspecto da década dos vinte seria muito trabalhoso, precisava começar logo.Mesmo pensando nas coisas que teria que fazer para me arrumar, a minha conversa com Pierre sobre Gabe e Troy não saia da minha cabeça. Troy não havia aparecido desde que Thryee chegou, queria pensar que era apenas uma coincidência, mas essa sensação não saia do meu corpo.Também estava ansiosa para ver o Gabriel, estávamos ficando mais sérios, mesmo que nada tinha sido declarado por mim. Ainda estava confusa e com medo de tudo e ter Thryee aqui só tinha piorado minha falta de coragem sobre Gabriel. Porém sentia que essa festa iria ser algo bom, iria poder interpretar uma garota de outro sécu
(O capítulo acima foi colocado 15 part 6, porém foi erro de digitação, desculpem. O correto seria cap 14 part 6, obrigada a compreensão.)Não estávamos dançados valsa, apenas dando passos lentos entre os outros casais, dando voltas pelo salão.Ele era bem mais alto do que eu, tive que levantar minha cabeça para olha-lo. Havia algo nele que me deixava apreensiva, desconfiada, porém também muito curiosa. Estava usando um chapéu marrom que não me permitia ver como era o seu cabelo, a máscara também não revelava muito, apenas os olhos que pareciam ser verdes, porém não tinha certeza.— O que você faz em uma festa sobre moda? — perguntei, quebrando o gelo.— Sou novo na cidade. Fique sabendo da festa e não podia perder — respondeu baixo, quase perto do meu rosto