Victor saiu furioso da sala do comandante, sempre quando ele ficava assim, somente uma rapidinha resolveria o problema ou uma boa cerveja ou a voz amorosa de sua falecida esposa, mas como estava trabalhando e Lisy tinha morrido, resolveu procurar a primeira opção, antes que houvesse uma chamada. Para a sua sorte Kelvin pegaria a próxima ocorrência, o deixando livre, então sem hesitar atravessou a rua e entrou numa lanchonete, onde avistou de primeira a garçonete gostosa que sempre dava em cima dele, no entanto ele nunca lhe deu uma chance se quer. Como se encontrava tenso e precisava ficar calmo de qualquer maneira, ele resolveu dar uma oportunidade a moça, mesmo que ela não fosse o seu tipo de mulher,
Quando entrou no estabelecimento, o moreno sentou-se á mesa que sempre costumava acomodar-se, e de imediato uma loira com uma roupa um tanto provocante para o horário de trabalho, se aproximou dele com um caderninho em mãos e um sorriso travesso nos lábios.
Mary era obcecada por Victor, pois sempre que podia fazia questão de atendê-lo, tinha uma paixão secreta por ele, o desejava bastante, pena que aquele bombeiro charmoso nunca tinha lhe dado a atenção que ela queria.
— Tenente Sambers, bom dia! O que gostaria de comer? – pediu a garçonete jogando charme.
— Bom dia, Mary! Digamos que primeiro quero um hambúrguer de bacon no capricho e de sobremesa quero comer a sua torta especial, se é que você me entende – respondeu Victor num sussurro piscando o olho, fazendo a garçonete ficar corada com aquela resposta, além de extremamente excitada, já imaginando os dois juntos.
Mary estava felicíssima com aquela proposta, no entanto de repente algo a fez voltar a realidade, então um pouco hesitante, resolveu confirmar suas suspeitas, se aproximando mais do bombeiro, que sorriu de canto.
— Você quer se divertir junto comigo? – pediu esperançosa.
— Quero. Logo depois de eu terminar o meu lanche, vou te aguardar apenas quinze minutos em frente ao Motel Rosesy, que fica a duas quadras daqui. Se caso você não aparecer lá vou entender que você não está tão a fim de mim e vou respeitar – replicou sério.
— Com certeza estarei lá, meu bem! Vou m****r fazer o seu hambúrguer o mais rápido possível, pois quero que você aprecie a minha sobremesa sem demora – declarou Mary com um olhar malicioso, antes de lamber os lábios e caminhar até a cozinha da lanchonete.
Após ficar sozinho, Victor suspirou cansado, pois odiava sair no horário de serviço para caçar um rabo de saia, aquele não era o seu feitio, porém atualmente era uma das coisas que o acalmavam, nem que fosse por algumas horas.
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Enquanto isso, Candy estacionava o carro no estacionamento de seu renomado salão de beleza, que ficava num pequeno prédio de dois andares, num bairro nobre da cidade. Ao adentrar no estabelecimento, a morena já encontrou suas três funcionárias no canto esquerdo lavando o cabelo das clientes. Ao mesmo tempo em que Patrick e Mark conversavam e tomavam um café bem forte, provavelmente aguardavam as clientes chegarem.
Candy como de praxe cumprimentou todos que estavam naquela sala, antes de subir a escada que levava ao seu escritório, ao ingressar nele, deixou a bolsa num dos sofás e olhou pela janela de vidro, que dava para a sala onde aconteciam os atendimentos, suspirou e sentou-se na cadeira. Já faziam longos dez anos que ela tinha aberto aquele salão de beleza, não tinha sido fácil, mas depois pegou o jeito, ela ainda se lembrava quando atendia a clientela, cortava cabelo, fazia maquiagem e penteados, foi uma época muito feliz. Atualmente, Candy só ajudava no salão de beleza se o pessoal dela não conseguisse atender algum cliente especial ou se algum funcionário ficasse doente, se não acontecesse nada disso, ela ficava somente na administração.
De repente os devaneios de Candy foram cortados pelo barulho do detector de fumaça, que indicava que estava tendo um incêndio ali, primeiro ela achou estranho, até que se aproximou da onde ficava a cozinha, então sentiu um cheiro de gás e um odor de queimado, que ficavam cada vez mais fortes, além da densa fumaça. Subitamente uma explosão foi ouvida e com isso o pequeno prédio tremeu e chamas começaram a tomar conta do local. Patrick e Mark decidiram chamar os bombeiros, pois o problema estava muito sério. Todos saíram do estabelecimento, menos a dona, o que preocupou os funcionários, que ficaram aflitos, pois tinham escombros e estilhaços de vidros pelo chão e muita fumaça. Só rezavam que os bombeiros chegassem a tempo para salvar Candy.
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Nesse mesmo instante, no batalhão, Kelvin olhava com o semblante sério as mensagens no seu celular, e sacudia a cabeça não acreditando que Melisa ainda estava correndo atrás dele, após o doloroso termino de noivado que eles tiverem a meses atrás. Kelvin ainda se lembrava do dia que a pegou no flagrante com um colega de trabalho dela, aos beijos dentro de um carro no estacionamento do supermercado. O moreno nunca tinha se decepcionado tanto com uma pessoa, ele a amava loucamente e ela jogou seu amor na lata de lixo e depois que o perdeu ficou o perseguindo, tentando voltar.
De repente, Kelvin foi trazido à realidade, quando a sirene tocou no batalhão, de imediato se levantou e guardou o celular dentro de sua pasta que estava em cima da mesa e saiu da saleta que era disponibilizada para os tenentes e seguiu rapidamente para a garagem onde estavam os caminhões. Ao chegar lá, ele constatou que o pessoal já tinha começado a se vestir com a roupa de resgate, sem demora ele fez o mesmo. Enquanto a voz que vinha direto da central avisava pela segunda vez o que tinha acontecido e o local do atendimento daquela chamada.
Vazamento de gás seguido de explosão, no bairro Union Golden, prédio comercial Diamonty, onde se localiza o salão de beleza Glamour Hair. Na rua Columbia Three, esquina com a avenida Lemony Fair, número 309. Chamada para o Caminhão 23 e ambulância 74.
— Peter, você verificou as mangueiras e os outros materiais? – perguntou Kelvin sério e atencioso.
— Sim, tenente, alguns minutos antes da chamada.
— Taylor, você vai dirigir o caminhão de novo hoje! – ordenou o moreno ao terminar de se vestir.
— Pode deixar! – murmurou o homem calvo entrando no caminhão e o ligando.
Mais do que ligeiro Kelvin, Kane, Peter, Will e Kamari ingressaram no veículo, que partiu ligeiramente em direção a ocorrência. Eles ligaram a sirene e foram o mais rápido que podiam, pois ficaram sabendo pelo rádio do caminhão que havia uma pessoa presa dentro do prédio.
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Enquanto isso, o tenente Sambers voltava de sua rapidinha, seu semblante estava bem mais sereno, então adentrou no prédio do batalhão e caminhou direto para o vestiário e depois foi para ducha, onde tomou um banho gelado e trocou de roupa.
Já mais calmo Victor foi até a sua sala revisar alguns relatórios, e terminar de escrever o que ainda se encontrava pendente, que era do salvamento que sua equipe tinha feito no dia anterior, que ainda não tinha sido entregue para o comandante. Suspirou e resolveu se concentrar no trabalho, se esquecendo dos problemas que estavam lhe incomodando.
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Nesse exato momento, o caminhão 23 e a ambulância 74 pararam bem em enfrente ao estabelecimento comercial. Kelvin, Peter e Kane desceram correndo do caminhão, conversaram com dois funcionários do salão e então foram rapidamente até o prédio e entraram nele, usando suas máscaras e roupas especiais, que eram utilizadas em lugares tomados pelas chamas e pela fumaça e começaram a procurar Candy. Para a sorte deles o prédio não era tão grande, tinha somente dois andares, podendo ser considerado uma casa. No entanto, o que preocupava o pequeno grupo de resgate naquele momento era o excesso de fumaça e o fogo que tomavam conta de uma parte do estabelecimento.
— Vamos nos dividir, eu vou subir, Peter vai para esquerda e você Kane vê se consegue chegar aos fundos do salão. Nós nos encontramos daqui cinco minutos aqui, não podemos arriscar ficar muito tempo, o local já está começando a ficar tomado pelas chamas e a desmoronar – falou Kelvin sério.
— Como quiser tenente! – anuiu Peter, antes de se afastar e entrar num extenso corredor a sua esquerda.
- Certo! – murmurou o rapaz baixinho, enquanto caminhava até os fundos do estabelecimento.
Após os cadetes desaparecerem de sua vista, Kelvin subiu de maneira cuidadosa a escadaria que levava ao segundo pavimento, onde ficavam: o escritório, a cozinha e a sala de massagem. O moreno primeiro verificou o escritório, mas nada encontrou, o mesmo aconteceu com a sala de massagem, porém ao se aproximar da cozinha, que ficava no final de um corredor estreito, pode avistar no chão uma mulher desmaiada e rapidamente se aproximou dela, havia alguns escombros pelo caminho, fumaça, e estava muito quente, abaixou-se ao lado dela, verificou a pulsação e sentiu que estava fraca, também tinha um pequeno corte na cabeça dela. De repente o fogo começou a aumentar, sem alternativa de pedir aos paramédicos que viessem buscá-la, Kelvin pegou a morena no colo e correu em rumo a escada e a desceu rapidamente.
- Kane e Peter, eu já encontrei a proprietária do estabelecimento, estou com ela, estamos saindo do prédio. As buscas acabaram, podemos ir – declarou o moreno, ouvindo a seguir na escuta, um afirmativo de ambos os cadetes.
Quando Kelvin já estava fora do prédio, correu até onde os paramédicos do batalhão estavam e depositou a garota na maca para ser atendida.
Enquanto Lorenzo limpava o rosto de Candy, Lorena verificava os sinais vitais da morena, para depois lhe entubar, pois ela já se encontrava com dificuldades para respirar.
Kelvin observou os paramédicos por um breve momento, não conseguia parar de encarar a moça que ele salvou, não deixou de reparar em como o rosto dela era muito bonito e delicado, não conseguia tirar os olhos dela, algo nela o atraia. Até que de repente, ele voltou a realidade, suspirou e caminhou até o caminhão e mandou Will, Kamari e Peter apagarem o incêndio com as mangueiras, que começaram a m****r água para os focos principais do incêndio. Depois de meia hora o fogo já estava controlado e Candy já tinha dado entrada no hospital Saint Peter Hospital, onde ela ficaria dois dias internada.
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Algumas horas se passaram e o horário do almoço já tinha terminado, foi nesse período que Briana estacionou o carro em frente ao corpo de bombeiros do distrito 19 e desceu vagarosamente do veículo. A morena estava vestindo uma calça de abrigo preta e uma blusinha cinza clara e para combinar calçava um tênis preto. O cabelo encontrava-se preso num rabo de cavalo e a maquiagem era discreta. Seria o seu primeiro dia de trabalho naquele lugar, esperava que tudo desse certo, estava ansiosa para conhecer seu tenente e equipe. Ao se aproximar da área onde ficavam os caminhões, ela encontrou seu primo e mais alguns homens jogando cartas, Kelvin quando a viu veio lhe abraçar e depois a puxou pela mão.
— Gente, essa é minha prima Briana Silverlook! Ela veio trabalhar conosco aqui no batalhão – contou o moreno.
— Olá! Briana! Seja muito bem-vinda! – falaram Bronson, Kane, Taylor e Peter ao mesmo tempo.
— Olá, meninos! Obrigado! – sorriu a morena, já se sentindo em casa.
— Vai trabalhar no escritório com o comandante? – perguntou Kane curioso.
— Não gente, a Briana é a cadete que veio transferida do batalhão lá de São Francisco, vai substituir Paul no caminhão de Victor – revelou Kelvin sério, notando a face de seus colegas mudarem de alegres para espantados.
— Então era por isso que o Victor estava meio furioso hoje de manhã? – murmurou Taylor para Bronson, que sacudiu a cabeça de forma afirmativa.
— Moça, se prepare que o Victor não é nada bonzinho! Além de ser muito exigente – aconselhou Kane preocupado.
— Eu também não sou um poço de gentileza, rapazinho! Qual é o seu nome mesmo? – Inquiriu Briana séria, notando que o clima não estava dos melhores lá.
— Nossa... pelo jeito você é bem espirituosa. Meu nome é Kane, prazer! Esse aqui do meu lado é o Taylor, e ao lado dele o Bronson, e na minha frente o Peter.
— Prazer, rapazes! Gostaria de poder ficar mais, mas preciso falar com o comandante e depois com a fera, quer dizer tenente – sussurrou a garota, arrancando risada de seus colegas.
— Venha, Briana! Vou te levar lá, antes que o Victor apareça por aqui – falou Kelvin levando a prima para dentro do batalhão.
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Nesse mesmo instante, Victor estava na cozinha bebendo um café, quando de repente viu Kelvin passar com uma mulher com cabelos castanhos, até estranhou pensando que fosse a ex-noiva do colega, mas depois notou que aquela garota era mais bonita que a tal de Melisa. Quem seria ela? Uma nova conquista de Kelvin ou alguma visitante? Ficou se questionando, até que ao caminhar até o corredor, viu de longe a estranha e atraente mulher adentrar na sala do comandante e o abraçar sorridente. Aquilo estava estranho, mas pelo que viu, era uma visitante, suspirou e olhou no relógio e notou que o horário que a cadete tinha para se apresentar estava se esgotando, sorriu de canto ao imaginar que ela não viria ou chegaria atrasada, mostrando assim sua incompetência. No entanto, ele não estava pronto para o que aconteceria logo a seguir, ao passar por ele, Kelvin parou e o encarou, antes de soltar uma notícia bombástica.
— O comandante está te chamando, a cadete acabou de chegar e para o seu conhecimento ela é minha prima e é bom tratá-la com respeito, senão vai se ver comigo – murmurou Kelvin sério antes de continuar caminhando e deixar para trás um desconcertado tenente, que não esperava por aquilo.
Victor tentava assimilar o que foi lhe dito e depois de poucos minutos, ele ficou possesso, pois não acreditava que Robert tinha colocado sua sobrinha para trabalhar no caminhão dele. Quando se acalmou, o moreno caminhou até a sala do comandante, onde bateu na porta e ingressou na sala.
— Tenente Sambers, eu gostaria de lhe apresentar a sua nova cadete! Ela se chama Briana Silverlook – anunciou Robert de forma gentil.
— E é sua sobrinha! Já vou adiantando que não vou pegar leve com você garota, só porque é sobrinha do comandante, não terá regalias. Você será tratada igual aos outros cadetes, senhorita Silverlook! – vociferou o moreno de maneira arrogante, deixando a morena enfurecida.
— Sim, ela é minha sobrinha, e não peço tratamento especial a ela! Briana está aqui por recomendações do comissário, como disse antes e repito, ela já tem três anos de experiência, não é nenhuma iniciante!
— Farei da melhor forma possível o meu trabalho, tenente Sambers! Não quero que facilite para mim, peço que me trate como trata os seus cadetes.
Victor gostou do jeito arrogante e furioso que a garota o respondeu, mas sem perder a compostura, deu um sorriso de canto, aquela interação entre eles seria interessante de alguma forma. Mostraria para ela, que não era fácil ser um de seus cadetes. Faria Briana aos poucos se arrepender de ter vindo para aquele batalhão, ela era até atraente, mas não se deixaria levar por isso, não pegaria leve com ela. Robert observou seu tenente ficar pensativo com as palavras de Briana, aquilo era de certo modo atípico para ele, como não queria dar espaço para mais confusão, o comandante resolveu dar algo para eles focarem sua atenção e interromper aquele clima pesado. — Tenente Sambers, leve Briana para conhecer a equipe que faz parte do seu caminhão e lhe oriente sobre como funciona o batalhão aqui – Robert ordenou sério. — Sim, comandante! Venha comigo Briana – gesticulou o moreno, antes de abrir a porta para sua nova cadete e ele passarem. Já fora da sala de Rob
De repente num ato impulsivo gerado pelo desespero, Briana abriu o circuito do dispositivo que trancava a porta, pegou alguns fios e depois tirou a bateria de seu comunicador e fez dar um curto circuito na tranca, fazendo em segundos a porta abrir. Tanto Victor como Bronson ficaram boquiabertos com o que a garota tinha acabado de fazer. — Uoou, você tem que me ensinar a fazer isso – declarou Bronson antes de adentrar no depósito e sair com a vítima tossindo muito em seu colo. — Vamos, vamos! O Kelvin acabou de me dizer pelo comunicador que acharam o restante das vítimas – gesticulou Victor caminhando depressa com sua equipe para fora do prédio. **&** Alguns minutos se passaram e a construção já se encontrava totalmente tomada pelas chamas, os bombeiros tentavam apagar o fogo com jatos e jatos de água. Um pouco longe dali, Victor, Briana, Bronson, Kelvin e Will conversavam. — Nossa priminha, você é um gênio, devia ter ficado na engenharia r
Enquanto isso, no banheiro coletivo do batalhão, Briana encontrava-se bem a vontade tomando banho, não se importando de dividir o espaço com seus colegas, pois os boxes de banho eram individuais e possuíam uma porta sanfonada de pvc que garantia a privacidade. A morena tava curtindo aquela água morninha relaxante, perdida em seus pensamentos, pois não conseguia tirar da cabeça o espanto de seu tenente quando ela abriu a porta usando a sua genialidade e criatividade para salvar aquela vítima. De repente, sem mais e nem menos, ela se pegou imaginando o corpo de Victor por debaixo daquela roupa toda de bombeiro, ele deveria ser musculoso igual ao seu primo, suspirou sonhadora. Só de pensar que ele devia ter uma pegada maravilhosa e de como supostamente se comportaria entre quatro paredes, a fez ficar excitada e cheia de tesão ao imaginar ele nu e totalmente dominador na cama. No entanto, aquelas suposições foram interrompidas, quando a moça de madeixas castanhas foi trazida novamente a
Robert estava tão concentrado escrevendo o relatório da última chamada que custou a ouvir as batidas na porta, quando o fez, suspirou ao reconhecer sua sobrinha e gesticulou para ela entrar. Briana mais do que ligeiro adentrou no escritório do tio com o telefone em mãos. — A Thea tem algo urgente para falar para o senhor. – avisou a morena com o semblante sério, fazendo o homem ficar receoso. — Me passe logo esse celular – murmurou exasperado pegando o aparelho da mão de Briana. — Calma, tio! – implorou a jovem espantada com o nervosismo dele. — Vamos garota, fale logo! Eu agüento a notícia, o que houve? – questionou a sobrinha do outro lado da linha sem rodeios. — Olá, para você também, tio! Bem, a notícia que tenho não é das melhores, mas vamos lá, o Richard está preso na sede do FBI em Lucky e precisamos que você venha até aqui – revelou a loira de supetão. — NÃO PODE SER! – Robert gritou incrédulo, pois custou acreditar no
Robert não demorou a chegar ao prédio onde ficavam as instalações do FBI, afoito logo subiu a escadaria lateral que levava ao segundo pavimento, ao fazer isso chegou rapidamente na recepção do FBI, onde avistou Thomas e Thea que caminharam até ele. — Que droga está acontecendo aqui? O que Richard fez? O que vai acontecer com aquele irresponsável? – perguntou furioso. — Se acalme papai. Siga-nos, pois precisamos conversar contigo – respondeu o promotor caminhando até uma saleta, onde eles ingressaram e se sentaram. — Chega de suspense. Falem logo! — Bem, tio Robert, o Richard está sendo indiciado por tráfico de escravas sexuais, porém o FBI não tem muitas provas para incriminá-lo como chefe da quadrilha. No entanto o que eles possuem contra ele, pode o indiciar como cúmplice de Zarius, e isso é muito ruim – explicou Thea de forma resumida. — Aquele desgraçado do Zarius, bem que eu sabia que ele não prestava! Aposto que o tapado do meu filho nem
Enquanto isso, no batalhão de bombeiros, Kelvin encontrava-se no alojamento tentando dormir um pouco, porém não conseguia, pois não parava de pensar em seu irmão, pois a situação dele era muito complicada. De repente, o toque do celular o fez olhar a tela e reconhecer o número, exasperado o atendeu e foi até o seu pequeno escritório. — Oi, Thomas! O que houve? Estão todos bem? — Olá, irmão! Estão sim, mas dentro do possível. O Richard teve que voltar a morar com a gente e a mamãe está surtando com tudo o que aconteceu. Acredita que falaram para ela antes de mim? Nem tive a oportunidade para preparar o terreno – reclamou o promotor indignado. — Que chato isso, a mamãe deve ter ficado louca da vida com toda essa situação. — Você não imagina o quanto, até pro papai sobrou uma super bronca lá na sede do FBI mesmo e em casa nem se fala... — Quero os detalhes depois! E Richard, como está? – pediu preocupado. — Ele está bem, mas dentro do pos
Briana acordou sobressaltada ao ouvir um barulho alto, de coisas quebrando ali próximo, então um pouco sonolenta se levantou da cama, vestiu uma camiseta que encontrou numa cadeira e rumou até onde ouviu os barulhos. Chegando à sala, a morena se assustou ao ver o primo e Victor no chão brigando. Então ela tentou separá-los, mas em vão, eles eram muito fortes e não estavam dando atenção a sua tentativa de acabar com a briga. — PAREM! Que coisa mais feia – vociferou Briana suspirando para logo em seguida ir até a lavanderia e encher um balde de água e voltar para a sala, onde jogou água nos briguentos, que se separaram praguejando. — Que droga, Briana! – reclamou Kelvin todo ensopado se afastando do outro moreno. — Mulherzinha maluca – praguejou Victor olhando o estado de sua roupa e de sua sala, que estava toda molhada. — Eu juro que tentei separar os dois de outra maneira, mas vocês não ouviram. Água foi à solução que achei, já que o clima estava muit
Briana ficou extremamente apreensiva com a atitude de seu tio, no entanto o que a deixou amedrontada foi o olhar duro que ele lhe dirigiu. Sem alternativas decidiu segui-lo, pois não queria enfurecê-lo ainda mais. O trajeto até o escritório foi em silêncio, Briana conhecia o temperamento explosivo de Robert, no entanto nunca tinha sido alvo dele, conhecer aquele lado de seu tio lhe deixava muito apreensiva. Não demoraram a chegar ao escritório, que tinha uma decoração sóbria e intimidadora, aquele local era muito usado por Robert quando não estava trabalhando no batalhão. No momento em que a porta foi fechada e ambos se acomodaram em suas cadeiras, o silêncio foi quebrado, pois a voz grave do comandante preencheu o ambiente. — Sei que você é uma mulher independente, acostumada a viver sua vida sem dar satisfações a ninguém, respeito isso, no entanto você perdeu essa liberdade desde que concordou vir morar aqui! Sei do que houve contigo em São Francisc