Victor gostou do jeito arrogante e furioso que a garota o respondeu, mas sem perder a compostura, deu um sorriso de canto, aquela interação entre eles seria interessante de alguma forma. Mostraria para ela, que não era fácil ser um de seus cadetes. Faria Briana aos poucos se arrepender de ter vindo para aquele batalhão, ela era até atraente, mas não se deixaria levar por isso, não pegaria leve com ela.
Robert observou seu tenente ficar pensativo com as palavras de Briana, aquilo era de certo modo atípico para ele, como não queria dar espaço para mais confusão, o comandante resolveu dar algo para eles focarem sua atenção e interromper aquele clima pesado.
— Tenente Sambers, leve Briana para conhecer a equipe que faz parte do seu caminhão e lhe oriente sobre como funciona o batalhão aqui – Robert ordenou sério.
— Sim, comandante! Venha comigo Briana – gesticulou o moreno, antes de abrir a porta para sua nova cadete e ele passarem.
Já fora da sala de Robert, a morena seguiu Victor, e enquanto caminhava próxima a ele, foi observando como seu novo tenente se portava, ele lhe pareceu atencioso e detalhista ao mostrá-la o vestiário.
— Então, você vai ficar com esse armário aqui, ele era do Paul – gesticulou o moreno sério.
— Certo, logo trarei minhas coisas para colocar aí! E a ducha fica onde?
— Naquela porta a esquerda ficam as duchas! Quando você for usar avise para que ninguém tome banho no mesmo horário que você, mas isso é ao seu critério. Lorena não se importa de tomar banho ao mesmo tempo que outro membro do pelotão, já que as duchas são separadas umas das outras, porém isso você que decide, cada pessoa tem sua preferência – explicou Victor encarando Briana, que ficou pensativa com aquela informação.
— Bem, no nosso batalhão existiam duchas separadas para mulheres, mas para mim não tem problema usar junto com os homens, sou de boa!
— Bom saber, que você não se importa – sussurrou mais pra ele do que para a morena — Venha quero te mostrar a cozinha, lá nós revezamos para ver quem cozinha cada dia. Já vou avisando que a comida do Nicolas é horrível – falou Victor fazendo cara de nojo, enquanto caminhava com Briana para fora do vestiário.
Não demorou pra eles chegarem à cozinha, que estava extremamente limpa e vazia, Briana notou que tudo era muito organizado, pelo menos eles gostavam de arrumar tudo nos seus devidos lugares, muito contrário do batalhão em que ela trabalhou anteriormente.
— Quarta-feira da semana que vem você vai cozinhar junto com o Kane, vou anotar aqui no livro dos cozinheiros da semana – declarou Victor ao mesmo tempo que anotava o nome de Briana.
— Meu primo cozinha? – pediu espantada olhando o nome de Kelvin na lista.
— Digamos que ele até que é razoável, mas o que interessa pra mim na realidade é saber se você faz uma comida que presta ou não! Eu sou exigente com meus cadetes! Não quero ter uma pessoa inútil como o Nicolas na cozinha fazendo o almoço, odiaria ter que ir comer fora, com pouco tempo de folga. Então me surpreenda na cozinha novata, que pegarei leve contigo pelo menos naquele dia que você vai cozinhar – revelou o moreno sério.
— E você por acaso é um excelente cozinheiro, tenente? – retrucou Briana indignada com as palavras dele, pois o achou muito arrogante.
— Digamos que eu costumo receber elogios até do comandante – gabou-se Victor caminhando para fora da cozinha, sendo seguido por Briana que tinha ficado espantada com aquela informação, pois sabia que o tio dela era um cara exigente quando se tratava de comida.
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Quando Briana e Victor chegaram à sala de espera onde os cadetes estavam sentados vendo televisão, estes de imediato desligaram o televisor e encaram Victor, que gostava de ver que seus subordinados respeitavam a sua presença
— Homens, essa é a nova cadete, ela vai substituir o Paul – expos o tenente, ganhando olhares chocados de seus cadetes, que não esperavam por aquilo.
— Eu não disse! Vocês não acreditaram em mim! – murmurou Bronson para Jack, que comia a jovem com os olhos.
— Sou Briana Silverlook e vocês? – perguntou a morena encarando os colegas, que a olhavam de forma curiosa, menos um que a despia com os olhos.
— Eu sou Jack Lamoury gatinha, ao seu dispor, vou adorar te ajudar em tudo, principalmente relaxar de uma forma gostosa depois do horário de trabalho – piscou o loiro, ganhando um olhar mortal de Victor, que tinha ficado irado.
— Eu sou o Nicolas! Seja bem vinda – o homem calvo murmurou.
— Nós já nos conhecemos antes, mas lembrando, me chamo Bronson Riverbacky e não ligue para o tarado do Jack, ele sempre age assim na frente de mulheres bonitas – revelou o rapaz sorrindo.
— Tudo bem! Eu sei que sou linda e gostosa, Jack! Prometo que vou pensar com carinho nesse seu sonho de consumo, mas no momento não estou disponível para uma voltinha ou duas em qualquer lugar que seja, principalmente na sua cama, por mais que seja tentadora essa proposta – retrucou debochada a garota.
— Gostei de você, Briana! – sussurrou Nicolas achando graça da resposta que seu companheiro recebeu.
— Viu cara! É amor a primeira vista. – falou Jack para Bronson.
— Vai sonhando cara, o Kelvin e o Robert te esganam, são parentes dela. E tome jeito senão te suspendo e ainda conto o motivo pra eles – esbravejou Victor incomodado com aquilo, fazendo Jack engolir em seco.
— Se deu mal tarado de plantão, hahahahahaha! – gargalhou o homem calvo.
— Cadete Silverlook, agora eu quero que você vá até a garagem, e verifique todos os equipamentos do caminhão, se está tudo em ordem! Nosso caminhão é o 37 e aproveite para mudar de roupa, pois a qualquer momento podemos receber uma chamada de urgência. A propósito o armário das roupas que usamos fica a esquerda da porta de entrada para cá, fácil de achar – ordenou autoritário Victor.
— Sim, tenente, eu estou indo – murmurou Briana antes de caminhar até a garagem onde estavam os caminhões.
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A moça de madeixas castanhas demorou menos de meia hora para verificar se os equipamentos que estavam no caminhão se encontravam em perfeito estado e prontos para uso, porém notou que o oxigênio de um dos kits estava quase vazio, então o substituiu por um cheio, já que estava acostumada a fazer esse tipo de vistoria em seu antigo batalhão.
De forma intuitiva ela achou o armário onde ficavam as roupas usadas pelos cadetes, e um sorriso se formou em sua face ao ver o seu nome em um, com certeza seu tio Robert tinha mandado providenciar um para ela, sabendo de sua vinda para o corpo de bombeiros. Então, ela se vestiu rapidamente e voltou para a garagem, onde encontrou um moreno e uma loira próximos a uma ambulância, eles estavam vestidos com roupas de paramédicos, Briana logo deduziu que faziam parte do time e resolveu se apresentar a eles, já que seu tenente não tinha feito isso.
— Olá, meu nome é Briana Silverlook, sou a nova cadete, estou substituindo o Paul. Nós ainda não fomos apresentados...
— Olá, Briana! Sou o Lorenzo e essa é minha irmã Lorena, nós somos os paramédicos e ficamos felizes de conhecê-la pelo menos você é simpática.
— Olá, seja bem vinda a equipe! Ainda não acredito que você vai fazer parte do grupo do Victor, ele é extremamente machista e orgulhoso. Acho que você já reparou que ele não é nada simpático, torço para que você aguente a rabugice dele – declarou a loira com um sorriso amigável.
— Pois é... eu já reparei sim, porém tenho que me segurar para não desacatar ele, não sou tão boazinha como pareço ser – revelou Briana.
De repente a conversa entre o trio foi interrompida por um barulho sonoro que vinha acompanhado de uma voz que tinha origem na central e avisava a respeito de uma ocorrência.
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Chamada para os caminhões 37 e 23 e ambulância 74, incêndio na empresa de confecção de roupas, Better Sofy, no bairro Mission Line, rua Alphonse River, cruzamento com a avenida Brookys, número 217. Repetindo, chamada para o caminhão 23 e 37, ambulância 74.
Ao ouvir aquela chamada, Briana se despediu do casal de irmãos e se aproximou do seu caminhão, aguardando Victor, Bronson, Nicolas e Jack se arrumarem rapidamente.
— Hoje você vai estrear no batalhão com a honra de dirigir o caminhão, Briana! – ordenou o moreno com um sorriso debochado de lado, pois tinha quase certeza que ela iria se recusar, pois não conhecia bem todos os bairros da cidade.
— Mas... – Briana ficou chocada com aquilo, pois ela não pensava que ele iria fazê-la passar por aquela humilhação, só porque não conhecia muito bem a cidade para ir guiando o caminhão. Ela teria que recusar aquela oportunidade e sabia que aquilo era chato. Quando a morena estava pronta para negar aquele “privilégio” algo aconteceu.
Kelvin que de longe ouviu aquele absurdo fechou a cara, não acreditava que Victor estava querendo constranger sua prima daquele jeito, de forma impulsiva o moreno interveio do único jeito que poderia.
— Briana, eu vou dirigir o meu caminhão hoje, então me siga, que eu te mostro onde fica o local – declarou Kelvin sério, fazendo sua prima esboçar um sorriso faceiro e adentrar no caminhão, sendo seguida por sua equipe. Victor foi o último a entrar no veículo, porém antes disso lançou um olhar mortal ao outro tenente, que deu de ombros.
Briana tirou o caminhão da garagem com maestria, como se já tivesse feito aquilo algumas vezes e realmente ela já tinha dirigido no seu antigo batalhão, então para ela não era nenhuma novidade. Já na rua, a morena seguiu o caminhão do primo.
— Bem... pelo jeito você dirigia no seu antigo batalhão – afirmou Nicolas observando como a garota tinha habilidade.
— Sim, eles costumavam me deixar dirigir lá!
— Dessa vez seu primo te salvou, mas na próxima ele não estará por perto, Silverlook! – rosnou Victor azedo
— Eu até pensei em dizer não, tenente, pois eu não conheço tão bem a cidade, mas agradeço meu primo por ter se compadecido de mim, ao contrário de você, que queria me fazer passar vergonha – retrucou um tanto furiosa, mas se contendo.
— Mas você é uma abusada mesmo...
— Desculpe, Victor, mas ela tem razão – retrucou Bronson recebendo um olhar desgostoso de seu tenente.
— Chega de conversa, vamos nos concentrar na trajetória e no resgate – ordenou sério.
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Após quase quinze minutos dirigindo, Briana e Kelvin estacionaram os caminhões próximos de outros caminhões de outros batalhões que também foram chamados. Robert e os paramédicos pararam seus veículos logo atrás e desembarcaram para ficarem a par da situação com os que já tinham chegado antes deles. Como sempre, Robert, Victor e Kelvin foram falar com outros tenentes e comandantes para saberem como agiriam.
Briana ficou em silêncio observando o grande prédio da empresa envolto em chamas e fumaça, vários funcionários tossindo e outros desmaiados sendo socorridos pelos diversos paramédicos que atendiam em conjunto ao mesmo tempo.
Passado alguns minutos, finalmente Robert e os tenentes retornaram até onde seus cadetes aguardavam pelas instruções, todos estavam ansiosos para ajudar.
— Ainda existem quinze pessoas desaparecidas dentro do prédio, agora é a nossa vez de ajudar. Decidi que Kelvin e Victor levarão consigo para dentro do local, mais dois cadetes, sendo assim vocês trabalharão em trios.
— Nós que vamos escolher as pessoas? – pediu Kelvin ansioso para entrar logo no prédio.
— Não! Nesse caso quem vai decidir isso sou eu, assim como vocês eu conheço o perfil de cada cadete. Então vamos lá, Will e Peter entrarão junto com Kelvin, enquanto Briana e Bronson acompanharão Victor – declarou o comandante.
— Mas ela é uma novata comandante! Acho melhor levar o Nicolas – Reclamou Victor indignado.
— Discordo de você, Victor! Ela já tem três anos de experiência, nenhuma reclamação na ficha dela que a impeça de entrar lá dentro e ajudar. Dê uma chance para Briana e pare de implicar, agora vocês são um time, tem que trabalharem juntos e sem discriminação. Agora entrem no prédio e ajudem os outros bombeiros acharem os desaparecidos que faltam – bradou Robert enquanto gesticulava.
Victor novamente fechou a cara depois do discurso de Robert segurou a raiva e correu para dentro da edificação junto com seu grupo, que estava totalmente em alerta.
— Permaneçam próximos a mim, só se afastem com autorização! Entendido? – exigiu o moreno analisando um local totalmente tomado pelas chamas.
— Sim! – concordaram Briana e Bronson ao mesmo tempo.
Quando de repente um desmoronamento logo a frente deles, os fez parar e mudar de trajeto. Enquanto caminhavam, eles foram berrando e avisando que eram bombeiros e que se tivesse alguém ali que precisasse de ajuda gritasse.
Briana tava tão concentrada em ouvir alguém que quase foi atingida por um pedaço do teto, se não fosse Victor a puxar rapidamente contra ele, algum ruim teria acontecido com ela.
— Cuidado! Preste mais atenção ao seu redor. Não quero que saia machucada no seu primeiro dia de trabalho – resmungou o tenente.
Bronson revirou os olhos, Victor ás vezes o surpreendia, era turrão e gentil ao mesmo tempo, porém muito teimoso. De repente uma voz feminina bem baixinha foi ouvida por Briana que estacou no lugar tentando ver da onde ela vinha, chamando atenção de seus companheiros de resgate.
— O que houve? Está escutando alguma coisa? – questionou Victor, antes de também ouvir a mesma voz que sua cadete.
— Tem uma pessoa por aqui! Provavelmente atrás daquela porta ali! – apontou a morena andando com cuidado entre as chamas e escombros, sendo seguida por seu tenente e Bronson.
A voz da vítima ficava mais alta conforme o trio se aproximava do local onde ficava o depósito, eles não demoraram a alcançar a porta, que se encontrava travada por conta de um sistema de segurança, se a luz faltasse, ela se fecharia automática e abriria somente quando a energia voltasse.
— Ela está trancada. Parece algo automático. – murmurou Briana analisando o pequeno dispositivo acoplado na fechadura da porta.
— Mas que droga! Não temos alternativa a não ser arrombar. Trouxe a ferramenta para forçar a porta a abrir, Bronson?
— Sim, senhor!
— Então, faça logo, pois não temos muito tempo, o local todo está desmoronando e o fogo já tomou toda a construção – ordenou Victor tentando ajudar o seu subordinado com sua halligan que tinha guardado numa grande mochila que tinha trazido consigo.
Tanto Bronson, como Victor tentaram arrombar a porta, enquanto um usava o pé de cabra, o outro utilizava uma halligan. Briana ficou apreensiva vendo que aquilo não estava dando muito certo, e o calor estava aumentando.
De repente num ato impulsivo gerado pelo desespero, Briana abriu o circuito do dispositivo que trancava a porta, pegou alguns fios e depois tirou a bateria de seu comunicador e fez dar um curto circuito na tranca, fazendo em segundos a porta abrir. Tanto Victor como Bronson ficaram boquiabertos com o que a garota tinha acabado de fazer. — Uoou, você tem que me ensinar a fazer isso – declarou Bronson antes de adentrar no depósito e sair com a vítima tossindo muito em seu colo. — Vamos, vamos! O Kelvin acabou de me dizer pelo comunicador que acharam o restante das vítimas – gesticulou Victor caminhando depressa com sua equipe para fora do prédio. **&** Alguns minutos se passaram e a construção já se encontrava totalmente tomada pelas chamas, os bombeiros tentavam apagar o fogo com jatos e jatos de água. Um pouco longe dali, Victor, Briana, Bronson, Kelvin e Will conversavam. — Nossa priminha, você é um gênio, devia ter ficado na engenharia r
Enquanto isso, no banheiro coletivo do batalhão, Briana encontrava-se bem a vontade tomando banho, não se importando de dividir o espaço com seus colegas, pois os boxes de banho eram individuais e possuíam uma porta sanfonada de pvc que garantia a privacidade. A morena tava curtindo aquela água morninha relaxante, perdida em seus pensamentos, pois não conseguia tirar da cabeça o espanto de seu tenente quando ela abriu a porta usando a sua genialidade e criatividade para salvar aquela vítima. De repente, sem mais e nem menos, ela se pegou imaginando o corpo de Victor por debaixo daquela roupa toda de bombeiro, ele deveria ser musculoso igual ao seu primo, suspirou sonhadora. Só de pensar que ele devia ter uma pegada maravilhosa e de como supostamente se comportaria entre quatro paredes, a fez ficar excitada e cheia de tesão ao imaginar ele nu e totalmente dominador na cama. No entanto, aquelas suposições foram interrompidas, quando a moça de madeixas castanhas foi trazida novamente a
Robert estava tão concentrado escrevendo o relatório da última chamada que custou a ouvir as batidas na porta, quando o fez, suspirou ao reconhecer sua sobrinha e gesticulou para ela entrar. Briana mais do que ligeiro adentrou no escritório do tio com o telefone em mãos. — A Thea tem algo urgente para falar para o senhor. – avisou a morena com o semblante sério, fazendo o homem ficar receoso. — Me passe logo esse celular – murmurou exasperado pegando o aparelho da mão de Briana. — Calma, tio! – implorou a jovem espantada com o nervosismo dele. — Vamos garota, fale logo! Eu agüento a notícia, o que houve? – questionou a sobrinha do outro lado da linha sem rodeios. — Olá, para você também, tio! Bem, a notícia que tenho não é das melhores, mas vamos lá, o Richard está preso na sede do FBI em Lucky e precisamos que você venha até aqui – revelou a loira de supetão. — NÃO PODE SER! – Robert gritou incrédulo, pois custou acreditar no
Robert não demorou a chegar ao prédio onde ficavam as instalações do FBI, afoito logo subiu a escadaria lateral que levava ao segundo pavimento, ao fazer isso chegou rapidamente na recepção do FBI, onde avistou Thomas e Thea que caminharam até ele. — Que droga está acontecendo aqui? O que Richard fez? O que vai acontecer com aquele irresponsável? – perguntou furioso. — Se acalme papai. Siga-nos, pois precisamos conversar contigo – respondeu o promotor caminhando até uma saleta, onde eles ingressaram e se sentaram. — Chega de suspense. Falem logo! — Bem, tio Robert, o Richard está sendo indiciado por tráfico de escravas sexuais, porém o FBI não tem muitas provas para incriminá-lo como chefe da quadrilha. No entanto o que eles possuem contra ele, pode o indiciar como cúmplice de Zarius, e isso é muito ruim – explicou Thea de forma resumida. — Aquele desgraçado do Zarius, bem que eu sabia que ele não prestava! Aposto que o tapado do meu filho nem
Enquanto isso, no batalhão de bombeiros, Kelvin encontrava-se no alojamento tentando dormir um pouco, porém não conseguia, pois não parava de pensar em seu irmão, pois a situação dele era muito complicada. De repente, o toque do celular o fez olhar a tela e reconhecer o número, exasperado o atendeu e foi até o seu pequeno escritório. — Oi, Thomas! O que houve? Estão todos bem? — Olá, irmão! Estão sim, mas dentro do possível. O Richard teve que voltar a morar com a gente e a mamãe está surtando com tudo o que aconteceu. Acredita que falaram para ela antes de mim? Nem tive a oportunidade para preparar o terreno – reclamou o promotor indignado. — Que chato isso, a mamãe deve ter ficado louca da vida com toda essa situação. — Você não imagina o quanto, até pro papai sobrou uma super bronca lá na sede do FBI mesmo e em casa nem se fala... — Quero os detalhes depois! E Richard, como está? – pediu preocupado. — Ele está bem, mas dentro do pos
Briana acordou sobressaltada ao ouvir um barulho alto, de coisas quebrando ali próximo, então um pouco sonolenta se levantou da cama, vestiu uma camiseta que encontrou numa cadeira e rumou até onde ouviu os barulhos. Chegando à sala, a morena se assustou ao ver o primo e Victor no chão brigando. Então ela tentou separá-los, mas em vão, eles eram muito fortes e não estavam dando atenção a sua tentativa de acabar com a briga. — PAREM! Que coisa mais feia – vociferou Briana suspirando para logo em seguida ir até a lavanderia e encher um balde de água e voltar para a sala, onde jogou água nos briguentos, que se separaram praguejando. — Que droga, Briana! – reclamou Kelvin todo ensopado se afastando do outro moreno. — Mulherzinha maluca – praguejou Victor olhando o estado de sua roupa e de sua sala, que estava toda molhada. — Eu juro que tentei separar os dois de outra maneira, mas vocês não ouviram. Água foi à solução que achei, já que o clima estava muit
Briana ficou extremamente apreensiva com a atitude de seu tio, no entanto o que a deixou amedrontada foi o olhar duro que ele lhe dirigiu. Sem alternativas decidiu segui-lo, pois não queria enfurecê-lo ainda mais. O trajeto até o escritório foi em silêncio, Briana conhecia o temperamento explosivo de Robert, no entanto nunca tinha sido alvo dele, conhecer aquele lado de seu tio lhe deixava muito apreensiva. Não demoraram a chegar ao escritório, que tinha uma decoração sóbria e intimidadora, aquele local era muito usado por Robert quando não estava trabalhando no batalhão. No momento em que a porta foi fechada e ambos se acomodaram em suas cadeiras, o silêncio foi quebrado, pois a voz grave do comandante preencheu o ambiente. — Sei que você é uma mulher independente, acostumada a viver sua vida sem dar satisfações a ninguém, respeito isso, no entanto você perdeu essa liberdade desde que concordou vir morar aqui! Sei do que houve contigo em São Francisc
Após sair do escritório do comandante, Victor caminhou a passos largos até seu escritório, mas ao passar por Kelvin pelo corredor, não se agüentou e explodiu. — Seu imbecil fofoqueiro! Como ousa contar de meu lance com sua prima? Por acaso está de olho nela? — Contei sim, porque todos estavam preocupados com ela. Não cara, eu não estou interessado na minha prima, pois a Briana é como se fosse minha irmã e acho que você no meu lugar faria o mesmo que eu. A propósito está com ciúmes dela? Não estou te reconhecendo não... — Cai fora Kelvin, não enche minha paciência, não estou bem hoje – esbravejou o moreno zangado antes de seguir o seu caminho. — Vou ficar de olho em você... – murmurou Kelvin mais pra si do que para o outro tenente que tinha desaparecido de seu campo de visão. *&* Briana chegou ao batalhão meio dia em ponto, ao entrar no refeitório ela torceu o nariz, pois a comida não era de seu agrado, para sua sorte já tinha almoç