De repente num ato impulsivo gerado pelo desespero, Briana abriu o circuito do dispositivo que trancava a porta, pegou alguns fios e depois tirou a bateria de seu comunicador e fez dar um curto circuito na tranca, fazendo em segundos a porta abrir. Tanto Victor como Bronson ficaram boquiabertos com o que a garota tinha acabado de fazer.
— Uoou, você tem que me ensinar a fazer isso – declarou Bronson antes de adentrar no depósito e sair com a vítima tossindo muito em seu colo.
— Vamos, vamos! O Kelvin acabou de me dizer pelo comunicador que acharam o restante das vítimas – gesticulou Victor caminhando depressa com sua equipe para fora do prédio.
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Alguns minutos se passaram e a construção já se encontrava totalmente tomada pelas chamas, os bombeiros tentavam apagar o fogo com jatos e jatos de água. Um pouco longe dali, Victor, Briana, Bronson, Kelvin e Will conversavam.
— Nossa priminha, você é um gênio, devia ter ficado na engenharia r
Enquanto isso, no banheiro coletivo do batalhão, Briana encontrava-se bem a vontade tomando banho, não se importando de dividir o espaço com seus colegas, pois os boxes de banho eram individuais e possuíam uma porta sanfonada de pvc que garantia a privacidade. A morena tava curtindo aquela água morninha relaxante, perdida em seus pensamentos, pois não conseguia tirar da cabeça o espanto de seu tenente quando ela abriu a porta usando a sua genialidade e criatividade para salvar aquela vítima. De repente, sem mais e nem menos, ela se pegou imaginando o corpo de Victor por debaixo daquela roupa toda de bombeiro, ele deveria ser musculoso igual ao seu primo, suspirou sonhadora. Só de pensar que ele devia ter uma pegada maravilhosa e de como supostamente se comportaria entre quatro paredes, a fez ficar excitada e cheia de tesão ao imaginar ele nu e totalmente dominador na cama. No entanto, aquelas suposições foram interrompidas, quando a moça de madeixas castanhas foi trazida novamente a
Robert estava tão concentrado escrevendo o relatório da última chamada que custou a ouvir as batidas na porta, quando o fez, suspirou ao reconhecer sua sobrinha e gesticulou para ela entrar. Briana mais do que ligeiro adentrou no escritório do tio com o telefone em mãos. — A Thea tem algo urgente para falar para o senhor. – avisou a morena com o semblante sério, fazendo o homem ficar receoso. — Me passe logo esse celular – murmurou exasperado pegando o aparelho da mão de Briana. — Calma, tio! – implorou a jovem espantada com o nervosismo dele. — Vamos garota, fale logo! Eu agüento a notícia, o que houve? – questionou a sobrinha do outro lado da linha sem rodeios. — Olá, para você também, tio! Bem, a notícia que tenho não é das melhores, mas vamos lá, o Richard está preso na sede do FBI em Lucky e precisamos que você venha até aqui – revelou a loira de supetão. — NÃO PODE SER! – Robert gritou incrédulo, pois custou acreditar no
Robert não demorou a chegar ao prédio onde ficavam as instalações do FBI, afoito logo subiu a escadaria lateral que levava ao segundo pavimento, ao fazer isso chegou rapidamente na recepção do FBI, onde avistou Thomas e Thea que caminharam até ele. — Que droga está acontecendo aqui? O que Richard fez? O que vai acontecer com aquele irresponsável? – perguntou furioso. — Se acalme papai. Siga-nos, pois precisamos conversar contigo – respondeu o promotor caminhando até uma saleta, onde eles ingressaram e se sentaram. — Chega de suspense. Falem logo! — Bem, tio Robert, o Richard está sendo indiciado por tráfico de escravas sexuais, porém o FBI não tem muitas provas para incriminá-lo como chefe da quadrilha. No entanto o que eles possuem contra ele, pode o indiciar como cúmplice de Zarius, e isso é muito ruim – explicou Thea de forma resumida. — Aquele desgraçado do Zarius, bem que eu sabia que ele não prestava! Aposto que o tapado do meu filho nem
Enquanto isso, no batalhão de bombeiros, Kelvin encontrava-se no alojamento tentando dormir um pouco, porém não conseguia, pois não parava de pensar em seu irmão, pois a situação dele era muito complicada. De repente, o toque do celular o fez olhar a tela e reconhecer o número, exasperado o atendeu e foi até o seu pequeno escritório. — Oi, Thomas! O que houve? Estão todos bem? — Olá, irmão! Estão sim, mas dentro do possível. O Richard teve que voltar a morar com a gente e a mamãe está surtando com tudo o que aconteceu. Acredita que falaram para ela antes de mim? Nem tive a oportunidade para preparar o terreno – reclamou o promotor indignado. — Que chato isso, a mamãe deve ter ficado louca da vida com toda essa situação. — Você não imagina o quanto, até pro papai sobrou uma super bronca lá na sede do FBI mesmo e em casa nem se fala... — Quero os detalhes depois! E Richard, como está? – pediu preocupado. — Ele está bem, mas dentro do pos
Briana acordou sobressaltada ao ouvir um barulho alto, de coisas quebrando ali próximo, então um pouco sonolenta se levantou da cama, vestiu uma camiseta que encontrou numa cadeira e rumou até onde ouviu os barulhos. Chegando à sala, a morena se assustou ao ver o primo e Victor no chão brigando. Então ela tentou separá-los, mas em vão, eles eram muito fortes e não estavam dando atenção a sua tentativa de acabar com a briga. — PAREM! Que coisa mais feia – vociferou Briana suspirando para logo em seguida ir até a lavanderia e encher um balde de água e voltar para a sala, onde jogou água nos briguentos, que se separaram praguejando. — Que droga, Briana! – reclamou Kelvin todo ensopado se afastando do outro moreno. — Mulherzinha maluca – praguejou Victor olhando o estado de sua roupa e de sua sala, que estava toda molhada. — Eu juro que tentei separar os dois de outra maneira, mas vocês não ouviram. Água foi à solução que achei, já que o clima estava muit
Briana ficou extremamente apreensiva com a atitude de seu tio, no entanto o que a deixou amedrontada foi o olhar duro que ele lhe dirigiu. Sem alternativas decidiu segui-lo, pois não queria enfurecê-lo ainda mais. O trajeto até o escritório foi em silêncio, Briana conhecia o temperamento explosivo de Robert, no entanto nunca tinha sido alvo dele, conhecer aquele lado de seu tio lhe deixava muito apreensiva. Não demoraram a chegar ao escritório, que tinha uma decoração sóbria e intimidadora, aquele local era muito usado por Robert quando não estava trabalhando no batalhão. No momento em que a porta foi fechada e ambos se acomodaram em suas cadeiras, o silêncio foi quebrado, pois a voz grave do comandante preencheu o ambiente. — Sei que você é uma mulher independente, acostumada a viver sua vida sem dar satisfações a ninguém, respeito isso, no entanto você perdeu essa liberdade desde que concordou vir morar aqui! Sei do que houve contigo em São Francisc
Após sair do escritório do comandante, Victor caminhou a passos largos até seu escritório, mas ao passar por Kelvin pelo corredor, não se agüentou e explodiu. — Seu imbecil fofoqueiro! Como ousa contar de meu lance com sua prima? Por acaso está de olho nela? — Contei sim, porque todos estavam preocupados com ela. Não cara, eu não estou interessado na minha prima, pois a Briana é como se fosse minha irmã e acho que você no meu lugar faria o mesmo que eu. A propósito está com ciúmes dela? Não estou te reconhecendo não... — Cai fora Kelvin, não enche minha paciência, não estou bem hoje – esbravejou o moreno zangado antes de seguir o seu caminho. — Vou ficar de olho em você... – murmurou Kelvin mais pra si do que para o outro tenente que tinha desaparecido de seu campo de visão. *&* Briana chegou ao batalhão meio dia em ponto, ao entrar no refeitório ela torceu o nariz, pois a comida não era de seu agrado, para sua sorte já tinha almoç
Melisa estava decidida a atrapalhar aquele encontro. Ela não deixaria Kelvin escapar de suas mãos daquele jeito, pois ainda o amava, apesar do erro que ela tinha cometido. A culpa infelizmente foi toda dela. — Então era por isso que você não me retornava as ligações? Você estava me traindo com essa perua oferecida? Sou sua noiva e exijo uma explicação, Kelvin! – questionou a ruiva fingindo estar irritada, como se tivesse o pego em flagrante. Ao ouvir aquilo Candy franziu a testa e olhou irritada para a mulher que espalmava a mesa, que demonstrava sua total falta de educação ao se dirigir daquela maneira a ela. Aquilo só poderia ser um pesadelo, pois nunca imaginaria que Kelvin era comprometido, se desconfiasse não teria o convidado para sair. No entanto o que a deixava fula da vida era ter sido chamada de perua oferecida, aquilo não iria ficar daquele jeito. — Escute aqui moça, eu não admito que me ofenda desse jeito não! Quem você pensa que é? E outra coisa.