João Felipe
Estava de malas prontas e viajaria no dia seguinte para Nova York. A única coisa que me prendeu à São Paulo nos últimos dias havia sido as consultas e exames que minha mãe fez, e sua saúde que aparentemente estava debilitada. Mas ontem ela passou pelo médico e estava tudo bem com ela, pois segundo os exames, ela estava apenas uma anemia leve, que já estava sendo tratada.
Diante disso, resolvi não adiar mais os meus planos de expansão de nossa empresa e seguir para me estabelecer em Nova York.
Já havia contratado uma equipe de analistas financeiros que estavam dando início a fase preliminar do projeto, entre eles, um grande amigo de meu irmão, o Jack. Eu já conhecia o Jack superficialmente, de quando morei nos Estados Unidos e participei de alguns eventos ligados ao mundo das finanças e q
VivianeO João Felipe havia viajado mais uma vez aquela manhã para Nova York. Deveria estar bem feliz consigo mesmo, afinal, estava realizando seus objetivos e fazendo aquilo que mais gostava, ganhar dinheiro.Suspirei resignada.Estava saindo da universidade, dessa vez havia conseguido assistir toda a aula sem sofrer com crises de enjoos. Ao menos algo bom, pois eu já estava que não aguentava mais. Mas minha alegria durou pouco e logo que saí da sala, fui às pressas para o banheiro do meu setor de aulas, colocar todo o meu café da manhã para fora.O João Pedro foi me buscar e estávamos agora voltando juntos para casa.- Está muito pensativa hoje.- Você também. - Falei e sorri.Apesar do clima ameno entre nós, nos mantemos calados durante todo o trajeto até a mansão, uma vez que cada u
João FelipeJá estava em Nova York há um mês e tudo estava correndo exatamente da forma como eu planejei desde o primeiro momento que decidi ampliar os negócios da família para o exterior. A equipe, que eu havia escolhido cuidadosamente para me auxiliar, era formada por profissionais competentes e que estavam voltados para o sucesso de nossa primeira filial fora do nosso país.Era formada por profissionais americanos, mas eu também havia trazido um dos funcionários do meu pai da matriz em São Paulo, que era o Luiz Miguel. Ele tinha formação em Direito, mas com especialização em finanças e estavam me auxiliando de forma espetacular, nesses meus primeiros passos como CEO.O Jack era brasileiro também, mas já morava há vários anos em Nova York e eu não tinha nada a reclamar do seu trabalho
VivianeOs últimos meses não haviam sido fáceis. Tanta coisa havia acontecido, que eu me sentia atordoada só em pensar nas mudanças que aconteceram na minha vida.Depois da conversa entre eu e meus pais, eu havia decidido que tinha uma pequena parcela de culpa pela relação tensa com a Marta. Eu nunca tentei nem mesmo cumprimenta-la, durante todos esses anos de convivência. Eu apenas entendi que ela não gostava da situação e eu mesma passei a trata-la com frieza também.Diante disso, resolvi tentar uma aproximação, em nome do meu filho e do lar que eu gostaria de oferecer a ele, em que houvesse amor e carinho, além de muito respeito.Não falei para o João Pedro nada do que meus pais me contaram, uma vez que ele estava conciliando o último semestre da faculdade com o trabalho na Mendes e caso se
Viviane - Primeiro, a senhora vai me explicar melhor sobre esse resultado que recebeu, que acredito ter sido de um exame, para entendermos um pouco, de cabeça fria, qual o seu quadro. E segundo, caso a senhora não queira contar a todos, por enquanto, sobre o que está se passando, eu vou entender. Eu posso acompanhá-la a consulta, vamos ouvir o que o médico tem a dizer, qual o tratamento, se vai precisar de cirurgia... – A menção da palavra "cirurgia", dona Marta se encolheu toda, o que era bastante compreensível, tendo em vista a sua busca constante por manter-se sempre impecável. - Eu não quero que minha família saiba, Viviane. Por favor, estou confiando em você. – Ela falou de forma desolada. - Não precisa contar ainda. Acho que será melhor quando já soubermos com exatidão todas as informações. Do jeito que o senhor Rodolfo é, ele vai acabar deixando-a mais ansiosa ainda. Não é momento para especulações. A senhora gostaria que eu a
Viviane - Filho, chegou cedo. Seu pai não veio com você? – Dona Marta foi logo perguntando. - Calma, dona Marta. O seu marido ficou em uma reunião com alguns investidores europeus e pediu que eu viesse para casa, pois somente um de nós já seria o suficiente, segundo ele afirmou. – Explicou o JP. – Mas que bom que estou aqui. Estava com saudades de vê-la aqui à beira da piscina, mamãe. Fico extremamente feliz que a senhora decidiu sair daquele quarto. - A Viviane me convenceu. Sua futura esposa tem sido uma boa companhia. Mas eu estou começando a me preocupar com seus estudos. – Me olhou de forma recriminadora, mas com um sorriso no rosto. A chegada de seu filho mais novo parecia ter sido mais um estimulo para ela. - Estou estudando como sempre, dona Marta. Não precisa se preocupar. Mas na verdade, essa fase final do curso, mal temos aulas presenciais com os professores. Estou na fase do trabalho de conc
João FelipeDezoito meses depoisA vista da janela da minha sala, no edifício comercial que sediava a filial da Mendes de Albuquerque em Nova York, era espetacular. Da altura onde me encontrava, no trigésimo andar do prédio, eu podia ver grande parte da magnifica cidade, mundialmente conhecida e destino desejado de muitos.Eu havia conseguido alcançar todos os objetivos as quais me propus no decorrer desses últimos meses e estava muito satisfeito comigo mesmo e com tudo o que eu havia realizado. Mas era só isso.Não me sentia feliz e o trabalho não estava mais me motivando como antes. A prova disso era que já fazia mais de meia hora que eu tinha um relatório importantíssimo em cima de minha mesa e disposição zero para analisa-lo. Preocupante.Eu precisava emitir alguns pareceres sobre diversas
Viviane- Vocês poderiam aproveitar que a Sarinha está dormindo e ir fazer algum programa de casal. Desde que a minha neta nasceu que não os vejo saírem sozinhos. Estão sempre cercados de outras pessoas. – Dona Marta jogou, sem mais nem menos, essa colocação.O João Pedro me olhou de maneira conspiratória e eu apenas sorri. Estávamos na mansão, reunidos a mesa da grande sala de jantar dos Mendes de Albuquerque. Além de nós dois e a Marta, estavam também o senhor Rodolfo e os nossos amigos, a Júlia, o César e a Cecília.- Marta, você só está procurando um motivo para ficar com a Sarinha só para você. Todos nós sabemos que você faz de tudo para que a Vivi fique fora de casa. – O pai do JP falou brincalhão, fazendo com que todos caíssem na gargal
VivianeDepois de um domingo cheio de animação e risadas, a segunda feira começou radiante. Estava um lindo dia e depois de tomarmos café da manhã toda a família reunida, o JP e o seu pai foram para a empresa, enquanto eu e dona Marta fomos encontrar com a organizadora do buffet da festa da Sarah.- Eu preferia ficar em casa com a minha neta. - Reclamou Marta, quando já estávamos dentro do carro, a caminho da empresa de buffet contratada para o evento.Sorri e balancei a cabeça de um lado para o outro, em sinal de incredulidade.- E por que a senhora não ficou?- Preciso ter certeza que vai ser tudo perfeito para a nossa princesinha.- Não confia em mim para escolher o menu sozinha? - Brinquei, pois tinha certeza que não era esse o motivo.- Não, querida! Confio plenamente em você. Mas eu quero participar de tudo que diz re