PedroNa manhã seguinte...Passo a mão pelo colchão a sua procura, mas não a sinto lá. Então abro os meus olhos e vejo que ela realmente não está aqui comigo. Frustrado me viro na cama e encaro o teto espelhado do quarto, sorrindo em seguida. Lembro-me do quanto ela foi fabulosa naquela cruz. A sua doce visão completamente nua e exposta para mim. Inteiramente vulnerável e sem qualquer chance de se mexer. A cena da garota sexy, lindamente ofegante. Os seus olhos pesados, a sua boca entre aberta por onde o ar passava com uma certa dificuldade. Ah, e seu tom suplicante, implorando pelo meu prazer. Aquilo me jogou no fogo do inferno e me incendiou violentamente, e por muito pouco me roubou o meu controle. Ver a maneira com o chicote de couro marcava a sua pele morena, como ela estremecia cada vez que ele batia e quando as suas forças quiseram abandoná-la eu estava lá por ela. A soltei e a segurei nos meus braços, lhe dando o que tanto almejava em seguida e o orgasmo praticamente nos parti
Pedro— Tudo bem, mas eu te levo para casa então — aviso quando dou alguns passos para sair da cozinha.— Ah... é melhor não. — Ela fala me fazendo parar. — Nós combinamos, se lembra? — Uno as sobrancelhas.— Mas isso foi na Grécia, Milla. Agora as circunstâncias são outras. — A observo soltar uma respiração alta pela boca.— Não, não é. Essa regra permanece, Pedro. — Confuso apenas arqueio as sobrancelhas. — Milla! Milla! — ralho baixinho, meneando a cabeça, mas não tenho muito o que fazer— Ok! — digo vencido lhe mostrando o caminho e a levo até a porta. Contudo, antes que ela se vá realmente a puxo para s meus braços, beijo calidamente a sua boca e quando ela se afasta, me pego dizendo: — Vou sentir a sua falta, Pretinha!Que porra é essa?! Meu cérebro grita estagnado e consequentemente o meu coração dá uma freada brusca roubando o meu ar.— Eu também vou. — Ela diz me despertando e sério, também estou surpreso com o que acabara de dizer. — Pronto, já chamei um táxi.Para que tan
Pedro— Eu ainda não entendi nada. Por que Valentina ligou justamente pra você? — Cecília me pergunta me encurralando.A verdade é que nunca sentir tanto medo na minha vida. Eu sempre tive o controle de toda a situação ao meu redor. Isso sempre me manteve seguro, forte e atento. Portanto, eu nunca precisei olhar para trás, nem mesmo baixar a minha guarda para qualquer situação seja ela qual fosse e medo era uma palavra que até então eu desconhecia. Mas o fato de não saber onde ela está e quem é o maldito que está com ela, isso sim, está me destruindo por dentro. — E por que essa garota tem o seu número? — Puxo a respiração fechando os meus olhos com impaciência. A droga toda é que eu sinto que estou ruindo gradualmente e que por esse motivo posso desabar. Eu preciso recuperar o meu controle e pensar melhor em como vou resolver essa droga toda. — Pedro, você está bem? — Não. Tenho vontade responder. Porque estou sem chão, vulnerável e preciso ficar sozinho por alguns instantes para re
Pedro Do lado de fora da casa olho para o canteiro de flores da minha mãe e para a minha surpresa vejo Lucian abraçado a Valentina no banco de concreto. Ela parece transtornada e não é para menos. Penso com um suspiro alto. Ela está sozinha nessa cidade e vivendo uma situação extrema. Não deve estar sendo fácil pra ela agora. Contudo, o que me chama a atenção nessa cena é a atenção redobrada do meu irmão caçula com a menina. Ele afaga carinhosamente a lateral do seu braço, enquanto ela chora baixinho com a cabeça encostada no seu peito. E vez ou outra beija calidamente os seus cabelos.— O que você está fazendo, Lucian? — rosno baixinho quando penso que um segundo atrás ele parecia transtornado com a separação, se afundando no seu próprio drama de vida e agora... tornou-se o bom samaritano da pobre garota indefesa? — Espero que não a machuque ou se verá comigo — ralho entre dentes e entro no meu carro em seguida.💞 Coração Pervertido 💞... Ok, eu preciso ir para casa, Pedro. Precis
Pedro— E então? — pergunto minutos depois andando de um lado para o outro do amplo escritório.— Só mais um pouco. — Lucian pede sem tirar os seus olhos do aparelho, enquanto mexe em algo e eu bufo contrariado.— Por que precisa demorar tanto? — retruco mal-humorado.— Só mais um pouco, Pedro. Tenha paciência. — Ele retruca e eu respiro fundo. Contudo, o som de um bip me faz parar meus passos exasperados e eu me aproximo deles.— O que foi isso? — Em resposta o meu irmão abre um sorriso largo.— Encontrei. — Meu coração dispara e imediatamente vou para a porta, pedindo para o meu pai e Matheus entrarem.— O que acontece agora? — Valentina pergunta um tanto ansiosa.— Querida, venha conosco e deixe-os trabalhar. — Cecília diz envolvendo os seus ombros tirando-a de dentro do cômodo e logo nos reunimos para saber qual será o nosso próximo passo.— Parece uma pequena fazendo no meio do nada. — Lucina comenta mexendo no seu computador.— Não é difícil de chegar, filho. — Danilo fala com u
Pedro Algumas horas depois... — Ela falou alguma coisa? Disse quem a ajudou? — pergunto para o delegado assim que entro na sua sala. No entanto, o homem apenas meneia a cabeça fazendo um não para mim. — Mas não se preocupe, Senhor Rios, será só uma questão de tempo para ela abrir a boca. — Escute, eu recebi um telefonema. Era voz masculina que me dizia claramente que eu tinha algo que o pertencia. Ele quis fazer uma troca. No entanto, não voltou a entrar em contato. Essa mulher tem um cúmplice e eu quero saber quem é! — Como eu disse, estamos investigando. Nesse momento tem alguns policiais no local do ocorrido. A moça já está sobre nossa custódia. É só uma questão de tempo até ela falar alguma coisa. — Fecho as minhas mãos em punho. — O Senhor não entendeu. Eu não quero que facilite nada pra ela. Deixe-a sem comer, sem água, pressione-a... — Mas nós não podemos fazer esse tipo de coisa... — Escute, delegado a minha namorada está nesse momento lutando pela própria vida em um
PedroOuvir essa notícia me fez esquecer de tudo ao meu redor. Eu só queria poder vê-la, ouvir o som da sua voz outra vez e deus, eu preciso tocá-la, saber se ela está bem. Estou tão ansioso por isso, que o meu cérebro está girando fora de órbita.— Vamos! Vamos! — rosno impaciente no meio do trânsito caótico, enquanto os meus dedos tamborilam no volante. Contudo, ao parar no sinal vermelho, percebo vendendo flores na calçada.... Eu não posso te oferecer flores, Ludmila, nem bombons de chocolate. Eu não nasci para o casamento e não pretendo ter filhos.— Acho que você vai morder sua própria língua, Pedro — ralho comigo mesmo me livrando do cinto de segurança e com passos rápidos atravesso a rua olhando para as lindas flores. — Ah, boa tarde, Senhora. Eu preciso levar algumas flores para minha namorada que está no hospital — explico pegando-a de surpresa, porém, recebo um sorriso doce seu.— Você tem alguma preferência? — Ela pergunta, mas me vejo meio perdido entre tantas variedades.
PedroNa manhã seguinte...O som abafado da música me faz abrir os olhos e uma puta dor de cabeça me faz soltar um gemido estrangulado. Atordoado, me forço a sentar na cama e olho ao meu redor.— Mas o que... — rosno quando percebo que não estou no meu quarto.Fito um tanto confuso as lingeries rendadas espalhadas pelo cômodo, alguns chicotes de couro trançados largados de todo jeito em uma poltrona de couro vermelho, além de algumas amarras.Que merda eu fiz?Com um pouco de dificuldade eu saio da cama e visto a minha calça. Contudo, mal dou alguns passos e a minha cabeça voltar a reclamar.— Merda! — xingo e saio à procura da minha camisa e carteira. No entanto, nem chego a segurar na maçaneta e a porta se abre. — Suze? — A garota abre um sorriso radiante.— Bom dia, Pedro, você está melhor? — Ela procura saber.Melhor? Melhor de que?— O que... o que aconteceu aqui? — questiono, ignorando a sua pergunta.— Hum, era para ser uma festinha particular, mas você não me parecia muito bem