Laila
- Gostaria de conversar com você, Laila. - Barbara falou ao se aproximar da minha mesa. - Podemos almoçar juntas?
Olhei para a Barbara, estranhando sua mudança repentina de comportamento. Mas como trabalhávamos juntas e eu não queria que aquele clima desagradável entre nós continuasse, preferi aceitar a sua oferta de paz.
- Soube que você e o Nicolas saem juntos do trabalho todos os dias. – Ela comentou, quando já estávamos sentadas no refeitório com nossa refeição.
Suspirei me sentindo cansada.
Pensei que a Barbara queria acabar com a desavença entre nós, mas parece que eu estava enganada.
- Nós já falamos sobre isso, Barbara. – Tentei encerrar aquele assunto, já pensando em levantar da mesa sem nem mesmo tocar em minha comida.
- Você estava certa, sobre o Nicolas não estar mais com a Natasha. – Ela soltou, acredito que percebeu a minha intenção de sair e deixa-la s
Nicolas Dia dos namorados. Para um casal apaixonado, essa era uma data digna de ser comemorada. Uma noite romântica, com direito a um programa a dois.Mas eu estava agora sozinho no meu apartamento, assistindo a um filme qualquer na tv. Não me importava que eu estava cercado por bens materiais de primeira linha. Eu era rico e isso sempre fez parte da minha vida. Não estava sendo esnobe, apenas realista.Se tinha algo que eu havia aprendido na vida é que todos tinham problemas. Independente da condição social, eles estavam lá. Alguns tinham mais, outros menos. Mas ninguém estava livre deles, ou vivia uma vida só de plena felicidade.Sou casado há dois anos com a Natasha. Mas eu diria que convivi efetivamente com ela por no máximo dois meses. A Natasha vive para o seu trabal
LailaEu sou uma fralde.Coloquei o meu travesseiro na cabeça, lembrando da noite anterior e me sentindo péssima, mais uma vez. E eu nem estava me referindo a ressaca da bebida. Era a “ressaca moral" que me atormentava naquele momento.- Está se sentindo bem, Laila? – Larissa perguntou, acredito que ainda deitada na cama ao lado.Eu não tinha certeza, pois não tirei o travesseiro da cabeça nem mesmo para olhar para minha irmã.- Dor de cabeça. – Menti, pois, apesar de ter tomado vários drinques no Lilo's ontem, o meu mal-estar era outro.- Quer que te traga um analgésico? – Se ofereceu, como sempre, de maneira gentil.A Larissa tinha conseguido entrar no curso de jornalismo como desejava, e conseguido um estágio na área há alguns meses. Era uma jovem muito focada n
Nicolas Acordei com uma dor de cabeça horrível. Parecia que tinha uma bateria de escola de samba dentro do meu cérebro. Odiava beber para me sentir assim. Sempre me controlava, bebia no máximo duas doses de whisky. Mas ontem, tinha que admitir, me excedi um pouco.A presença da Laila me desestabilizou. Ela me incomodava. Não gostava dela. Garota carente! Vivia correndo atrás do meu irmão, e no decorrer do tempo em que trabalhavam juntos, passaram a ser quase inseparáveis, não se desgrudavam. Mas mesmo assim, ninguém acreditava que houvesse um romance entre os dois. Afinal, a mulher vivia rodeada de homens.Lá no barzinho onde fomos ontem, eu fui ao banheiro e quando retornei, ela estava se agarrando com um homem qualquer. Era sempre assim. Ela nunca passava em branco. Em toda festa que eu tive o desprazer de encontrá-la,
Laila Estava no meu horário de almoço, era meu direito fazer o que bem quisesse com ele, inclusive estar aproveitando para bater papo com desconhecidos, através de um aplicativo de namoro, pensei chateada, ao recordar a cena com o Nicolas, que ocorrera no início daquela semana. A minha intenção, ao fazer esse tipo de coisa, era justamente para esquecê-lo, mas até nesses momentos, eu lembrava dele. E essa minha busca constante para encontrar um novo amor tornava-se infrutífera, pois nem mesmo enquanto eu conversava com outros homens, eu conseguia esquecer aquele arrogante. Mas eu precisava me apegar a alguma coisa, pois a vida sem esperança estava me sufocando. - Não foi almoçar? – Henrique perguntou, ao me ver sentada de maneira displicente, em minha cadeira de trabalho. - Não estava com fome. – Respondi, ainda mexendo no celular. – Como foi o almoço com os gregos? - Não adiant
Nicolas- Como você está se sentindo, querido? – Minha mãe perguntou, ao me ver chegar a mesa de jantar da minha família aquela noite.- Não precisa falar comigo com toda essa delicadeza, mamãe. – Falei de maneira rude, me arrependendo logo em seguida por meu comportamento. – Desculpas.Minha família não tinha culpa pelo que havia acontecido comigo. Se havia algum culpado nessa história, era eu mesmo, por ter casado sem amor, levado pela raiva por ter sido dispensado pela Laila e pela ideia de que seria pai em breve e poderia fazer aquilo dar certo, quando estava tão claro que eu e a Natasha não nos amávamos.Faltando amor, como poderia uma relação dar certo?- Nós conseguimos entender que você deve estar chateado, meu filho. – Meu pai falou, em seu to
Laila - O Henrique está na sala, aguardando por você. – Larissa falou, entrando no quarto. Eu estava terminando de me arrumar, para ir encontrar com a Viviane e a suas amigas em uma boate muito badalada, a qual eu sabia que era bastante frequentada pela elite paulistana. Eu não ia aceitar o convite, pois era algo totalmente fora do meu orçamento, mas como a Cecília, amiga da Vivi, havia ganho os convites para a área VIP, e eu não pretendia beber, poderia me dar ao luxo de acompanha-las aquela noite. Eu gostei bastante das duas garotas e queria desfrutar de uma noite das meninas, como elas haviam nomeado o programa. - Ele nem me avisou que estava vindo! – Comentei com a minha irmã. - Se apresse, pois, a mamãe está lá puxando conversa com ele e você sabe o quanto ela pode ser inconveniente. Concordei com a minha irmã e terminei de dar os últimos toques na minha aparência e logo estava entr
NicolasOlhei para a Laila sem entender seu pedido, mas parei o carro ainda no estacionamento do hospital.- Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou.- Eu... é que... – Ela gaguejou.Ficamos olhando um nos olhos do outro, pelo que pareceu uma eternidade. Eu a achava linda, meu coração teimava em ainda sentir algo por ela, mas minha mente dizia para que eu mantivesse o meu orgulho intacto, que nós não tínhamos chance de dar certo, uma vez que a Laila se mostrou imatura no momento em que eu estava apostando tudo em nossa relação. Eu entreguei meu coração a ela, mas ela rejeitou.Quando eu acreditei que ela iria falar alguma coisa, para explicar o porquê de pararmos ali, a Laila me beijou. Ela parecia receosa, mas seus lábios estavam firmes sobre o meu.A luta interna entre cérebro e coração
NicolasJá passava do meio dia e eu ainda estava deitado em meu quarto, na casa dos meus pais. Era algo que não acontecia desde que eu era um adolescente ainda, mas que já era o segundo dia seguido que eu fazia.Pensava sobre os últimos dias, quando viajei para resolver um problema jurídico da construtora, e a Natasha me ligou, me informando que estava em São Paulo, e eu tentei de todas as formas resolver a situação na obra em Fortaleza o mais rápido possível, para poder chegar em casa e ter uma conversa séria com ela.Eu queria o divórcio, era o melhor a ser feito. Mas qual não foi minha surpresa quando entrei em meu apartamento e ouvi os gemidos de prazer daquela que e