Capítulo 53

Ela continuou séria, apreensiva

- Oi, o que tá fazendo aqui?

Ele a puxou para abraçar, falando perto do ouvido

- Vim te ver, achei que quisesse.

Deu um cheiro e beijinhos no pescoço

- Não quer mais?

Ela correspondeu o abraçando forte, também sentindo o cheiro dele

- Não sei. Eu tenho feito tudo errado!

Ele se afastou um pouco, para a olhar, acariciando o cabelo

- Não fala assim, com o tempo você vai apreendendo.

- Porque não me contou, que era seu aniversário?

- Achou que ficando tão velha, eu perderia o interesse?

Ela sorriu sutilmente o evitando, voltou encostar na mesa reparando na roupa dele, calça jeans, tênis de marca Adidas, camiseta casual preta

- Sei lá. Não queria criar expectativas!

- Foi a Tai, que fez a fofoca chegar até você, né?

Ele encostou ao lado acariciando as costas dela, gostando de sentir o perfume forte, mais marcante

- Não, foi o meu sexto sentido. Ele também me trouxe até aqui.

- Quando você fala de expectativas, é tipo com a data, o presente ou comigo?

- Se ficou chateada, pelos últimos dias, depois que ficamos, eu super vou entender.

- Em minha defesa, tenho...

Ela interrompeu, sorriu sutilmente

- Não, eu sei que não dava, já te falei que não precisa se preocupar comigo.

- Sei que as coisas podem estar confusas.

Ele ainda estava a acariciando, não conseguia não a tocar, se aproximou quase beijando

- Mais hoje da, hoje pode, eu acho né, pode? Ou já desistiu? De nós?

Deu um selinho sútil

- Quero beijar uma loira linda, que vem tirando a minha sanidade, desde que eu a conheci, eu vou dormir e acordo, pensando em você.

- Infelizmente ainda não sonhei e nem acordei ao seu lado.

- Agora eu já nem tento mais resistir, tô doido por você.

Ela virou o rosto o evitando, o abraçou encolhida em seus braços, ele pensou que talvez estivesse forçando uma situação, vendo coisas onde não tinham, se afastou a soltando

- Se você quiser ficar de boa, só na amizade, precisa me falar.

- Não tenho como saber, o que quer, só posso imaginar.

Ela respondeu exultante

- Não. Só que...

- Está sendo o pior aniversário de todos os últimos anos.

- Eu estou na pior hoje.

Encostou a mão na dele em cima da mesa, entrelaçando os dedos

- Eu nem sei o que te falar.

- Desculpa.

Ele percebeu que não devia ser o problema dela, deu um beijo em sua mão

- Então não fala nada, vai ser um relacionamento longo, porque com pouca comunicação assim, nunca vamos brigar.

- Quer ir embora ou ficar?

- Pediu duas bebidas, só pra você?

Ela sorriu com deboche balançando a cabeça que sim

- Ficar.

Ele chamou o garçom, pediu duas bebidas diferentes, ela concordou com as opções, em poucos minutos novamente a mão dele estava a acariciando, nas costas, pareciam um casal de longa data, ele deu um beijinho no pescoço

- Quer comer? Tomar uma água? Um suco?

- Está com frio? Tá toda arrepiada!

Ela estava ficando assim por causa das carícias e proximidade dele, começou rir imaginando que poderiam dormir juntos

- Só quero a minha bebida, pra esquentar.

- E o meu presente? Não trouxe? Ou é você?

Ele começou rir surpreso com o flerte dela

- Está no carro, mas posso ser também, me dá um beijo?

- Pra ver se ficou diferente, como o cabelo?

Ela o acariciou no rosto, beijou a boca lentamente, chupando com brincadeira, ele a puxou pela cintura, enfiou a mão no meio do cabelo a conduzindo para beijar de uma vez, a beijou com muita vontade e sintonia, até perderem o fôlego, os dois ficaram rindo de pertinho, as bebidas chegaram interrompendo, ele se manteve próximo carinhoso, elogiou o cabelo, ficou passando a mão reparando mesmo, não ia dizer nunca, mais preferia antes, todo natural escuro,

disse que estava muito linda e uns cinco anos mais velha, ela o abraçou afetuosa

- A minha idade, é um problema real pra você?

- Pode ser sincero!

Ele a virou de costas, continuou abraçado a segurando pela cintura

- Não vejo como um problema, mas se for pra ter algo sério, como eu espero que seja.

- Em alguns momentos, a diferença vai pesar um pouco.

- Pois eu tenho uma bagagem bem grande e você não.

- Pelo o que já te conheço, acho que não teremos muitos problemas, você é muito tranquila, respeitadora e eu gosto muito disso.

- Não gosto de estar nem perto de alguém, que quer me controlar, se incomodar com a minha família, essas coisas.

- E pra você, te incomoda eu ser um pouco mais velho?

Ela estava bebendo pensativa, se inclinou um pouco para o beijar

- Não sei, acho que pra ser sincera, não vou ter muito o que te oferecer.

- Eu não vivi nada ainda, estar com alguém assim, me deixaria muito insegura.

- Com a sensação de que a qualquer momento, vai se entediar, enquanto eu vou continuar só me encantando cada vez mais.

Ele sorriu, a beijou sutilmente

- Repete a parte de estar se encantando, por favor?

- Relacionamento é uma via de mão dupla, nós dois vamos ter que ceder, as vezes.

- Eu sei a onde estou me metendo, gosto de você ser assim, todo esse entusiasmo de fazer, conhecer.

- A sua lista de desejos.

- Me fez sentir algo, que estava adormecido em mim, a vontade de tentar de novo, me arriscar.

- Nunca vou te privar de viver as coisas, que não conhece, porque eu já fiz ou acho sei lá, bobeira.

- Claro, nada que prejudique o nosso relacionamento, ou envolva outras pessoas.

- Posso até te adiantar, que vou fazer questão, de te mostrar o mundo todo.

Ela começou rir com maldade

- Seiii, vai me dar umas aulinhas particulares, adultas?

Ele começou rir, acariciando ela, barriga, cintura, quadril, desceu até a saia, apertou a coxa a puxando para se encostar melhor de costas nele

- Vou, toda vez que quiser.

- Eu gosto muito de estudar, essas matérias.

- Muito mesmo, e você? Gosta?

Ela estava adorando, segurando o copo com as duas mãos, como se estivesse se fazendo de difícil, sem o corresponder

- Ah eu não tive nenhum professor ainda, só fiz umas aulas bobas com colegas.

- Posso ser meio devagar, vai ter paciência comigo?

Ele a afastou um pouco, rindo

- Vou, muita, é melhor dar um tempo aqui, se não quiser sentir o meu material, escolar.

Ela voltou a se encostar rindo muito, puxou os braços dele em volta de si, até corada ficou

- É sério? Mais eu nem fiz nada!

Ela estava mais soltinha por causa da bebida, ele já imaginou, continuou abraçado como um casal

- Nem precisa fazer muito.

- Posso guardar a sua bolsa no carro, pra gente dançar?

- Eu quero ver fazer o que fez no hotel fazenda, com aquele menino, confesso que fiquei com ciúmes.

- Esse foi um dos motivos, que me fizeram ir até o seu quarto.

Ela foi abrindo a bolsa

- Mentiroso, duvido que teve ciúmes, você nem me deu atenção, o passeio todo.

Estava pegando dinheiro na carteira, ele a impediu

- Não sou mentiroso, é verdade.

- Pode guardar, eu pago tudo.

Ela devolveu o dinheiro na carteira

- Eu não quero sempre depender de você, a maioria pode gostar, mas eu não.

Ele disse que ia se lembrar daquilo, foi guardar a bolsa no carro, pegou um dos presentes, quando voltou ela estava com outro copo de bebida, já era o quarto, ele experimentou, a beijou, disfarçando para ela não tomar mais

- Posso pedir pra tirarem uma foto nossa?

- Não vou postar, ainda, é só de recordação.

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