Ponto de Vista de RileyAcordei com uma dor aguda no meu ventre.Eu sabia o que estava acontecendo: Ryker estava fazendo aquilo novamente. Ele estava me traindo com outra fêmea.Rolei para fora da cama, com minhas mãos se fechando em torno do meu ventre. A onda de dor passou por mim novamente, e gritei, mantendo as mãos sobre a barriga, como se estivesse tentando proteger meu filho que estava para nascer.Eu gemi enquanto rastejava em direção à porta.— Socorro! — Gritei, mas minha voz saiu rouca. A dor veio novamente, pior do que nunca, e eu clamei. — Por favor... Por favor, pare, Ryker. Você está me machucando. — Implorei, mesmo sabendo que ele não estava ali e não me ouviria.Um tipo estranho de medo familiar tomou conta de mim, era o que sempre senti antes de tudo desmoronar completamente e eu temia que isso ia acontecer exatamente agora. Meu filho tinha apenas um mês de formação, e ele "sabia" que eu estava grávida dele.Rastejei em direção à porta, com a respiração ofegante e o c
(Ponto de Vista de Riley)Ao longo da minha vida, ouvi inúmeras histórias sobre rejeição, sobre a dor que a acompanha e a sensação de perda, como se algo estivesse faltando. Eu sabia o que estava por vir e estava preparada, mesmo ao proferir as palavras:— Eu, Riley Kaidon, aceito a sua rejeição. — Respondi, e isso fez com que ele ficasse em silêncio por um momento. Claro, ele não esperava que eu aceitasse sua rejeição tão facilmente, até porque toda fêmea sonharia em ser a companheira do Alfa. No entanto, eu havia sido uma dessas fêmeas até descobrir que ele não era tão encantador quanto eu imaginava.Senti a dor, exatamente como eu havia previsto. Era um tipo diferente de dor, algo que vinha de dentro, mas o que eu não senti foi a perda…Como se poderia perder algo que nunca se teve?Estava tudo acabado. Todos os meus sonhos de encontrar um companheiro haviam ido por água abaixo. Fui entregue a um monstro como companheiro, que me usou, tirou tudo de mim e, depois, me descartou como s
No baile de acasalamento(Ponto de Vista de Riley)Ryker estava sentado com sua companheira, e eu me acomodei ao seu lado, perto o suficiente para ouvir os sussurros que ele havia dito a ela, para vê-lo beijá-la, para ouvir os gemidos suaves dela enquanto as mãos dele desapareciam sob o vestido dela… Mas essa não era a pior parte. A pior parte era ter que ver minha mãe, reabastecendo o copo dele como se fosse a serva que ele queria que todos soubessem que ela era.Tudo o que eu sentia era raiva em uma fúria ardente.Eu me virei para não olhar para eles, concentrando-me em manter minha respiração estável.— Você é bastante lenta, sua velha. — Ryker disse para minha mãe, que fingiu não ouvir enquanto enchia o copo dele pelo que parecia ser a centésima vez.Minha mãe me olhou e em seus olhos havia uma advertência, implorando para que eu ficasse parada e não fizesse nada de imprudente, e foi preciso toda a minha força para me manter imóvel.— Você se esqueceu de servir novamente o meu. — Z
(Ponto de Vista de Riley) Muitas coisas passavam pela minha cabeça, mas eu não conseguia me conter enquanto deixava meus lábios se moverem contra os dele, suas mãos passavam pelos meus cabelos e eu o deixava me tocar de maneiras mais íntimas. O beijo dele foi algo que eu nunca tinha experimentado - era como uma lufada de ar fresco e, ao mesmo tempo, sufocante. Eu sentia tudo e, simultaneamente, nada - a eletricidade percorrendo meu corpo não tinha nada a ver com um vínculo de companheirismo, mas tinha tudo a ver com o anjo caído à minha frente. Não, ele não era um anjo, talvez fosse até o oposto, mas definitivamente tinha a aparência de um deus grego.Finalmente, ele se afastou, e eu fiquei ofegante, querendo mais, com os lábios inchados. O que diabos tinha acabado de acontecer? E por que o Alfa Thane estava me chamando de sua companheira, quando eu tinha certeza de que não era dele? Pelo olhar dele, eu sabia que ele também sabia disso.— Finja. — Ele sussurrou no meu ouvido, baixo o
(Ponto de vista de Riley)Tudo em Alfa Thane exalava sensualidade: a maneira como ele andava, sua altura, seu olhar, seus lábios - Deus, aqueles lábios tão bonitos, e a forma como eles haviam pronunciado meu nome. Nunca pensei que meu nome pudesse soar tão sexy e sedutor... Além disso, a última coisa que eu deveria estar pensando naquele momento era como ele era atraente.-No entanto, ele estava certo. Se quisesse que eu morresse, não precisaria passar por todo aquele esforço para fazer isso. Com seu poder ele só precisaria fazer isso ali mesmo, no baile de acasalamento. Afinal, eles eram conhecidos por isso, então não seria exatamente uma surpresa, e não muitos se importariam com o fato de eu ser morta - minha mãe, porém, se importaria.— Então, o que você quer?— Eu quero que você venha comigo, como minha companheira. — Ele respondeu, como se fosse a coisa mais simples e óbvia do mundo.— O quê?— Acho que você me ouviu claramente, e só precisa de um tempo para processar isso.— Não
(Ponto de Vista de Riley)Não fazia sentido.O Alfa Thane da Alcateia Noite Eterna havia me escolhido, e eu tinha muito a ganhar - a liberdade da minha mãe, "minha liberdade", e riqueza - muita riqueza. Parecia quase bom demais para ser verdade. Ele me dissera que nunca fazia acordos nos quais não tivesse algo a ganhar, mas não conseguia imaginar o que ele poderia ganhar ao ser companheiro de uma pessoa como eu.Ainda assim, suas promessas eram tentadoras, cada palavra, e eu sabia que ele estava certo. Eu sabia que aceitaria seus termos, quaisquer que fossem, desde que minha mãe fosse livre.Ele não era um cavalheiro, onde ele mesmo me havia concordado com isso, e essa era a única coisa em que eu acreditei. Após a breve conversa, ele me deixou ali sozinha para refletir sobre sua proposta. Não, ele não se deu ao trabalho de me acompanhar de volta ao baile de onde me havia levado - estava, de fato, me deixando saber, até mesmo com seus pequenos gestos, que tipo de homem ele era.Quando e
(Ponto de Vista de Riley)Eu não sabia o que minha mãe tinha contra Alfa Thane e seu pai, mas ela havia concordado em vir comigo depois que eu a convenci. Tive que contar a ela o que Ryker queria que eu fosse - um pequeno animal de estimação para ele - e isso foi tudo o que ela precisou para finalmente mudar de ideia. Embora ela não gostasse dessa ideia, e eu soubesse disso, ambas sabíamos que não tínhamos outra escolha, e eu preferiria morrer a deixar minha mãe nesse lugar.Ela me ajudou a fazer as malas. Eu tinha poucas coisas, por isso selecionei apenas as mais importantes, e uma única bagagem era suficiente para levar meus pertences.-Sem a menor cerimônia, Alfa Ryker entrou no meu quarto, ignorando completamente a necessidade de bater.— Você sabe que é muito inadequado entrar no quarto de uma dama sem bater, não sabe? — Perguntei, e minha mãe me lançou um olhar interrogativo, mas dessa vez eu não dei ouvidos.— Agora a verdadeira Riley está mostrando as suas garras. Eu sabia que
(Ponto de vista de Riley)Não percebi que fiquei ali, apenas olhando para ele.Finalmente, recuperando-me do momento de distração, entrei no escritório de Ryker.— Acredito que você está pronta e com tudo arrumado, Riley.— Sim, Alfa. — Disse, um pouco atrasada.— Me chame de Thane. — Ele ordenou, com seu olhar intenso sobre mim, e naquele momento, esqueci completamente de Ryker, que estava no escritório conosco. — Como prometido, sua mãe está livre, e ela virá conosco. — Comentou. Minha boca se abriu em surpresa. Tão rápido? Dez anos de escravidão haviam terminado em apenas minutos…Ele estava certo. Havia muito pouco que ele não pudesse fazer, e não pude deixar de me perguntar o que ele havia feito para que Ryker cedesse. — Estarei esperando no carro. Pegue suas coisas e me acompanhe. Sua mãe será transportada para a minha alcateia amanhã, e não se preocupe, ela já é uma senhora livre. — Thane informou, com seus olhos deslizando de mim para Ryker.Eu não fui a única afetada pelo olh