Capítulo 5
(Ponto de vista de Riley)

Tudo em Alfa Thane exalava sensualidade: a maneira como ele andava, sua altura, seu olhar, seus lábios - Deus, aqueles lábios tão bonitos, e a forma como eles haviam pronunciado meu nome. Nunca pensei que meu nome pudesse soar tão sexy e sedutor... Além disso, a última coisa que eu deveria estar pensando naquele momento era como ele era atraente.

-

No entanto, ele estava certo. Se quisesse que eu morresse, não precisaria passar por todo aquele esforço para fazer isso. Com seu poder ele só precisaria fazer isso ali mesmo, no baile de acasalamento. Afinal, eles eram conhecidos por isso, então não seria exatamente uma surpresa, e não muitos se importariam com o fato de eu ser morta - minha mãe, porém, se importaria.

— Então, o que você quer?

— Eu quero que você venha comigo, como minha companheira. — Ele respondeu, como se fosse a coisa mais simples e óbvia do mundo.

— O quê?

— Acho que você me ouviu claramente, e só precisa de um tempo para processar isso.

— Não… Eu não preciso de tempo. Eu não sou sua companheira e eu sei disso, assim como você sabe disso. Eu não posso simplesmente deixar minha alcateia e ir com você.

— Você não parecia gostar muito da sua alcateia.

— Isso não significa que eu gostaria de ir com você.

— Deixe-me esclarecer isso. Você seria minha companheira por um período determinado por mim, e durante esse tempo, seria bem remunerada. Eu te daria o que você quisesse. Tudo o que você precisa fazer é concordar com as minhas regras, e quando isso terminar, você estará livre.

— Eu não quero o seu dinheiro, e nunca vou confiar em você.

— Você não quer o meu dinheiro? — Ele perguntou, parecendo surpreso. — Mas você parece precisar dele.

— Você está me chamando de pobre? — Perguntei, mesmo que fosse exatamente o que eu era: pobre e miserável.

— Esta seria uma oportunidade para você. Eu sei como o Ryker te trata...

— E você me trataria melhor? — Questionei, e sabia que ele odiava o fato de eu tê-lo interrompido no meio da frase.

— Não exatamente, mas você receberia seu dinheiro no final do dia. Não é isso que importa?

— Não… Isso não é o que importa.

— Então, o que importa?

— Existem tantas outras coisas... Eu nunca poderei deixar minha mãe aqui.

— Então tudo bem. Ela pode nos acompanhar.

— Você não está entendendo.

— Faça-me entender, então. — Ele disse, com seu olhar intenso sobre o meu, e eu não consegui sustentar o contato visual. Desviei os olhos.

— Ela é uma escrava aqui, fora que ainda tem dez anos de serviço para cumprir. Se eu for embora... — Balancei a cabeça lentamente. — O Ryker faria da vida dela um inferno, e eu nunca permitiria isso. — Admiti, sentindo-me estúpida por contar tudo isso a ele. Era um problema meu, e ele não poderia fazer nada a respeito.

— Isso! Algo para negociar.

— O quê?

— Sei que você sonhou incontáveis vezes em ver sua mãe livre, e eu tornaria esse sonho realidade.

— Você não pode. Ela ainda tem dez anos de serviço, e nada pode mudar isso, nem mesmo você, Alfa Thane.

O sorriso presunçoso permaneceu em seus lábios.

— Eu a compraria.

— E depois? Ela se tornaria "sua" escrava? — Perguntei, com o amargor escorrendo pelas palavras. Eu sabia que deveria tomar cuidado, pois eu estava diante de Alfa Thane, mas não conseguia me controlar.

— Eu não esperava por uma pessoa tão feroz, mas posso lidar com isso. — Ele comentou, e eu não queria entender o que isso significava. Claro, para todos, eu era a tipo submissa e humilde, mas sempre carreguei meus pequenos demônios dentro de mim, e naquele momento eles não ficariam mais escondidos dentro. — Sua mãe seria comprada por mim, mas eu a libertaria. Ela não seria mais escrava, e eu lhe daria um emprego digno - ela seria protegida e respeitada na minha alcateia

— E por que você faria tudo isso?

— Eu já te disse antes. Faria isso porque quero você ao meu lado - por um período de tempo.

— E depois disso, minha mãe e eu estaremos livres?

— Sim, você pode permanecer na minha alcateia, se quiser, ou ir embora, também é uma opção. Seja como for, você se tornaria uma bilionária. O que acha dessa oferta?

— Parece bom demais para ser verdade. O que você ganha com isso?

— Muito. Tenha em mente que eu não faço negócios que não sejam benéficos para mim. Eu tenho algo a ganhar com isso.

— E o que seria?

— Não é da sua conta.

— Então, como eu posso confiar em você?

— Você não saberia se pode ou não, mas eu manteria minha palavra e aproveitaria cada dia ao seu lado. Só que você aproveitaria ainda mais. No fim, acredito que estaria de joelhos, implorando para ficar. — Ele prometeu, parecendo muito seguro de si.

— Isso, Alfa Thane, seria a última coisa que eu faria.

— Nós veremos sobre isso, Riley.

Ele havia me chamado pelo meu nome. Novamente, eu queria perguntar a ele - queria saber como ele havia descoberto meu nome, mas então ele falou.

— Vamos apenas dizer que preciso que meu pai acredite que estou acasalado por enquanto. — Ele informou com um sorriso que me dizia que havia muito mais nisso, mas uma pergunta continuava ecoando na minha mente.

— Por que eu? Quero dizer, há muitas outras lobas nessa alcateia… Há ainda mais na sua alcateia e em outras. Então, qual seria o motivo da sua escolha?

— Bem, não posso responder. Ainda estou tentando descobrir o motivo. — Ele comentou.

— Por quanto tempo eu ficaria com você? — Perguntei.

— Acho que isso deve ser discutido quando você chegar. — Ele respondeu, e, embora eu não concordasse com isso, não argumentei.

— E se eu não concordar com os termos? — Questionei.

— Você vai concordar, mas se o fizer, eu a deixarei em paz. No entanto, você não pode contar a ninguém o que aconteceu entre nós, nem mesmo à sua querida mãe ou ao seu amigo mais confiável, entendeu?

Havia algo em sua voz - a autoridade que ela carregava.

— Sim, entendi. — Ouvi minha voz responder. Eu tinha uma última pergunta, uma que eu tinha medo até de fazer. — Como posso saber que estarei segura com você? — Finalmente liberei a pergunta, e ele se virou para me olhar. O olhar intenso dele estava sobre mim, e ele parecia um verdadeiro predador.

— Você não estaria. Eu não sou um homem muito gentil, Riley, e deveria saber disso sobre mim. Eu a protegeria de todas as outras pessoas, exceto de mim mesmo.

— Você me machucaria? — Perguntei.

As mãos dele desceram suavemente pelas minhas bochechas.

— Sim.
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