Assenti quando Edna perguntou. — Liz sugeriu aderir ao jovens aprendizes, achei uma boa ideia, mas não sei como esta a questão financeira da empresa pra isso, precisará de mais computadores e tudo a mais. — Assenti,se depender dela teremos mais mudanças. — Lizandra pode vim a minha sala por favor? — Pedi educadamente temendo uma recusa.Apenas afirmou, segui para a minha sala, não demorou a bater. — Pode entrar. — Lhe vi caminhar a passos lentos, a bota preta até o inicio das pernas, junto ao vestido lhe cairam bem, dias sem um sexo de respeito olhei para o quadro atrás da parede. — Meu pai disse que tem ideias, se importa em esclarecer. — Negou, sentou no sofá. — Já passei algumas delas pra Edna, não vou poder ficar muito tempo com vocês... Eu vou? — Ergui a cabeça para lhe olhar, sentada com as mãos unidas pensando, enquanto prensou os lábios ao dizer. — Como? Porque? — Sorriu ao tentar encontrar respostas. — Bem, não vou poder ficar com vocês, tenho que cuidar de algumas coisas pe
Me afastei totalmente de Lucas, não queria lhe dizer que ele era o pai do bebê em meu ventre, mas trabalhando no mesmo lugar não restava muita escolha a não ser encontra-lo sempre em algumas ocasiões, meu pai assumiu as quarenta por cento das ações da Luxus, em meu nome, ele achava justo que isso fosse meu, um lugar digno para morar, parte de uma empresa, por ele ter conquistado tudo que tem com a ajuda da minha mãe, nome, dinheiro e principalmente respeito, mas o que mais me tocava com a sua mudança era a sua presença constante em minha vida. Sempre vindo e indo em nossa procura, eu sentia que ele não estava bem com a sua segunda família, mas nunca questionei, ele não tocava no assunto, mas ao invés de deixar um espaço no sofá da sala, preparei um quarto para ele em minha casa, enquanto o meu coração abria espaço para aquele novo Fernando, aquele que precisou perder para dar valor, um homem de idade, corpo, mas um menino, um por completo estando a mercê da sua fada mandona Alice Alb
Eu não entendi porque a conversa simplesmente tomou este rumo, eu sei que expus a sua verdadeira identidade, sendo filha de Fernando Góes, o nosso sócio, ela não seria mais Liz, Lizandra, seria apenas a filha dele, o meio de chegar até ele, todos queriam se aproximar dele. Mas antes que pudessémos conversar Liz saiu da sala, sai em seguida em seu rastro, quando entrou no banheiro ouvi seu choro, eu fui um canhalha ao envolver a nossa vida pessoal com o trabalho, eu sei, mas tudo mudou tão rápido, era como se estivesse seguro dentro de um elevador e ele de repente desabar, se abrir me revelando o poço, ela se afastou de mim sem motivo. — É meu? — Perguntei para a mulher que saiu do banheiro, me olhou com os olhos vermelhos. — E se for? O que vai fazer? — Suspirei fundo, ela foi pra pia, lavou o rosto, fiquei atrás dela a espera de uma resposta, mas quando ergueu o rosto, negou. — Não é seu, Lucas Tyler, não se preocupe com isso, não lhe dei o golpe da barriga. —Sorriu com o rosto mo
Com a minha gravidez, a recuperação da minha tia e os cuidados com Alice, me afastei da Luxus num momento importante, não era apenas isto que me fez sair, os olhares maliciosos na minha amizade com Lucas também, havia fumaça, aliás muitas fumaça na nossa amizade, denunciando um fogo terrível que nós não demorariamos muito a ceder. Ele sempre estava por perto, entre abraços, e até mesmo na meu assento vendo o que fazia ou não durante o trabalho, se quem estava de longe imaginava e via coisas, quem estava dentro e perto, calculava ainda mais, depois que nós ficamos na cachoeira naquela noite, nunca mais tivemos mais nada. E por uma série de notas da imprensa, acabei sendo pressionada a me afastar da empresa. Dois anos passaram, nasceu o meu filho, Atos, sem pai, mas com dois avôs presentes e uma tia avó, além de uma irmã bastante carinhosa, os lucros da empresa nos mantiveram neste anos, o rendimento não foi pouco, e apesar de sentir necessidade de trabalhar, isso eu faço mais em casa
Cansado de mendigar afeto, atenção e principalmente um pouco de qualquer coisa de Liz, simplesmente me afastei dela, a sua barriga crescia e eu pude acompanhar até os seis ou sete meses, quando Augusto nasceu roubou toda a minha atenção, os pais de Olga não lhe perdoaram nem mesmo foram visitar o seu neto uma vez se quer. Não voltamos a nos envolver, apesar das notícias se espalharem, passei a sair com mulheres por puro sexo e diversão, mas para Olga não tive mais vontade, ela brigando ou reclamando de tudo ao utilizar o título de mãe do meu filho já era chato, sendo namorada, noiva ou qualquer outra coisa seria demais. Meu pai começou a namorar para reconquistar a sua auto-estima, com a senhora Ivone, e como Liz ele meio que se afastou também, visitou Augusto duas vezes, o moleque que hoje tem um ano e dois meses.Minha vida não mudou muito com a saída deles, alguns funcionários deixaram a empresa e por não suportar a vida de mãe, doméstica Olga me pediu para trabalhar, conhecendo
Sem entender muito sobre administração, aqueles papeis soltos tudo por completa bagunça a sala da presidencia me foi entregue, eu me senti uma completa garota, mas os funcionários fizeram festa para me receber, jurei a mim mesma que a modéstia, a simplicidade e a vontade de aprender sempre estaria comigo quando coloquei o meu primeiro pé naquela sala. Na mesma manhã de segunda-feira, Lucas não apareceu, mas Olga, Gustavo e Luciano estavam lá, com sorrisos de canto a canto na boca, juntos com zeladoras e uma turma arrumamos a sala, separamos papéis, a empresa não estava com problemas somente com fornecedores, luz, água, internet, o salário que venceria no dia vinte, faltando apenas três dias para pagar quarenta e oito funcionários não tinha nem mesmo dez por cento no caixa.Eu queria compreender o que se passava na cabeça de Lucas, naqueles meses que esteve ali, o que estava havendo. Sem muitos recursos liguei para o meu pai, aquele prédio não se tornou apenas sonho do senhor Aloisio,
Eu queria me afastar, ir para longe mas a cada cliente que oferecia as ações do antes era uma empresa renomada recusava, eu me senti preso a Luxus, e a medida que os meses foram passando, nenhum recurso caia em conta, eu sabia que a empresa ia falcência, por ousadia do meu ego, decidir visitar, e ao chegar a empresa tudo era diferente, as ideias que ela sempre aprensentou foram ganhando vida. Não adiantava ir longe, Lizandra marcava presença onde quer que fosse. — Olha amor, a empresa saiu na capa da revista? — Voltei alguns passos para ver o que Olga lia, olhando a capa da revista, imaginei que eles estivessem pagando por visibilidade, mas não ficou somente em um, outras manchetes vieram, e logo ficou evidente sua ação, ela havia tirado o foco da mídia em si, em mi, pôs na empresa, e tudo que fazia nela virava alvo. Talvez meu pai não tenha errado, estou velho, maquinado, trabalhado pelo capitalismo, não sou que estava cansado da empresa ela que estava cansada de mim, velho sugan
Tudo que aconteceu com Liz, não havia outro culpado era por minha culpa, sempre ir ao hospital e lhe ver sem movimentos, sem falar ou sorrir me angustiava bastante, abri mão de tudo para estar ao seu lado naquele momento, com os negócios no exterior o senhor Fernando precisou viajar, deixando a senhora Cassandra para cuidar de tudo, mas como? Uma semana passou rapidamente, convivendo com Liz no hospital, as crianças em casa, numa manhã quando acordei ao chegar perto da pequena seu corpo magro estava vermelho e quente, não sabia o que fazer, entre delirios chamava pelo nome da mãe, o suor pingava do seu rosto molhando a cama, trêmula de febre a desenrolei por inteira, liguei algumas vezes para a tia, mas não houve respostas. Ao lhe ajudar com o banho, temi que entrasse em coma, a sua febre poderia ser devido a falta da mãe, Lizandra tem muita sorte em ter uma filha tão linda. — Titio temos que ir ao hospital. — Me disse ao abri os olhos, cocei a cabeça preocupado, leva-la ao hospital