PIETRO RINA Casei muito novo com uma mulher que eu não gostava, sempre fui muito rebelde, mas meu pai tinha total domínio sobre mim. Eu era apaixonado por uma garota da faculdade, mas ele queria que eu casasse com uma garota que não era filha de homem de um dos seus aliados, era uma garota filha de um soldado dele. Esse soldado salvou a sua vida e morreu em decorrência disso, deixando uma filha pequena que a mãe criava. No leito de morte meu pai prometeu a Pele jamis deixar skua familiar desamparada. Ele então por gratidão e para dar uma vida melhor a única filha que ele tinha, falou que eu iria casar com ela. A Georgia era uma moça simples, bonita, mas não era a mulher que eu amava, e infelizmente eu terei que fazer aquilo que o meu pai desejava, e aquilo para mim foi o fim, se eu já era ruim, passei a ser mais. E eu não poderia mais ver a mulher que eu tanto queria casar e me casei com ódio no meu coração. Os dias ao lado dela eram ruins, ela tentava me agradar, ma
CARMEM NARRANDO Eu mal dormir, estava em alerta por causa dela, a minha bonequinha gemeu a madrugada toda e não conseguia achar uma posição direito. Ela sem sombra de dúvida estava procurando o cheirinho da mãe. Perto das 6h ela acordou chorando e eu dei o remédio e pedi a Val para pegar o leitinho dela. Não demorou muito ela ficou tomando e logo dormiu. Mandei uma mensagem para a outra pediatra que faria plantão comigo que iria chegar um pouco mais tarde, mas que chegaria, eu só iria sair dali quando a Liza chegasse. Não ia conseguir ficar tranquila com ela assim, com dor. A Liza falou que chegaria cedo, e mais agora com a Aninha assim. Bom, vou esperar ela chegar. Deito e durmo mais um pouco. Acordo umas 8:30 e ela ainda dorme, coloco uns travesseiros perto dela e vou tomar um banho rápido. Volto para o quarto e pego as minhas roupas na bolsa e troco de roupa olhando o meu pacotinho de gente. A Val veio aqui perguntando se eu não ia descer para comer, falei que não. S
ALEX NARRANDO O relógio desperta às 8h, o meu corpo quer ficar na cama, porém lembro que não sou uma pessoa sem obrigações. Eu tenho que ir fazer mil coisas, mas hoje me dei o direito de acordar tarde. Pego o celular e tinha algumas mensagens e ligações não atendidas, eu tinha deixado no silencioso, nem deveria fazer isso, mas esqueci completamente. Primeiro, porque meu pai está na UTI e, segundo, porque meu filho está longe de mim. Mas ainda bem que eram ligações, do setor técnico da DENARO, tinha enviado os projetos para eles avaliarem. Tinha ligações da Carmem e outra da Noemi, ambas acho que não eram nada demais, porque ambas não deixaram mensagens e nem tentaram outras vezes. Ligo para Noemi. — Oi, Alex. Boa tarde aqui, bom dia ai. - Rimos. — Verdade, essas 6 horas de diferença atrapalham muito. Está tudo bem com vocês? E o nosso bebê? Como está? — Está melhor, já a todo vapor, mas sentindo saudade do pai. Vira e mexe é papapa pelos cantos e até chora — meu c
PIETRO RINO Quando o Enzo saiu daquela UTI eu sabia que aquela mulher iria entrar aqui o meu coração acelerou, não por que sinto algo por ela, porque na verdade até sinto ódio por ela ter me afastado de um dos meus melhores amores. Mas com o tempo eu aprendi que fui muito ruim com ela, o meu pai soube de tudo que eu fazia e por pouco não me expulsou da máfia, o fato de ao encontrar a minha filha não ter feito nada com a Georgia também foi por causa do meu pai, que falou que se eu tocasse num único fio do cabelo dele, ele me tirava até as calças. Ela entra e seu rosto nem mudou muito, só marcas de expressões mesmo. Ela estava com os olhos como bola de fogo de tanto que deve ter chorado. — Olá Pietro. - Ela responde de forma seca e extremamente seria e muito abatida. — Oi Georgia. - ela chega perto da cama, e pega a mão da Pati. — Ow filha que saudade meu amor, que saudade. Você nao imagina a dor em te ver assim, ah meu amor se eu pudesse estar no seu lugar eu faria
CARMEM NARRANDO Esse dia parece que não tem fim, estou exausta de verdade, mas nada vale mais do que ver os meus pacientes bem e a minha Aninha melhorando, já tinha falando com a Liza e ela estava sem febre e um pouco mais animadinha, mesmo ainda mais caladinha.. Cheguei na sala dos médicos e a Karol estava mexendo no celular, achei que ela estava meio calada esses dias, comigo, não com o Ru, acho que é porque sou irmã dele. — Eita mulher sumida. - Ela diz enquanto sendo ao seu lado. — Menina ontem foi uma loucura, te falei que esqueci que ia dormir com a aninha e para completar ela ainda estava dodói. Se eu não tivesse ido, ia me culpar muito. Coisas de s=tia bem superproterora. — Eu que ia aguentar as lamentações. - Ela fala com um olhar de graça. — Ia mesmo, eu não aguento as suas? tem obrigação de aguentar as minhas. Aliás você como a minha amiga tem obrigação de aguentar tudo, lamentações de machos, de amigos, de TMP de briga de che.... — Chega, tudo bem,
ALEX NARRANDO Agora era a hora da verdade, quando eu entrei em seu quarto tinha dois médicos e uma enfermeira. O meu pai estava acordado, com os olhos bem abertos, ainda estava respirando com ajuda de oxigênio, mas era pouca coisa. Colocaram mesmo para ele se sentir mais confortável, segundo os médicos falaram. — Bom dia a todos — meu coração estava a mil batimentos por segundos, eu e meu pai nos olhávamos. — Bom dia, Alex, estava vendo como o seu pai está evoluindo bem, agora mesmo estávamos aqui conversando com ele, falando como você vem aqui todo dia e ficava nessa cadeira conversando, mesmo sem saber se ele estava escutando. Isso foi muito importante para a recuperação dele, querendo ou não, o abraçar da família é algo primordial nessa hora. Agora vamos deixar vocês a sós. Mas não canse muito ele não, viu, cuidado aí com as emoções vocês dois. — Obrigado por tudo, doutor — eles sempre foram muito solícitos, desde o primeiro dia que vim ver o meu pai. — Não p
ALEX NARRANDO Fiquei esperando a sua resposta com uma certa ânsia, queria só ter a certeza que o que ele passava era mentira, que na verdade ele era um homem de família, mas a dor o transformou no que ele é hoje. — Amava muito, eles sempre foram muito presentes na minha vida, só desandou quando ele não aceitou sua mãe. Lá na Espanha, com o dinheiro que a sua avó me deu, eu iniciei um pequeno negócio, e aí as coisas que eu comecei a trabalhar pareciam que iam prosperar logo e ela já estava grávida quando chegamos lá. Quando soubemos ficamos radiantes e nem acreditamos que seriam gêmeos. — Então você amou saber que ela estava grávida de nós? — Aquilo ali era crucial. — Sim, sempre quis ser pai, ela era louca também para ser mãe. E aí vinha logo dois, foi algo que nos deixou em uma felicidade sem igual. — Entendi — eu ainda não vou perguntar algo mais direcionado, vou deixar ele terminar de contar. — Já estava bem perto de vocês nascerem, certo dia, ela saiu. Ness
AKIN NARRANDO Desde que a Jess saiu da minha vida que eu não soube mais dela. Afinal o nome dela não era na verdade Jess. Daí o porque que eu não consegui mais encontrá-la. Fui a Washington para falar com a sua mãe, eu só queria respostas. Afinal ela nunca me falou do pai, só que eles eram separados. Mas encontrei uma muralha intransponível, apesar de ser uma pessoa maravilhosa não quis me ajudar. Disso apenas para eu esquecer a Jess, que ela tinha falado para sobre as nossas brigas e aquilo foi um dos motivos também dela querer ir morar com o pai e aquilo me doeu muito. Ali naquele momento eu achei que mesmo que eu fosse atrás ela não me aceitaria. E fui tentar viver a minha vida se ela me amasse um dia poderia voltar, mas ela nunca mais voltou a me procurar. Voltei para Turquia pra tentar vê se essa dor diminuía em mim. Vim para cá porque recebi a proposta de um amigo médico daqui e eu queria fugir se todas as dores que dizia respeito à nossa relação. Então veio a Carmem,