TOM NARRANDO. Estamos voltando para casa, ela dorme aqui no meu ombro tão tranquila. Esses dias foram uma avalanche de sentimentos. Está sendo muito bom dividir coisas com ela. Fico impressionando pelo nível de maturidade que apresenta com tão pouca idade. Mas no fundo sei bem porque, ela á uma mulher que foi forçada a ficar madura, sendo perseguida como foi, não tinha como ser diferente, aprendeu a duras penas a sobreviver rodeada de incertezas, mas o incrível é que tudo isso poderia trazer-lhe medo, ao contrário fez crescer uma força sem igual. Eu não poderia ter escolhido uma mulher melhor que ela. Em pensar que quase a perdi, nem gosto de pensar. Começo a ficar sonolento. Acordei sentindo o avião aterrizando, acordei ela, pois daqui a pouco estaríamos na nossa casa. Ao chegarmos era caixa por todo lado, chegaram as coisas dela e vi a felicidade no seu olhar, que bom, talvez essas coisas a fizesse começar a pensar que ali seria o seu lar e teria um pouco de sua identi
ELIZA NARRANDO. Quando o Tom chamou-me para jantar na casa dele, de imediato eu pensei em não aceitar. Mas em nome do amor que eu tenho por ele, eu resolvi colocar todo o meu orgulho de lado e ir, queria, sim, tentar de todo jeito viver bem com essa mulher. Não viver bem, acho que essa não é a melhor palavra, mas que a convivência fosse de forma civilizada. Primeiro chegamos lá a mulher mal olha na minha cara quando eu entrego-lhe o presente que compramos, até aí tudo bem. Mas depois ela começa a desdenhar? oi?? Eu jamais deixaria ela ou outra qualquer pessoa fazer isso comigo, não eu não nasci para servir de degrau para ninguém. Que fizer vai receber a altura, ela sendo ou não a mãe dele. A coisa piorou quando ela começou mais uma vez a falar mal da minha mãe. Saio daquela sala antes que eu cometesse uma loucura, porque a minha vontade era meter a mão na cara dela, nem ia respeitar a idade. E se ela pensa que eu me intimido com ameaças coitada. Vivi sobre ameaças tanto
TOM NARRANDO Eu não imaginei que um simples jantar depois de tudo que aconteceu no casamento poderia sair tão ruim assim. Pelo jeito a minha mãe não vai mudar nunca. O que eu não entendo nisso tudo é ela me amando tanto, e sabendo o quanto a Eliza me faz bem, não abre mão dos sentimentos ruins que carrega dentro de si. Isso me deixa muito irritado. Agora eu realmente acredito que ela exagerou a vida toda sobre esse sentimento ruim em relação a mãe da Liza, ela e o louco do Marco vivem para serem infelizes só pode. Eu nunca mais vou entrar nesse jogo, amo a minha mãe mais preciso separa o joio do trigo. No fundo ela sempre quis minar a minha relação com o meu pai. Necessito eliminar por completo as coisas que a minha mãe tentou colocar na minha cabeça e fazendo magoas surgirem de uma pessoa que nada tinha haver com a história. Saber que as duas mulheres que mais amo na vida não se suportam é muito ruim. Mas na verdade o problema nunca foi a Liza, ela não é esse tipo de
ELIZA NARRANDO Que noite foi essa? briga com a sogra, descubro que ele tem um hospital, o pai do Tom com um tumor, salvando o primo do Tom, o tio dele tão falado, me pedindo para chamar de Tio. Realmente foi bem tenso. Estamos a caminho de casa, já são 4h da manhã, estou bem cansada. Chegamos e fui direto para o banho enquanto ele foi para cozinha, estava com fome, mal comemos na casa da mãe dele. Sai do banho e ele estava sentado numa cadeira que tinha no quarto e cochilava. Dei um beijo no seu rosto. — Amor, vai tomar banho, e vem deitar. - Tadinho já era bem tarde. — Poxa, dormir que nem senti. - Dou um sorriso para ele. — Vou tomar banho já volto. — Tá amor. Ele foi para o banho, e eu resolvo pegar o meu celular que eu não pegava a bastante tempo, desde que nasci da casa da Naja. Deito e vou olhar mensagens. — “Oi, como foi a viagem de volta? Por aqui as coisas estão uma confusão na minha cabeça, mas espero que o tempo me ajude, afinal foram minhas escolhas e agora
MARCO NARRANDO Os dias vêm se passando e eu estou mais calmo, às vezes penso em deixar isso de lado, mas daí vem a vontade de completar essa vingança. O pior nisso tudo é que os meus filhos e a Martina estão se afastando de mim. Depois daquele envelope, nem Francesco, nem Vittorio chegam para conversar como antes. Não que eles não venham, mas é com menos frequência, até o Vittorio que sempre foi mais apegado a mim, tem viajado mais do que antes, coisa que ele não fazia e acho que é por causa do que aconteceu. Estava no escritório quando a Martina veio me chamar para jantar. — Onde estão os meninos? - Falo ao sentar à mesa. — Esqueceu que ambos viajaram hoje cedo e vai aproveitar e passar o final de semana em Roma. — Mas agora é isso, estão viajando sem parar? - Falo áspero. — Eles estão trabalhando, não estão a passeio. - Não suporto quando eu falo com ela e ela me fala nesse tom. Mas vou respirar fundo. Estou tentando fazer o certo. — Por que você passa tanto
FERNANDO NARRANDO A Márcia não tem jeito, por mais que nós tentamos conversar, eu o Tom e até o irmão dela, ela continua irredutível em relação a Eliza, e tem horas que eu penso que ela realmente pode fazer alguma coisa contra a Liza. Como se não bastasse tudo isso, em relação a Liza, ainda tenho que suportar um pouco querendo me matar que na verdade não sei se é o Marco. Para fechar com chave de ouro aparece um tumor. Eu não preciso de mais nada para desgraçar a minha vida, não ando tendo um minuto de paz na minha vida nos últimos meses. A única coisa boa nisso tudo é a Paola que tem dado um sopro de vida a mais a meus dias. Infelizmente pela segunda vez eu irei sucumbir às vontades dos outros. terei que fechar os olhos para esse novo sentimento que tem me dominado. Mas ela é só uma menina, preciso tirar isso da minha cabeça. Hoje é dia da Liza conhecer seus parentes, estou muito feliz, espero de coração que ela se sinta mais feliz e aos pouco ela vá se sentindo mui
ELIZA NARRANDO Por volta das 14 horas resolvemos tomar um banho e ir almoçar, eu tinha que visitar o Luigi mais tarde e já estava ficando tarde. Se fosse depender do Tom ficaríamos na cama o dia todo. Em pensar nisso dou um pequeno sorriso.Fomos para cozinha, enquanto ele arrumava a mesa eu fui esquentando o almoço. — Amor, onde você comprou essa comida? Que cheiro maravilhoso. - Já estava com água na boca. — Eu não comprei amor, quando eu estava falando com você lá em casa, a Lucia passou por mim. Então quando eu estava para ir embora ela me chamou e entregou essa sacola com toda essa comida. — Ai que amor, ela é um doce mesmo e cozinha divinamente. — Isso aqui está divino. - Amo Lasanha só de queijo. — Eu não sabia, mas que bom que você gosta. - Ele piscou o olho para mim. Sentamos para comer e ficamos conversando, sei que pulamos fases na nossa relação e era bom ficar assim conversando, um perguntando ao outro as suas preferências e outras coisas mais. — T
CARMEM NARRANDO Depois que sai da casa do Alex aquele dia tudo mudou em mim. Era a primeira vez que eu amava de verdade e estava jogando isso no ralo. Estou me questionando o tempo todo se fiz o certo. A minha vida inteira eu fui a queridinha do papai, acabou que eu sempre tive tudo que quis, os meus pais faziam tudo que eu queria, era incrível como todas as minhas vontades eram atendidas. No fundo isso foi péssimo para mim. Quando olho para Liza vejo que o meu amadurecimento é lento, ela sim ajuda-me muito nisso. Ajo muito por impulso e isso estraga muita coisa. Já fui bem por, a Liza que sempre tenta me deixar mais centrada e agora ela longe era difícil. Sempre tinha os conselhos dela aqui comigo, mas acho que eu preciso passar por isso, não tenho outra alternativa. Gostaria de ir de voo comercial para Palermo, mas meus pais e Tia Dodo não iriam entender nada. Não estou afim de abrir essa história para minha mãe. Hoje é quinta e vamos viajar amanhã no final da tarde.