ANA NARRANDO. Nem acredito que tive que sair da minha casa escondida no porta mala do carro, mas ou era isso, ou era arriscar a nossa vida de cara. Quando eu poderia imaginar que aquela transa poderia resultar em uma gravidez e para piorar o meu marido infértil? Mas tudo bem, não posso negar que mesmo com toda a adrenalina que passa nas minhas veias nesse momento eu estou amando a ideia agora de ser mãe. Depois de um certo tempo eu sinto o carro parar, o Feliciano abre então o porta malas e eu saí de lá. O carro tinha uma película bem escura que nos ajudava. A viagem foi entre o descanso e a ansiedade. Abandonamos o carro do Marco pelo caminho. Dormimos em um pequeno hotel. Na madrugada, pude sentir todo o amor dele em meu corpo e coração e aquilo foi fundamental para eu ter a certeza que o amava. Foi naquele dia que percebi que tudo valeria a pena. Sempre tive tudo o que quis da vida, mas já nasci com um destino traçado e aquilo me deixou desanimada com a vida. Des
MARCO BONANNO NARRANDO Chamo-me Marco Bonanno, sou o chefe da Máfia Constantine. Aprendi muito cedo a ser um homem implacável, nesse nosso negócio não existe espaço para homens fracos, então o meu pai me criou para ser o seu sucessor e com isso os ensinamentos dele foi o mais rígido possível, eu não poderia falhar caso contrário seria duramente castigado. Morei algum tempo em Roma e nessa época me formei para gerenciar melhor toda a fortuna que tínhamos. Fui prometido a Ana Marchetti, ela era 3 anos mais nova que eu e segundo se falava ela era linda. Na verdade eu não me apego a esse tipo de coisa, não estou casado por amor, mas para fazer negócios e constituir uma família e foi com isso em mente que segui. Voltaria para assumir a organização e casar. Volto para casa depois de 4 anos, já formado. Não posso negar que esse tempo longe aproveitei um pouco a vida, mas sem exageros afinal o meu pai não queria escândalos e eu jamais poderia desapontá-lo. Conheci a Ana pouco
ANA NARRANDO. Quando derrubaram a porta do andar de baixo, eu e Feliciano nos olhamos, nós já sabíamos o que estava por vir. — Juntos até o fim. — Ele fala me olhando parecendo haver dor em seu olhar. Por incrível que pareça eu não estava com medo do que estava para acontecer, o meu coração estava aliviado por Eliza não estar mais aqui e isso era o que mais importava para nós dois. — Eu te amo para sempre. — Respondo com os olhos marejados de lágrimas, por fim damos um beijo que poderia ser o nosso último. — Que coisa linda. — Marco entra no quarto batendo palmas. Feliciano e eu ficamos de pé, um ao lado do outro, de mãos dadas, o meu coração saltava em pulos e o medo tomava o meu corpo. — Então você trocou a vida de luxo que eu te dava por isso aqui, por tão pouco? — Marco fala e olha a casa com nojo e em seus olhos eu via ódio. — Não demore para fazer o que veio fazer Marco, nós já sabemos qual será o nosso fim, então não se demore e acabe logo com essa tortura
ELIZA PEREZ NARRANDO. Nem acredito que enfim acabei a minha residência, foram 9 longos anos entre a graduação em medicina e a residência em cirurgia geral. Estou extremamente feliz porque já fui selecionada para trabalhar em um dos maiores hospitais de Barcelona, cidade em que eu abracei como minha. Minha vida eu considero em parte como uma incógnita, fui levada por pela missionária Rose para um convento, e lá por ter ido muito novinha resolveram não me colocar para adoção porque acabei sendo adotada por todas as freiras, por sinal as quais amo de paixão. Cresci cercada de muito amor, mas quando eu tinha 18 anos a madre me chamou e falou que tinha algo a me contar. Fico lembrando do dia que isso aconteceu. Início flashback Bato a porta depois de ter recebido um recado para procurar a madre Maria Dolores que eu chamava carinhosamente de Tia Dodo — Pode entrar - Ela fala e eu abro a porta e ponto o meu rosto para ela me vê. — A senhora quer falar comigo? — Sim me
TOM NARRANDO. A minha vida sempre foi de muitas regras, o meu pai nunca facilitou nada para mim, ele era rude e rígido comigo, não aceitava erros. Mais para a minha mãe ele era uma pessoa boa, sou o único filho e herdeiro da Máfia Satana, eu literalmente nasci para ser o próprio diabo, e era, mas com cara de anjo, não se enganem. Após passar quatro anos estudando fora, eu finalmente voltei para assumir o meu lugar, antes de viajar para estudar eu tinha uma pessoa aqui, a Larissa, uma mulher linda e capaz de me satisfazer. Mais era algo completamente sem romance, pelo menos da minha parte, já da dela, não era bem assim. Eu sentia que ela era apaixonada por mim, mas eu nunca dei esperanças. Somos donos das maiores fábricas de pneus da Itália, hoje foi o primeiro dia que tive acesso aos documentos e contas da empresa, então passei o dia inteiro por lá resolvendo as coisas. Quando voltei, eu estava exausto, já cheguei em casa tirando a gravata, eu precisava tomar um banho e c
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo
VIKTOR NARRANDO. Eu não sou um homem muito cativante. Sou tranquilo e não gosto de me meter nos problemas dos outros, especialmente nos do meu irmão, Nathan. Esses últimos dias têm sido cansativos. Meu pai descobriu que está com câncer em fase terminal e precisa que eu me case urgentemente para assumir a direção da máfia Mallardo. Mas há um detalhe: ele fez um pacto com os Contini. Em troca de assumir a liderança, devo me casar com a filha deles, uma virgem, por um contrato de um ano. Não estou feliz com isso, mas farei o que for necessário para garantir meu lugar. Curiosamente, meu irmão não quis disputar a cadeira comigo, sabe que a preferência é sempre do filho mais velho. Contudo, o que mais me incomoda é ter que me casar com uma garota de apenas 18 anos. Hoje pela manhã, pedi à minha secretária que comprasse um vestido para presentear a moça. Como hoje é o dia da troca das alianças, ela precisava estar com algo que eu escolhesse. O dia passou depressa. Quando cheguei ao cass