TOM NARRANDO Juro que pensei que esse encontro entre a Liza e o Marco Bonanno cara a cara jamais fosse acontecer, porque eu estava fazendo de tudo para que todos os espaços que nos separavam dele fossem blindados. Mas muitas coisas na vida são inerentes a nós e issofoi uma prova vida. O clima ali formado foi tenso, mas incrível como a Eliza Denaro é uma mulher forte, ela consegue me surpreender todos os dias. Apesar das dores que assolam a sua alma, afinal ela passou os seus 26 anos sem ter uma família ao seu lado, e o pior, saber que foi aquele homem que sugou por muito tempo os seus desejos em se sentir amada pelos seus entes queridos. Agora eu serei o seu porto seguro, ninguém a machucará, nem que eu tenha que dar a minha vida para isso. Ela chegou do encontro bem abalada, não queria deixar ela sozinha, mas eu precisava ir para uma reunião, no entanto, era no quarto do meu pai, e o quarto era ao lado, por isso me senti mais confortável em ir. Mas deixei dois homens na
ANÔNIMO (A) NARRANDO(A) Da última vez que nos encontramos para traçar os planos, a equipe ficou de começar realmente o bombardeio e agora vamos nos encontrar para vermos o que se tem em pauta. Chego ao local que fizemos como base. Tenho sempre que vir meio escondido. Afinal preciso tomar cuidado. — Temos algo novo? - eles colocam na mesa toda uma nova rota traçada em cada ponto tinhas as observações do que seria feito e qual objetivo. Deu para perceber que estava tudo indo muito bem dessa vez. Os atropelos da outra foram inconcebíveis, mas no fundo veio numa boa hora porque desfiz tudo que eu queria e colocamos coisas mais interessantes, eu estava agindo muito por impulso, dessa vez eu sairei ganhando bem mais. Da outra só perdia. — Queria saber como vocês vão atingir esse ponto aqui. - Coloco o dedo em cima de um ponto crucial para que uma das cartas principais atinjam o objetivo que eu tanto quero. — Essa vai ser a pior parte, mas utilizaremos de artifícios que serão inc
MARCO NARRANDO Depois desse encontro muita coisa mudou em mim, acordei no outro dia disposto a mudar, queria fazer tudo diferente, gostaria de tentar fazer com que ela faça um exame de DNA, preciso conversar com o Fernando, mas como? Passamos a vida toda nos degladiando, ele achando que matei o seu pai e nem fomos nós, mas deixamos ele pensar que sim. Ele vai pensar que eu estarei usando de artifícios para chegar perto dela, e não é. mas tentei matar o seu filho, mas agora agradeço por não acontecer. Inclusive se eles quiserem podem coletar o meu material, eles fazem onde quiserem, eu só quero tirar essa dúvida da minha cabeça e coração. Observei tanto de mim nela, mas de repente pode ser só devido às coisas que aconteceram. Adiantamos a viagem porque a minha cabeça não estava muito boa, a Martina entendeu, mas prometi que iríamos viajar muito em breve e não ia demorar. Chegamos em Palermo por volta das 15 horas, resolvi que não vou para o escritório. Tomei banho e
ELIZA NARRANDO Acabamos de aterrizar, trazendo um mundo de sensações conflituosas dentro de mim. Esse encontro que no fundo foi tão esperado por mim um dia, foi totalmente diferente do que imaginei. Imaginava algo mais agressivo, algo mais perigoso, digamos assim. Diferente disso, eu o ataquei mais do que fui atacada e ele ainda me deixou uma sensação de que naquele momento não seria capaz de fazer nada comigo. Sou tirada dos meus pensamentos pelo Tom. — Vamos amor? —Ah, desculpa, estava com a cabeça longe. - E estava mesmo, sentia que não conseguia me concentrar direito. — Está tudo bem com você amor?- Ele passa a mão no meu rosto e da beijo na minha testa. — Está sim, dentro do possível. - Dou o meu melhor sorriso para ele. — Ah, esqueci de falar, as nossas coisas já foram para nosso novo apartamento, que é bem mais espaçoso. — Ah que bom. - Seguimos para o carro, onde tinha o motorista do Sr Fernando e o do Tom. Nos despedimos e seguimos para casa. O p
ELIZA NARRANDO Já estava quase perto quando algo me assola. Mas o que será que essa mulher vai fazer? Será que isso é uma armadilha? Vou ligar para o Tom. Droga, sem bateria. A sorte é que eu já tinha colocado no GPS do carro o endereço. Essa louca vive o tempo todo falando que vai me matar, o que eu estou indo fazer dando de cara com a bandida, afinal como ela sempre ressalta que é mafiosa. Vou voltar, melhor ir para casa e de lá ligar para o Tom e saber o que fazer. Ao fazer o retorno sinto que estou sendo seguida, mas não me parece os meus seguranças. Ando por várias ruas, tentando despistá-los, mas conheço pouco aqui. Cheguei num ambiente que já era mais barra pesada e estava meio deserto. Droga, que merda eu fiz. Fico presa nos meus pensamentos quando vejo, tem dois carros em cima de mim, e tive que parar. Saem 4 pessoas de cada carro com fuzis e metralhadoras apontando para mim. O medo foi tanto que tenho que abrir a porta. — Vamos, desce agora, anda- Eles es
FERNANDO NARRANDO. Estou mais confiante quanto a minha cirurgia, vendo tudo que o Dr Davide falou-me, eu estou realmente com grandes esperanças. Aquele encontro da Eliza com o Marco para mim foi surpreendente. Eu achei ele muito calmo apesar de uma fala meio sarcástica num dado momento. Engraçado que apesar da Eliza ser a cara da Ana, vê-los juntos me fez pensar que a Eliza poderia muito bem passar como filha dele, porque lembra ele. Mas não, era o que menos esperava que ela fosse filha esse verme. Eu já a amo como filha. Chegando em casa a coisa não estava nada bem, eu realmente não sei o que mais fazer com a minha esposa. Ela está demais. — Olá Márcia, como você está? - dou um beijo no seu rosto. — Soube que a norinha foi na viagem com você e o meu filho. — Sim, a Eliza foi, porque algum problema? — E o que ela foi fazer em uma viagem de negócios de vocês e você nunca me levou. — Corrigindo você, inúmeras viagens de negócios eu levei você, mas muitas dessas
MARCO NARRANDO Depois dessa viagem eu nunca mais fui o mesmo, em todos os sentidos, quer seja com a minha família, os meus negócios e acima de tudo com aquela que passei quase metade da minha vida procurando. Com ela eu mudei todos os meus conceitos, sem nem se quer conversar. Desde aquele dia que eu não consigo tirá-la da minha cabeça, e o pior sem nem saber se é minha família um novo sentimento de pai anda nascendo em mim. Eu preciso me resguardar quanto a isso, porque se ela não for? se ela nunca quiser fazer o teste de DNA? Isso está me martirizado. O Salvatore trouxe a notícia que o Denaro aceita falar comigo e para mim isso já é algo muito importante, ele em um outro momento não aceitaria, sinal que ele quer muito a proteção dela. Estou no escritório e o Vittorio entra. — Pai, posso conversar com você?? - Parece meio preocupado. — Pode filho, senta aí. Coisas da empresa? — Não pai, coisas minhas. Sei que aqui não é o lugar ideal para conversar, mas eu já e
TOM NARRANDO Estou sem acreditar em tudo que está acontecendo, saí de casa, deixo a minha esposa feliz, tranquila, a minha mãe também estava bem, dentro daquela normalidade estranha que ela vivia desde que eu e a Liza casamos.. Agora esse turbilhão de coisas, a minha mãe morta com vários tiros supostamente pela mulher que é a razão da minha vida, como lidar com essa dor? Como descrever tudo que eu estou sentindo em palavras, nada faz sentido. A Liza não é isso eu sei, mas que malditas provas são essas que a colocam como a principal suspeita?. Eu não consigo aceitar isso, minha mãe morta, a minha mãe, que dor é esse meu Deus, que dor. Sinto a mão do meu pai no meu ombro. Estávamos no avião a caminho de Palermo. — Chore meu filho, sei bem essa dor, ponha para fora tudo o que você está sentindo, essa dor é muito maior que nós. — Ow pai, porque foram tão cruel com ela, porque desse jeito me diz? — Vamos pegar quem fez isso ou não me chamo Fernando Denaro. Acredite fil