Viktor narrando.— Cadê o traidor? — Falei descendo do carro.— Tá preso, chefe. Quando chegamos aqui, ele desconfiou e quis fugir, mas eu tive que dar uma chave de braço nele e prendi numa cadeira. — Um dos homens falou rindo. — Vê lá, chefe, ele tá se cagando de dor com o braço quebrado.— Agora é que ele vai sentir dor. Traidor não tem segunda chance na máfia, e esse vai sofrer mais do que o meu sogro sofreu com o ataque na casa dele, que com certeza foi comandado por ele. — Falei sorrindo, enquanto pegava a mala de tortura e jogava para o Raul. Os outros homens foram buscar o desgraçado.Eles trouxeram o traidor preso à cadeira, e ele gritava como um covarde, implorando para ser solto.— Viktor, que porra tá acontecendo? — Ele perguntou, apavorado.— O que tá acontecendo? Você está me perguntando o que tá acontecendo, seu desgraçado? — Me aproximei e dei um soco na boca dele, fazendo-o cuspir sangue.— Que merda, garoto, você pegou o cara errado. — Ele disse, tentando limpar a boc
Anna Narrando.Eu fiquei no hotel como o Viktor pediu. Não estava feliz de ficar ali, sozinha e longe dos meus filhos, e muito menos longe dele, mas não tive escolha… no momento, era o ideal, segundo seus argumentos. Muita coisa estava estranha, e uma delas era o tio Arthuro… Ele se comprometeu a trazer o olho grego para nos ajudar a encontrar Stela, mas ele não veio e não deu mais notícias. Eu não havia mais ficado sozinha para poder falar com ele sem que as pessoas ouvissem, então hoje era o momento que eu tinha para aproveitar e resolver essa questão, mesmo que meu marido já tivesse desistido.Antes de falar com ele, eu pedi comida, estava louca de fome. Enquanto não chegava, peguei o celular e disquei o número de Bernardo, mas ele não atendeu… Em seguida, antes mesmo de buscar o nome do tio Arthuro na agenda do meu celular, ele me ligou.Início da ligação.Anna: Oi, tio Arthuro… Tudo bem por aí?Arthuro: Anna, desculpa por desaparecer… Tivemos algumas surpresas indesejadas e acaba
Anna Narrando.Assim que chegamos na frente da minha casa, Nathan estava na porta me esperando, com o celular na mão. Ele andava de um lado para o outro sem parar e, quando viu o carro parando, ele abriu a porta para mim, me dando espaço para correr para dentro de casa, enquanto ele retirava as coisas do carro e fazia o pagamento.Eu corri para dentro de casa com o coração na mão, eu tinha que saber o que estava acontecendo. Quando cheguei, Julieta estava dormindo no colo da Nathaly, a Rosa estava com os braços machucados e alguns hematomas, e a outra babá também estava ferida.Olhei para todos os lados e não vi o pequeno, o meu filho não estava lá.Todos me olharam com os olhos marejados, e eu já poderia imaginar o que estava acontecendo: levaram o meu filho. A desgraçada da Stela levou o meu filho e vai fazer mal a ele…Mas, se ela levou o Eduardo, por que, na ligação, Raul disse que tentaram entrar aqui, mas, por sorte, não conseguiram fazer nada? Nada está fazendo sentido, e eu es
Tânia narrando.Esse tempo todo de espera tem sido uma tortura para mim. Eu não aguentava mais ficar ao lado deles, mantendo a farsa de continuar sendo amiga da Anna. Às vezes eu sumia, deixava de dar a atenção de antes, e agora estou aqui, aguardando o momento certo para colocar o maldito plano em prática e finalmente conseguir o poder da máfia para mim e para o meu pai.Stela ainda estava escondida aqui em casa. Nós nos aproximamos muito, e percebi nesse tempo que ela era apenas uma mulher incompreendida, querendo um pouco de atenção da pessoa que ama.Tudo estava planejado. Com o acidente da mulher do Raul, as coisas iriam ficar bagunçadas e eles se descuidariam. Era o momento perfeito para colocar o plano em prática.— Então vai ser hoje? — Stela perguntou.— Sim, quanto antes fizermos, melhor… Vamos aproveitar que esse acidente com a nojenta da Vitória deixou tudo um caos. — Eu ri. — Está tudo no esquema: eu entro na casa, os dois seguranças vêm comigo, vamos amarrar as velhotas,
Viktor Narrando.Eu corri para casa com o Raul. Assim que chegamos, estavam todos reunidos na sala. Anna, ao me ver, se levantou e veio correndo para os meus braços. O desespero estava tomando conta de nós dois, mas eu tinha que me manter forte para resolver as coisas à minha maneira. Tudo o que eu queria era chegar aqui e ver que tudo não passou de um pesadelo, um maldito pesadelo.Não faz sentido alguém querer se vingar usando a vida de um bebê, um ser tão inocente, ainda mais sendo o meu filho. Eu precisava fazer alguma coisa para recuperá-lo logo, não posso permitir que façam mal ao meu menino.Meu sogro estava sentado com uma xícara de chá na mão, tentando fazer com que Anna tomasse para se acalmar um pouco. Não havia muito o que fazer… A gente precisava descobrir onde ela estava escondida e se Stela estava com ela naquele momento.— Viktor, ela vai matar ele… — Anna falava entre soluços. — Ela vai… você vai ver…— Calma, meu amor… — Eu a abracei forte, tentando acalmá-la. — Nós
Viktor narrando.Depois que recebi o endereço de onde a Tânia estava escondida, eu não conseguia pensar em mais nada, só sentia ódio! Peguei a chave do meu carro e saí de casa correndo com a Anna e todos que iriam comigo. Eu não podia perder tempo, nem a chance dela fugir.Não tínhamos muito tempo, e era possível que ela fosse embora logo, ainda mais depois que o pai dela não voltou para casa. Coloquei o endereço no celular, era um pouco mais de 30 minutos daqui. Eu iria acelerar e fazer em 15 minutos.Não respeitei nenhuma sinalização, só acelerei. A Anna se segurava no painel do carro para não voar. Se fosse em outra situação, eu poderia achar engraçado.Cheguei em frente à casa com os faróis apagados, não queria que ela percebesse que estávamos aqui de novo. Desliguei o carro e fiquei observando os movimentos. Quando vi o alarme do carro que estava na frente, peguei minha arma no porta-luvas e pedi que a Anna ficasse dentro do carro, em silêncio. O Raul entendeu o plano, descemos s
Viktor narrando.Raul pegou a Tânia no colo e a jogou no carro. Ela estava desacordada, mas não demoraria a voltar a si.Depois de alguns minutos apontando a arma para a Stela e obrigando-a a dirigir, olhei pelo retrovisor e vi que a Tânia começava a acordar. Confesso, minha mulher fez um bom trabalho. Estou orgulhoso dela.Tânia acordou, nos olhou assustada e começou a me pedir para me acalmar.— Viktor, calma, respira — ela pedia, com a voz falha e as mãos em sinal de redenção.— Já respirei demais, Tânia. Agora vocês vão pagar por tudo o que fizeram — falei, apontando a arma para a cabeça dela.— Foi por amor, foi tudo por amor, Viktor — Stela tentou justificar.— Dirige o carro! Vocês vão para o galpão — gritei para Stela, fazendo as duas se assustarem.— Eu… eu não sei o caminho — Stela gaguejou.— Claro que sabe! Todo membro da máfia sabe onde fica o galpão. Vai logo, antes que eu atire e deforme sua cara — falei, e ela confirmou com a cabeça.Peguei meu celular no bolso, manten
Viktor narrando.— Pronto, agora você é o nosso alvo — Raul falou, sorrindo.— Vamos lá, três chances para cada um — eu disse, rindo. Stela continuava chorando sem parar, e seu choro estava me irritando.— CALA A BOCA! — gritei, arremessando a primeira faca no alvo, fazendo-a gritar de dor.— Me solta daqui, seu maluco! — ela resmungou, gemendo de dor. — Meu pai vai revidar!— Ainda tenho mais duas chances — eu disse, mirando na barriga dela.Mirei, apontei e joguei outra faca, acertando desta vez o braço dela.— Pelo nosso amor, me solta! — ela choramingou, vendo o sangue escorrer.— Que amor, Stela… Eu nunca te amei. Você era apenas uma mulher que eu usava. Agora eu sei o que é amor de verdade — falei firme, mirando a última faca no peito dela.Ela gemia e gritava de dor, mas aquilo não me comovia. Ela estava quase desacordada.— Acorda, tem muita coisa que quero fazer ainda — falei, dando alguns tapas no rosto dela.Ela estava coberta de sangue, gemendo e com os olhos fechados. Peg