Viktor Narrando.Eu corri para casa com o Raul. Assim que chegamos, estavam todos reunidos na sala. Anna, ao me ver, se levantou e veio correndo para os meus braços. O desespero estava tomando conta de nós dois, mas eu tinha que me manter forte para resolver as coisas à minha maneira. Tudo o que eu queria era chegar aqui e ver que tudo não passou de um pesadelo, um maldito pesadelo.Não faz sentido alguém querer se vingar usando a vida de um bebê, um ser tão inocente, ainda mais sendo o meu filho. Eu precisava fazer alguma coisa para recuperá-lo logo, não posso permitir que façam mal ao meu menino.Meu sogro estava sentado com uma xícara de chá na mão, tentando fazer com que Anna tomasse para se acalmar um pouco. Não havia muito o que fazer… A gente precisava descobrir onde ela estava escondida e se Stela estava com ela naquele momento.— Viktor, ela vai matar ele… — Anna falava entre soluços. — Ela vai… você vai ver…— Calma, meu amor… — Eu a abracei forte, tentando acalmá-la. — Nós
Viktor narrando.Depois que recebi o endereço de onde a Tânia estava escondida, eu não conseguia pensar em mais nada, só sentia ódio! Peguei a chave do meu carro e saí de casa correndo com a Anna e todos que iriam comigo. Eu não podia perder tempo, nem a chance dela fugir.Não tínhamos muito tempo, e era possível que ela fosse embora logo, ainda mais depois que o pai dela não voltou para casa. Coloquei o endereço no celular, era um pouco mais de 30 minutos daqui. Eu iria acelerar e fazer em 15 minutos.Não respeitei nenhuma sinalização, só acelerei. A Anna se segurava no painel do carro para não voar. Se fosse em outra situação, eu poderia achar engraçado.Cheguei em frente à casa com os faróis apagados, não queria que ela percebesse que estávamos aqui de novo. Desliguei o carro e fiquei observando os movimentos. Quando vi o alarme do carro que estava na frente, peguei minha arma no porta-luvas e pedi que a Anna ficasse dentro do carro, em silêncio. O Raul entendeu o plano, descemos s
Viktor narrando.Raul pegou a Tânia no colo e a jogou no carro. Ela estava desacordada, mas não demoraria a voltar a si.Depois de alguns minutos apontando a arma para a Stela e obrigando-a a dirigir, olhei pelo retrovisor e vi que a Tânia começava a acordar. Confesso, minha mulher fez um bom trabalho. Estou orgulhoso dela.Tânia acordou, nos olhou assustada e começou a me pedir para me acalmar.— Viktor, calma, respira — ela pedia, com a voz falha e as mãos em sinal de redenção.— Já respirei demais, Tânia. Agora vocês vão pagar por tudo o que fizeram — falei, apontando a arma para a cabeça dela.— Foi por amor, foi tudo por amor, Viktor — Stela tentou justificar.— Dirige o carro! Vocês vão para o galpão — gritei para Stela, fazendo as duas se assustarem.— Eu… eu não sei o caminho — Stela gaguejou.— Claro que sabe! Todo membro da máfia sabe onde fica o galpão. Vai logo, antes que eu atire e deforme sua cara — falei, e ela confirmou com a cabeça.Peguei meu celular no bolso, manten
Viktor narrando.— Pronto, agora você é o nosso alvo — Raul falou, sorrindo.— Vamos lá, três chances para cada um — eu disse, rindo. Stela continuava chorando sem parar, e seu choro estava me irritando.— CALA A BOCA! — gritei, arremessando a primeira faca no alvo, fazendo-a gritar de dor.— Me solta daqui, seu maluco! — ela resmungou, gemendo de dor. — Meu pai vai revidar!— Ainda tenho mais duas chances — eu disse, mirando na barriga dela.Mirei, apontei e joguei outra faca, acertando desta vez o braço dela.— Pelo nosso amor, me solta! — ela choramingou, vendo o sangue escorrer.— Que amor, Stela… Eu nunca te amei. Você era apenas uma mulher que eu usava. Agora eu sei o que é amor de verdade — falei firme, mirando a última faca no peito dela.Ela gemia e gritava de dor, mas aquilo não me comovia. Ela estava quase desacordada.— Acorda, tem muita coisa que quero fazer ainda — falei, dando alguns tapas no rosto dela.Ela estava coberta de sangue, gemendo e com os olhos fechados. Peg
Viktor Narrando.— Que loucura tudo isso, né? - Anna falou entrando no nosso quarto assim que todos já haviam ido embora.— O bom é que acabou. - Ele falou sorrindo. - Eu espero que agora a gente finalmente tenha paz.— Tudo o que eu mais quero. - Ela falou sorrindo.— E o que mais você quer? - Eu perguntei com um olhar malicioso.— Preciso falar o que eu quero? - Ela falou pulando no meu colo.No instante que a Anna pulou no meu colo, eu tinha certeza que ela queria tanto quanto eu, e pela ousadia, com certeza ela iria topar qualquer coisa. Óbvio que vou mostrar pra ela do que eu gosto e como eu gosto. Até hoje foram momentos românticos, agora era hora de ousar e fazer ela delirar.Agarrei sua cintura e comecei a beijá-la, acariciar sua bunda com uma mão e com a outra puxava levemente seu cabelo para conduzir a um beijo de faltar o ar. Ela era ousada, dominava o beijo, sua língua entrelaçava com a minha numa sintonia que nunca tinha acontecido antes. Mesmo eu não beijando qualqu
Anna Narrando.2 meses depois.Nem sinal do Mikhail, muito menos do tio Arthuro… algo está estranho, mas estamos focados na nossa felicidade.Hoje finalmente era o grande dia, o dia em que eu e o Viktor, e a Nathaly e o Nathan, iríamos nos casar.Os vestidos estavam prontos, nós estávamos com a maquiagem feita, cabelo arrumado, nossas madrinhas prontas, papai estava falante do outro lado da porta, a emoção de casar as duas filhas de uma vez estava acabando com o psicológico dele.Eu estava ansiosa, mil vezes mais do que no nosso primeiro casamento. Claro, dessa vez era pra valer, dessa vez estávamos fazendo o que o nosso coração pedia.Esse homem é o homem dos meus sonhos! E o fato de que essa história realmente vai ter um final feliz me deixa muito, muito grata a Deus.Eu e a Nathaly já estávamos prontas, papai iria nos acompanhar.O casamento seria no jardim aqui de casa, para poucas pessoas, as mais próximas… algo íntimo para aqueles que fazem parte das nossas vidas de verdade.Pap
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo