Aleksandra
— Tem certeza de que vai funcionar? — pergunta ao me ver ajustar a babá eletrônica na pequena cômoda que tem ao lado da sua cama. Fez questão de a arrastar de onde estava para que o eletrônico estivesse mais perto de nós.
— Acho que eu posso dizer quando uma coisa vai funcionar ou não, além disso, uso desde que nasceram — profiro vendo pela imagem sem cor que estão dormindo tranquilamente, sequer estranham o fato de não estarem em berços diferentes daqueles que tem sido sua cama desde a sua vinda ao mundo. O que interessa para eles é estarem próximos.
Sentem quando não estão dormindo em um mesmo cômodo e aperreiam até que estejam próximos de novo. Sinceramente, não sei até quando todo esse apego entre eles irá durar, mas não posso dizer que não acho fofo, &
Aleksandra— Está querendo dizer que pode quebrar as minhas expectativas? — Estou mais uma vez esperando que o humor seja uma boa arma a ser utilizada antes que o calor embaixo dos lençóis se torne insuportável. — Nem tem ideia de quais são.— Mantenho o que disse mais cedo, se me deixar chegar um pouco mais perto, apenas um tiquinho vai entender que posso ser o que quiser — Sua confiança deveria me fazer sair correndo para as colinas para nunca mais voltar, mas estou presa em seu olhar. Acorrentada pelo sorriso bandido movendo o meu coração quando deveria ser eu a dar as ordens. — Tenho uma chance com você, não é?— Está querendo que eu te faça chorar quando está tão tarde? — inquiro, porém, minhas palavras não seriam o bastante para causar nele um impacto que o levasse para longe.
AleksandraO assistir sugando os dedos molhados com meus fluidos apenas me preparou para o que viria a seguir, ansiando, desejando mais do que poderia expressar em palavras nesse momento, mas o sorriso em seu rosto fez com que eu tivesse um sobressalto a respeito das minhas decisões, o modo como me observou me lembrou de onde estava e com quem.Não obstante o riso em seu rosto em seguida me fizeram pensar em como não pude me conter, como tudo acabou de uma maneira ou de outra na sua cama, assim como tinha dito, o que me faz parecer uma idiota por tentar fazer de outra forma.— Agora eu sei como é o seu gosto — disse vitorioso ao erguer-se quebrando o restante de qualquer tipo de imagem que tinha formado em minha cabeça sobre continuarmos o que tínhamos começado, por que se já estou nadando na bosta por que não aproveitaria o que mais pode me oferecer antes de seguir em fr
Aleksandra— Estamos nos vendo novamente — digo ao adentrar na sala onde o sujeito foi colocado sentado. Com a pouca energia que possui, apenas eleva a cabeça para me encarar sorrindo de modo estranho ao deixar que seus olhos mirem o chão mais uma vez. — Não parece feliz em me ver, quando eu aguardo ansiosamente pelo momento em que nos veremos.— Você é o demônio que vai terminar com a minha estadia aqui, certo? Por que eu não ficaria feliz em vê-la? — afirma ao manter um riso em seu rosto, porém, é diferente do de alguém que brinca com a sua vida ou se conforma pela morte que está por vir.— Posso sim acabar com o que tem te feito sofrer, sabe disso — profiro, puxo uma cadeira para me sentar de frente a ele, quase posso ouvir o reclamar persistente do homem que ficou a minhas costas ao dizer que estou ultrapassando os limit
Aleksandra— Como você descobriu sobre a minha filha? — pergunta, com a raiva estampada em sua face, se pudesse se livrar das suas amarras certamente viria para cima de mim para me matar com cada gota de energia que ainda existe em seu corpo. — Como você poderia, eu...— A escondeu com tudo o que tinha, pois tinha medo de que um dia eles decidissem agir por suas costas caso não fosse mais de serventia para eles, até pensou que estavam trabalhando por uma boa causa, não foi? — indago, mas não responde.Se deixou levar por pensamentos que nasceram da “boa vontade” que lhe mostraram ao pagar os tratamentos de sua filha, quando na verdade somente queriam mais motivos para o ter preso a eles.É disso que se trata na maioria dos casos, não há gentilezas ou vontades a serem atendidas, apenas o que precisa ser feito e eles sabem como usar disso
AleksandraApanho meu celular o coloco sobre a mesa onde os instrumentos que foram usados para a tortura foram deixados a dias atrás, ativo a programação feita por Elina para avisá-la de que preciso da sua ajuda para que os aparelhos eletrônicos sejam todos desconectados e apagados pelo tempo que durar o relógio disparado dentro do celular.— Vai ser uma merda quando ele explodir — comento.Nunca usamos aparelhos sem esse tipo de poder... são todos modificados por ela e nossa equipe de eletrônicos que estão constantemente criando novas coisas que podem ser funcionais dentro do nosso trabalho. Não temos apenas força, mas também muito cérebro movendo a Sumbra.— O que está fazendo? Não vão pensar que está agindo pelas costas deles ao falar comigo sozinha?— Acha que eu me importo? Você man
Nikolai— O que está fazendo parado aqui fora? — pergunto a Christian que demonstra estar escolhendo as palavras a dizer antes de me responder. O que pode estar acontecendo? Me avisaram que Aleksandra tinha vindo falar com o prisioneiro e pedi que alguém a acompanhasse somente para caso algo saísse errado, mas o seu segurança está aqui?— Senhor, Alek pediu para que eu me mantivesse fora da sala — Conta-me.Pediu? Pela sua cara é como se tivesse feito mais que isso, porém, aqui está ele cumprindo com o que foi ordenado. Ela seria capaz de o ameaçar? É claro que o faria. Devia ter vindo com ela desde o início, mas se aproveitou que disse que daria o café da manhã aos bebês e correu de mim, ainda que a noite passada não pareça ser um problema em sua cabeça.Contudo, não consigo deixar de pensar
AleksandraQuando abro a porta vejo não só as costas de Christian ao proteger a porta mais a expressão surpresa de Nikolai me encarando. Verifica a minhas costas o sujeito que está de cabeça baixa desde que as últimas palavras saíram de sua boca.Pode sentir que o seu orgulho foi fodido, mas não tem nada que pais amorosos não façam por seus filhos. Do que serve orgulho se não pode proteger quem ama?— Você terminou? — pergunta, contudo, não parece que insistirá no assunto. É estranho o ver agindo dessa forma quando pensei que faria uma centena de questionamentos para que tudo que foi dito esteja límpido em sua mente.— Sim, terminei — digo ao olhar para Christian. — Pode providenciar um banho e algum material para gravação para ele? — O homem me olha sem entender. — Nã
Aleksandra— Uau, ela conseguiu uma motocicleta nova em uma única noite fora de casa — brinca Tasya ao rodear o veículo algumas vezes com um sorriso brilhante no rosto. — Mas a vaca não manda mais de uma mensagem para me dizer que está viva — rezinga e eu deveria saber que não tinha como ela apenas manter uma boa expressão no rosto. — Um dia vai me pagar por isso — avisa me apontando um dedo.— Certo, posso pagar hoje?— Hum, como você pagaria? — pergunta curiosa. Se tem uma coisa que pode mexer com ela é seu interesse por novidades. — Seja rápida.— Não seja afoita — peço ao ver que um carro para na vaga do nosso lado e que Valentina acena sem parar para exibir que já está ali para atender ao meu convite. — Viu, tem que esperar apenas mais um pouco.— Tem muit