Aleksandra
— Sua expressão preocupada deve ser um motivo para te lamber inteira? — Me pergunta Nikolai, que me ergue com facilidade, me coloca sentada sobre a cabeceira, derrubando todos os produtos que ali estavam organizados.
Não tem um pingo de vergonha na cara por agir desse modo.
— Agora precisa de pretextos para lamber a sua mulher? — pergunto e sorri, marcando meus lábios com os seus, me colocando em silêncio para poder apreciar o gosto de sua boca.
A maneira como tem uma facilidade de expressar sentimentos por meio de pequenos toques é incrível e talvez eu nunca possua.
Se sente mal por isso ou não se incomoda?
Saber que a sua esposa o ama, mas que não é nada semelhante ao que uma mulher comum teria deve ser estranho. Contudo, se há dúvidas em seu coração, Nikolai não permite que elas transpareçam, pois semp
AleksandraDar um pouco disso a ele é tudo que podemos, uma vez que o seu coração já escolheu e, depois de uma decisão tomada por ele, não há muito que possamos fazer. O coração pode nos pertencer, mas o controle que possuímos dele é mínimo.É um bastardo que pensa por conta própria.Às vezes te traz coisas boas.Em outras, te coloca em uma enrascada da qual tentará correr com toda a sua energia. Em certas ocasiões, implorará para que ele apenas desista do que anseia, porque sabe que no final o que acontecerá é semelhante à cena de um filme. “Você embaixo de um chuveiro, deixando que a água derrame por todo o seu corpo, enquanto fingi que as lágrimas rolando por sua face não terão o mesmo peso após o banho”. Uma ilus&at
Tasya— Você me bate e depois me traz para um bar para beber? — “Que amiga de ouro”, julga minha mente enquanto o sujeito atrás do balcão olha para ela, quem sabe se questionando qual seria o motivo para que Aleksandra tenha me batido.Calado, ficou após ouvir os nossos pedidos e foi assim que se manteve até o momento em que nos entregou.— Não é o melhor para fazer com que a dor suma? — pergunta Aleksandra. Com nossos drinks em mãos, vamos em direção à mesa que está sendo vigiada cuidadosamente por Ivanna, a sua aura assassina não permitiria nenhuma aproximação, a não ser que haja um louco por perto querendo saber o quanto a sua vida pode durar nas mãos de uma mulher como ela.— Você é uma cadela — digo, me sento vendo como Valentina pega a sua bebida das mãos de
TasyaQualquer um estranharia a quantidade de mortes feitas pela mesma pessoa em períodos pequenos em lugares tão diferentes.Apenas um fantasma poderia se mexer tão rapidamente, contudo, com uso de sabedoria e ótimas habilidades, Aleksandra cumpriu com tudo o que precisava até que Natascha percebeu que teria que a obrigar a parar em algum momento, senão acabaria morta de exaustão antes de se tornar uma adulta.Devido ao seu trabalho árduo contínuo, não é estranho que a maioria das agentes mais antigas tenham sido salvas por ela, até mesmo eu, muito tempo depois, quando Aleksandra já tinha um pouco mais de controle sobre as suas emoções, fui resgatada por ela.Com o que ganhamos, temos o dever honroso de impedir que mais pessoas acabem sofrendo por tempo indeterminado nas mãos de crápulas. O sangue em nossas mãos s
Tasya— Não posso acreditar que a gente está mesmo aqui — falo olhando para os quatro cantos das paredes cinzas e as minhas parceiras de crime não podem deixar de sorrir também.Hoje tinha tudo para ser divertido, mas um bastardo fez com que se complicasse um bocado.— Veja como uma experiência única na vida — zomba Aleksandra olhando para a porta por onde passa a policial que acabou notando o que estava acontecendo e apesar de dizermos um milhão de vezes que não precisaríamos levar o caso a polícia, insistiu, porque disse que caras como eles não param somente porque houve uma briga mais intensa.— Como se sentem? — pergunta, verificando os rostos um por um, ainda veste a roupa que usava na balada, mas com o seu senso de justiça grandioso não pôde ignorar o que acontecia diante de seus olhos mesmo com a sua folga. — Sin
Tasya“É diferente quando é você sendo encurralado, certo? Deve ser fácil apenas fazer o seu trabalho ao coagir as mulheres a dizerem o que ele quer que elas digam”, pondero, vendo que se mantém em seu lugar.Observa Aleksandra como se houvesse um demônio na sua frente e não tem ideia de como é uma informação verossímil.— Você não me disse se ficaria tudo bem se fosse a sua filha no nosso lugar — repete, contudo, tomado demais pelo que sente, não pôde responder.O policial apenas nos encara sem parar, pondera sobre levar a mão até a sua arma, deve ter considerado que uma conclusão assim não pode ser feita somente com algumas olhadas, no entanto, na sua frente está a maior barreira de sua vida.— Não é melhor que ele não tenh
TasyaA mulher não parece ser capaz de analisar bem a situação ao nos encaminhar em direção aonde as pessoas que nos esperam erguem-se assim que nos veem.Não há muito problema em seus olhos, pelo menos em dois pares de olhos. Nos outros dois, sentimentos mistos são colocados para fora em disparada enquanto as sujeitas que deveriam recebê-los continuam raciocinando sobre o que fazem ali.— Já está tudo certo e vocês podem levá-las para casa — avisa e o modo como olha para cada um deles como se não pudesse decidir qual é o mais bonito, ou quem deles seria o menor causador de estrago em seu coração é engraçado, porque todos eles as deixariam doida.De modos diferentes, cada um a sua maneira, mas não tem como manter a sanidade frente a um Sokolov e pelo visto, qualquer amiga que eu tenha sofre do mesmo mal que
Tasya— Você tem uma péssima imagem de mim na sua cabeça — elucida, contudo, eu não tenho que apenas lidar com ele, preciso ter certeza de que o meu coração continua na estrada correta para não se perder, porque se fizer um desvio terá que ser trazido novamente à estrada correta.— Desculpe se estou falando sobre o que vejo — digo, revira os olhos sem nem os tirar da estrada, apenas continua dirigindo calmamente. — Os seus seguranças devem estar injuriados de serem acordados no meio da noite.— Não é por isso que o salário é bom? Às vezes acontecem emergências no meio da noite, mas você deveria ter me avisado que eu poderia ser contatado pela delegacia caso algo ocorresse a você. O baque inicial foi pesado — confessa e acho fofo que não se importe com demonstrar o
Iuri— O que está me dizendo? — Não é possível que, depois de discutirmos, ainda tenha a cara de pau de vir até mim para me dar uma notícia assim. Acha que quero que me dê o que não solicitei? — Só pedi para encontrar um meio de matar o Maksim, e o que está me dizendo é que não tem como devido à relação que está mantendo com os outros no momento?— Não reparou que todos estão se unindo? — Questiona-me e sim, eu sei, fui chamado para a festinha do pijama. — Nunca vi ter tantos encontros entre os membros do alto escalão da cúpula e a próxima reunião nem foi confirmada ainda — diz, mas isto é motivo para que eu não possa agir contra o bastardo? O quero morto, rápido. — Estão fazendo essa merda, agindo como um bando de doidos quando tudo que os Sok