Depois de um momento de silêncio Liz resolve falar novamente..
— Eu… eu sei quem o senhor é — murmurou Liz, baixando o olhar, envergonhada. — Já vi seu rosto em várias revistas. O CEO bilionário… o gênio da tecnologia. O homem mais poderoso do Brasil. Ela falou com uma mistura de admiração e incredulidade, como se não compreendesse como alguém tão distante de sua realidade poderia estar ali, ao seu lado, se importando com ela. Alexander sorriu de leve, tentando quebrar a tensão que ela parecia carregar nos ombros frágeis. — Prefiro que me chame só de Alexander. O fato de ter dinheiro não me torna menos humano, Liz. E, sinceramente… se as pessoas não se importaram com você, talvez seja porque perderam a humanidade há muito tempo. Os olhos dela se encheram de lágrimas. Não por tristeza, mas pela gentileza inesperada que lhe aquecia o peito. Era a primeira vez, em muito tempo, que alguém falava com ela como se ela ainda tivesse valor. — Como… como uma jovem como você foi parar nas ruas? — ele perguntou, suavemente. — Tão bonita, tão delicada... Liz respirou fundo. Por um momento, hesitou. Mas havia algo no olhar de Alexander que a fazia sentir-se segura. Ouvida. Liz respirou fundo. Por um momento, hesitou. Mas havia algo no olhar de Alexander que a fazia sentir-se segura. Ouvida. — Fui expulsa de casa — confessou com a voz embargada. — Meus pais me colocaram pra fora quando souberam que eu estava grávida. E o pai do meu bebê... — ela engoliu em seco — ele me usou. Prometeu amor, futuro, tudo. Mas assim que conseguiu me levar para cama ,ele confessou que esse era seu único objetivo que nunca se quer gostou de mim e quando eu lhe procurei pedindo ajuda dizendo que estava grávida ele me humilhou e mandou que sumisse de sua vida. Uma lágrima solitária escorreu por sua bochecha. Alexander a observava em silêncio, com um aperto no peito. — E agora… — continuou ela, com os olhos marejados — nem o meu bebê eu tenho mais. O médico disse que... que eu perdi. Era tudo que me restava. Alexander estendeu a mão e tocou a dela com delicadeza. — Sinto muito, Liz. De verdade. Ela assentiu, apertando os lábios para conter o choro. Mas havia algo diferente agora em seu olhar. Algo além da dor. — Eu só queria... — ela murmurou, com a voz quase inaudível — fazer eles pagarem. Ele e a minha melhor amiga... os dois me traíram. Me jogaram nesse inferno como se minha vida não valesse nada. Mas eu valho. Eu sei que valho. E um dia... eu vou me vingar. Vou fazer com que paguem por cada lágrima que derramei. Alexander não respondeu de imediato. Seu olhar se manteve fixo no dela, intenso, atento. Uma ideia começava a tomar forma. Aquela garota... tão jovem, tão ferida... era muito mais do que uma vítima do destino. Ela tinha fogo. Tinha sede de justiça. Tinha coragem. Alexander não respondeu de imediato. Seu olhar se manteve fixo no dela, intenso, atento. Uma ideia começava a tomar forma. Aquela garota... tão jovem, tão ferida... era muito mais do que uma vítima do destino. Ela tinha fogo. Tinha sede de justiça. Tinha coragem. E, talvez, ela fosse exatamente a mulher de que ele precisava. —Sei que não mal nos conhecemos Liz , mas saiba que você não está mais sozinha..— disse ele, com uma calma assustadora. — Eu vou cuidar de você. E tenho uma proposta para te fazer. Liz o olhou, um misto de desconfiança e esperança nos olhos. O que ele tinha a oferecer? Ela não sabia, mas estava disposta a ouvir. O que ela sabia, porém,é que seja lá qual dose a proposta dele seria melhor do que não ter se que para onde ir ,nas ruas ,passando firme e frio e aínda correndo toda forma de perigo que uma jovem como ela poderia correr.. Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, o telefone de Alexander tocou, interrompendo o momento. Ele olhou para o número na tela, fez uma expressão de leve impaciência, e levantou-se para atender. — Eu preciso sair agora — disse ele, fechando o rosto como se um peso invisível tivesse caído sobre ele . — Mas, Liz, antes de eu ir… — Ele fez uma pausa, pegou uma caneta e escreveu algo em um pedaço de papel. — Aqui está meu número. Não hesite em me ligar assim que tiver alta,ok ? Liz pegou o pedaço de papel, o coração batendo mais forte. O número de Alexander. Sua linha direta para o que quer que fosse que ele tivesse planejado para ela. Ele não era a solução para todos os seus problemas, mas agora ele era parte da equação, e isso era mais do que ela poderia esperar. — Nos falamos em breve — disse Alexander, com um sorriso enigmático. E então, antes que ela pudesse responder, ele se virou e saiu rapidamente pela porta. Liz ficou ali, sozinha mais uma vez, com o pedaço de papel na mão. Mas, ao contrário das vezes anteriores, ela não se sentia mais sozinha. Não agora que tinha uma arma, não agora que tinha um aliado. Ela sabia que o caminho à frente seria tortuoso, cheio de obstáculos e dores, mas agora, com Alexander ao seu lado, ela se sentia mais forte. Os dias se arrastaram com uma lentidão cruel. No hospital, cada segundo era um lembrete de tudo que Liz havia perdido — sua dignidade, seu lar, sua paz. O corpo doía menos do que a alma. E, no meio da dor, apenas uma voz suave e promissora ecoava na memória: “Eu vou te ajudar, você não está sozinha.” Alexander. Um estranho. Um homem que a havia socorrido quando ela quase foi atropelada, desmaiada, largada na calçada como um bicho ferido. Um homem que apareceu do nada, com palavras que pareciam sinceras e um olhar que transmitia força. Ela agarrou-se àquela promessa como quem se agarra à última tábua antes de se afogar. Mas ele desapareceu. No dia da alta, Liz sentou na beira da cama, com o corpo fraco, os olhos cansados e o coração aflito. A enfermeira Valéria, gentil e observadora, lhe estendeu um celular. — Tenta ligar pra ele, querida — disse, preocupada. — Ele parecia tão decidido a te ajudar.Liz discou com dedos trêmulos, o coração disparando como se uma parte dela ainda acreditasse. Mas tudo o que ouviu foi uma voz mecânica e fria: “O número que você chamou está desligado ou fora da área de cobertura.”Tentou de novo. Mais três vezes. Nada. O mesmo silêncio doloroso. A mesma ausência. A esperança foi dando lugar à humilhação, ao cansaço de confiar.— Eu sou mesmo uma idiota — murmurou, devolvendo o celular a Valéria. — Acreditar em homem de novo... eu sou uma burra.— Ei, não fala assim. Você só é boa demais. E gente boa demais sempre espera o melhor dos outros.Valéria era uma mulher de quarenta anos, enfermeira há décadas, com um coração enorme e um olhar cheio de compaixão. Quando soube que Liz não tinha pra onde ir, ofereceu sua casa. Um pequeno apartamento onde, de tempos em tempos, seu namorado Afonso dormia algumas noites,o que deixou Liz apreensiva ,achando que ia lhe atrapalhar e então ela lhe falou sobre isso.— Ele não fica lá direto, só às vezes. Você pode us
A mulher assentiu lentamente, como se cada resposta fosse parte de um quebra-cabeça que ela já sabia montar. — E a sua história, Liz? O que houve com você?O que uma jovem tão linda faz morando nas ruas ? Liz hesitou, mas algo na voz da mulher — autoritária, porém gentil — a fez ceder. Contou quase tudo. A briga com os pais, a rejeição, o hospital, a tentativa frustrada de recomeçar, a promessa de ajuda que nunca veio, a noite em que foi quase violada pelo namorado da amiga. O olhar da mulher se estreitou ao ouvir sobre a recusa dos empregos. — A sua beleza me chamou atenção de longe — ela disse, repousando a xícara sobre o pires. — Você não tem ideia de quanto pode se da bem na vida com esse rostinho e esse corpo perfeito. Liz franziu a testa. — Se for fazendo o que eu estou pensando... não. Eu não sou... não farei isso. A mulher sorriu, paciente. — Não precisa se ofender, querida. Só estou sendo realista. Já que sua beleza só lhe trouxe dor, sofrimento e atraiu os homens errad
Ele se virou lentamente, como se aquele nome tivesse o poder de paralisar o tempo. Quando seus olhos encontraram os dela, o mundo inteiro pareceu parar. Nenhum som. Nenhuma respiração. Só aquela conexão intensa e eletrizante que voltava com uma força avassaladora.Ele a devorava com os olhos, como se estivesse tentando entender quem era aquela mulher à sua frente. Liz estava mais bonita do que ele recordava — os traços delicados, os lábios levemente entreabertos, os olhos brilhando com desafio e dor. A transformação era visível. Ela já não era apenas a garota quebrada que ele salvara na rua. Ela era uma mulher. Linda, intensa, com uma sensualidade que parecia natural… e absolutamente proibida.Aquilo o desestabilizou.Havia algo nela que agora o atraía de forma irracional, selvagem. Um ímã poderoso que o puxava para perto, e ele nunca sentiu tanto desejo assim por uma mulher ,nem mesmo por Julia ,a sua falecida esposa .Ele neo sabia porque na segunda vez que via aquele garota ele fic
Liz fechou os olhos, sentindo a dor de ser acusada tão injustamente por Valéria. A lembrança era amarga, mas nada se comparava à intensidade do olhar de Alexander, que a queimava. — Ela disse que você voltou para as ruas, onde, segundo ela, nunca deveria ter saído. E eu fiquei desesperado. Desde aquela noite em que te socorri, algo em mim despertou. Me senti responsável por você, Liz. Como se… como se te conhecesse antes. Como se fosse meu dever te proteger. Por mais estranho que isso possa parecer, eu sinto que já te conhecia… só não lembro de onde. Ele se abaixou levemente, ficando à altura dela, os rostos perigosamente próximos de novo. Liz pôde ver cada detalhe do rosto dele, o calor dos olhos, a tensão no maxilar. A respiração dele roçava sua pele, e tudo em seu corpo clamava por algo que ela mesma não queria admitir. Seus rostos se inclinaram, inconscientemente, como se um beijo fosse inevitável… mas ela se conteve no último instante, respirando fundo. — Posso falar agora? —
Ele lançou um olhar breve para ela antes de voltar os olhos para a rua. — Não é desprezo. — A voz dele saiu baixa, mais pesada. — Muito pelo contrário... Eu já amei mais do que qualquer homem nessa vida .Quanto ela morreu,Julia ,minha falecida esposa , tudo em mim morreu junto. Inclusive a capacidade de sentir esse tipo de amor de novo. Ela o fitou, surpresa com a honestidade. — Você é viúvo...? Ele assentiu. — Sim. E antes que pergunte, se tenho filhos ,sim, tenho uma filha. de seis anos. A razão da minha vida. Liz sentiu o coração apertar. — E mesmo assim vai me levar pra sua casa? Onde a sua filha mora?Ela não vai estranhar isso ? Ele respirou fundo. — Ela não está em casa. Está na casa dos avós. Dormindo lá hoje... contra a minha vontade. — Por quê? — perguntou, curiosa. A expressão dele endureceu. — Os pais da minha esposa.... estão tentando me tirar a guarda dela na justiça. Acham que eu não sou um bom pai por... motivos pessoais. Está sendo uma briga
Com o polegar, ele tocou seus lábios. Ela fechou os olhos, sentindo a eletricidade daquele toque. Esperava pelo beijo. Queria. Desejava. Mas ele se afastou. — Eu te quero, Liz. Como nunca quis mulher alguma. E está mais do que evidente. Ele se acomodou no sofá com a confiança de um predador no controle. Esticou uma das pernas com indolência e, com um leve tapa em sua coxa musculosa, a convidou sem dizer uma palavra. O gesto, simples e carregado de masculinidade, arrepiou cada centímetro do corpo de Liz. Hesitante, sentindo o coração martelar no peito, ela se aproximou. Seus olhos se encontraram por um instante — intensos, carregados de tensão e desejo contido — antes que ela finalmente cedesse e se acomodasse em seu colo. As mãos dele imediatamente deslizaram por sua cintura, firmes, possessivas,como se já fosse dele. A sensação do corpo dela encaixado sobre o dele fez seu maxilar travar. O calor entre os dois era palpável, quase sufocante. O vestido fino de Liz pouco escond
Mas Alexander não havia terminado com ela. Carregou-a no colo, o olhar faminto como o de um homem que havia provado algo viciante e precisava de mais. Entraram no quarto e ela, já mais ousada, o empurrou sobre a cama e montou sobre ele. Seus quadris começaram a se mover lentamente, provocando-o, guiando o ritmo. Alexander segurava seus quadris, os olhos cravados nela como se estivesse diante de uma deusa. — Isso... assim nifetinha gostosa ...me mostra do que é capaz — ele rosnou, sentindo-se à beira da loucura. Ela o cavalgava com um misto de desejo e desafio, os cabelos soltos balançando, os seios se movendo com cada movimento, os gemidos se misturando à respiração pesada dele. O prazer veio novamente, intenso, avassalador. E mesmo depois disso, ainda não tinham terminado. Alexander parecia uma máquina de fazer sexo e ela se igulava ao desejo insaciável dele ,depois que descobriu o prazer em seus braços. Foram para o banheiro. A água quente caía sobre os corpos ainda febris
Liz hesitou por um segundo. Uma pausa curta, mas suficiente para que o silêncio falasse por ela. — Não... por que eu ficaria? — mentiu, sorrindo com os lábios, mas não com os olhos. Alexander a observou em silêncio por um instante. Talvez tenha percebido a mentira, talvez tenha decidido ignorá-la. Seu rosto endureceu levemente, como se precisasse proteger algo dentro dele — ou dentro dela. — Que bom que não ficou — disse, a voz mais fria do que antes. — Porque eu fui claro, Liz. Não espere de mim o que eu não posso te dar. Se cometer o erro de se apaixonar e me cobrar algo... saiba que eu não hesitarei em tirar você da minha vida. Sem hesitar. O coração de Liz se apertou. Não pelas palavras em si, mas pela firmeza com que ele as disse. Ele não estava brincando. Mas, mesmo assim, ela não recuou. Quis desafiá-lo. Ou talvez, só quis entender até onde ele iria. — E se você se apaixonar? O que eu devo fazer? Ele riu. Um som baixo, rouco, sem alegria. — Não se preocupe, Li