Capítulo 5

Depois de passar a tarde com Lorenzo, Matteo decide ir para casa, pois precisa conversar com o pai, e ainda não viu a mãe.

— Mãe, a senhora está cada dia mais linda. — diz ele assim que entra dando de cara com Anna, que logo se levanta e se vira sorrindo para o filho.

— Il mio ragazzo, são seus olhos, quando você chegou, por que não me avisou que viria? — Ela diz o abraçando apertado.

— Eu pedi que ele viesse Amore mio, precisava conversar com ele. — Francesco fala entrando na sala.

— Sim mãe, ele me ligou para que viesse, cheguei hoje de manhã, mas nós ainda não resolvemos tudo, podemos conversar pai? — Matteo fala encarando o homem de cabelos grisalho a sua frente.

— Depois do jantar iremos ao escritório e podemos conversar, espero que já tenha uma resposta.

— Vamos jantar. — Anna fala mudando de assunto.

— Si Mamma.

Eles sentam se a mesa e Anna puxa assunto com Matteo.

— Como vão as coisas em New York filho?

— A empresa está indo bem mãe, os negócios só crescem, tudo está caminhando muito bem.

— E a sua vida? também está caminhando?

— Digamos que ainda não sei direito, mas logo todos saberemos. — ele fala encarando o pai.

Eles seguem o jantar, entre algumas conversas, quando terminam Francesco levanta, da um beijo na testa de sua esposa e vai para o escritório, Matteo faz o mesmo, quando entra ele fecha a porta, e vai servir uma dose de whisky.

— O que queria conversar? creio que já expliquei tudo não?

— Sim, porém descobri que a "minha noiva" ficou sabendo que tem um tempo de casamento no contrato, e o pai dela disse que no fim desse prazo poderia pedir o divórcio... Mas depois conversando com Lorenzo, ele me lembrou de um detalhe muito importante.

— Que seria?

— Na máfia não existe divórcio, então por que um prazo pai? — indaga com a sombrancelha arqueada.

— Eu decidi que colocassem esse prazo, para que aceitassem o casamento sem muita discussão, mas foi um pouco inútil, já que ambos menosprezam a ideia de casar, mas como já lhe disse, a escolha é sua filho, ou o casamento ou você perde a empresa e o cargo na máfia.

— Não tem possibilidade desse contrato ser desfeito? Eu dou um jeito de não sair mais nada na mídia sobre minhas noite....

— Nem ouse continuar, você sabe que sou um homem de palavra e eu já levei o assunto do seu casamento para o conselho, eles ficaram mais tranquilo com a ideia de você casar e finalmente ser um homem de responsabilidade.— Matteo suspira frustado

— Então é isso? eu realmente vou ter que me casar com aquela criança?

— Ela não é uma criança, Aurora já tem 21 anos, e faz faculdade de arquitetura, olha que coincidência não? — Zomba Francesco

— Quando eu assino esse maldito contrato?

— Sábado terá um jantar para se conhecerem e então eu pegarei as assinaturas de vocês.

— Ok, boa noite pai. — Ele diz saindo do escritório em direção as escadas, quando chega no seu quarto ele vai tomar um banho, e os pensamentos surgem. A irritação dele não sumiu, pelo contrário ela aumentou ao saber que não existe a menor possibilidade de anular esse contrato. Ao sair do banheiro ele vai para o closet e veste uma cueca e uma calça moletom, logo em seguida volta agora o quarto e deita-se na cama pegando o celular.

" Amanhã a tarde irei a empresa conversar com você, precisamos resolver alguns assuntos, cunhadinho" — ele envia a mensagem para Lorenzo e sorri por saber que ele vai odiar o apelido. Ele guarda o celular, e fecha os olhos afastando os pensamentos e logo adormece.

Na manhã seguinte Aurora acorda com batidas na porta, ela se levanta e abre, dando de cara com o seu pai que a olha sério.

— Bom dia filha, podemos conversar?

— Bom dia Sr Ricci, sim, irei descer para conversarmos no seu escritório. — Fala com desprezo.

— Pode ser aqui se você quiser minha princesa, será uma conversa de pai e filha.

— Não não, trataremos de negócios, isso que eu sou para o senhor. — diz fechando a porta na cara dele, e vai se arrumar para descer.

— Bom dia filho. — Diz Carlo adentrando a sala de jantar.

— Bom dia, onde está Aurora?

— Ela já irá descer, fui conversar com ela, mas acho que não foi uma boa ideia.

— Eu disse que ela precisaria de tempo, Aurora não é fácil, o senhor sabe, ela vai demorar para lhe perdoar, se o fizer.

— Bom dia fratello — diz Aurora entrando no cômodo, e indo dar um beijo no rosto de Lorenzo.

— Bom dia meu sol, você dormiu bem?

— Mais ou menos, acordei com um pouco de dor de cabeça, mas já estou melhor.

— Hoje a noite iremos sair.

— Vão aonde? — Pergunta Carlo.

— Uma surpresa minha para Aurora.

— Sabe Lorenzo, a Bella iria vir comigo. — Ela diz e Lorenzo a olha rapidamente lhe entregando um sorriso malicioso.

— Ela não vem mais?

— Não sei, ainda não tive tempo de ligar para ela, mas aulas terminam na próxima semana, até lá talvez ela decida vir te fazer uma visita. — Ela diz rindo.

— Me visitar não, ver você, ela é sua amiga. — diz ele tentando se explicar.

— Não preciso de explicações irmão, amo vocês dois.

Eles tomam café entre conversas, e logo após ela vai com o pai até o escritório.

— Então senhor, pode dizer!

— Princesa, me perdoe, sei que não foi certo, mas eu devia isso a Francesco, ele me ajudou.

— Tudo bem, não vou dizer que entendo, mas está tudo bem, eu aceitarei a sua decisão.

— Obrigada minha princesa, é importante para mim que você esteja bem, e que tenha me perdoado.

— Ficarei bem, só peço que me explique tudo sem mentiras.

— Vou lhe explicar, no sábado terá um jantar para vocês se conhecerem, e anunciarão o noivado de vocês, e você e Matteo precisam assinar o contrato também.

— Está bem, mais alguma coisa que eu precise saber?

— Sim, porém esse é um assunto um pouco complicado.

— Pode me contar, prefiro saber a verdade.

— Eu sei disso, você se parece muito com a sua mãe em tudo, Angela tinha o mesmo gênio forte e o mesmo sorriso encantador.

— O senhor sente muita falta dela não é?

— Sim, ela foi o amor da minha vida, e eu continuo amando ela, com ela eu tive os melhores momentos e ganhei os melhores presentes, você e seu irmão. Eu sinto muito minha pequena por tudo que fiz, eu só quero o melhor para você, e saiba que sempre vou está aqui.

— Eu sei papà, você e meu irmão sempre me protegerão. — Ela diz fingindo sinceridade, porque na verdade ela já planejou sua fuga e será depois do jantar de noivado

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