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Heitor

Entrar no quarto e vê-la adormecida na cama acalmou e muito o meu coração. Isadora sempre teve esse poder de me devolver a paz, de me fazer sorrir espontaneamente, de me fazer falar coisas que eu sempre guardei para mim, mesmo eu impondo limites em minhas palavras e atitudes. Ao mesmo tempo que ela me jogava no inferno quando me fazia sentir coisas que eu não queria sentir. Na verdade, eu não podia sentir. Era algo proibido para mim. Havia uma linha tênue que eu nunca deveria ultrapassar, mas ultrapassei e agora não tem mais volta. Me aproximo calmamente da cama com as palavras não ditas gritando dentro de mim. Elas lutam para sair da minha boca, mas nesse momento ela não poderá me ouvir, não ainda. Então pacientemente apenas me sento na poltrona ao lado da sua cama, seguro a sua mão e começo a beijá-la com suavidade. Eu tenho tantas coisas para te dizer e uma delas com certeza será o meu sincero pedido de perdão. Sim, nem que para isso eu tenha que me ajoelhar aos seus pés, ma
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