Caindo na própria armadilhaConsumido pela raiva, eu deveria ter dado um fim naquela confusão ali mesmo, deixado aquele verme aleijado, mas a última coisa que eu queria era complicar as coisas para Letícia. Ela ficaria arrasada se eu exagerasse, e eu não queria dar ao moleque a chance de se fazer de vítima. Ainda assim, sabia que tinha outra oportunidade de pegar esse idiota, e estava disposto a fazer o que fosse necessário para isso.Resolvi não pegar o carro e saí caminhando, um turbilhão de pensamentos fervilhando em minha mente. Embora o caminho natural fosse para o hotel, que não estava tão distante, acabei me desviando para um bar conhecido, um ponto de encontro da alta sociedade onde diversas garotas de programa frequentavam, exibindo-se em busca de atrair seu "prêmio" diário.Ao entrar, dirigi-me diretamente ao balcão e pedi uma bebida. A bartender, uma mulher com um sorriso fácil, serviu-me um copo, mas minha impaciência me levou a agarrar a garrafa de sua mão.— Deixe aqui —
Chegada de Bruna LETÍCIAManu e eu partimos para o aeroporto para buscar minha irmã, porém, um atraso no voo fez com que ela chegasse mais tarde do que o esperado. Durante a espera, senti uma saudade profunda, ansiando por alguém de casa que me conhecesse desde o nascimento.No caminho para o aeroporto, Manu insistiu que comprássemos um presente para seu pai. Ela agia como nosso pequeno cupido. Paramos em uma loja onde selecionei um relógio elegante, mas ela torceu o nariz, declarando que não era um presente romântico. "Meu Deus, onde ela quer chegar com isso?" pensei, perplexa, mas acabei cedendo e deixei que ela escolhesse algo a seu gosto.Durante a viagem de volta, eu e minha irmã Bruna colocamos o papo em dia, enquanto Manu mantinha uma distância cautelosa. Ela é uma criança que só se aproxima quando realmente gosta de alguém, e por algum motivo desconhecido, ela disse que não gostou da Bruna. Optamos por respeitar seu espaço, deixando-a à parte enquanto eu matava as saudades co
RodolfoEram 4h da manhã quando embarquei de volta para São Paulo, ainda sem retorno do ex inconveniente de Letícia. Minha mente girava em torno da possibilidade dele falar com ela. Não via vantagem nenhuma para ele, a não ser tentar me difamar. Mas refleti que talvez estivesse dando atenção demais a quem não merece. Precisava centrar-me em mim mesmo, antes que fosse tarde demais.Ao chegar em casa, a primeira coisa que fiz foi verificar como minha filha estava. Sabendo que o quarto dela poderia estar frio e que Manuela tem o hábito de se descobrir durante a noite, entrei silenciosamente em seu quarto. Para minha surpresa, a cama estava vazia. Meu coração acelerou com pensamentos de que talvez Felipa tivesse buscado Manuela. Rápido, dirigi-me ao meu quarto, meio preocupado, meio confuso.No entanto, ao entrar no quarto, a tensão se desfez em alívio. Lá estavam elas, Letícia e Manuela, dormindo juntas em nossa cama. Sabia que Manuela não se aproximava facilmente de ninguém, e vê-las as
LeticiaNão sou de ter surtos e muito menos de bancar a ciumenta. Nunca fui possessiva durante os cinco anos de namoro com Vinícius, mesmo com as meninas da escola provocando, já que meu namorado era considerado um dos mais atraentes. Mas naquele momento, meu sangue ferveu de tal maneira que eu poderia esganar Rodolfo com minhas próprias mãos. Ele estava claramente testando minha paciência. O pior é que falava com uma sinceridade que tornava claro que não era uma brincadeira ou uma invenção.Pensei em várias coisas para fazer naquele instante enquanto ele parava à minha frente, claramente notando a irritação na minha voz. Eu estava nervosa demais para pensar em algo eficaz, mal conseguindo disfarçar minha irritação. Foi aí que respirei fundo, buscando meu equilíbrio. Precisava deixar claro para ele o tamanho do seu erro. Determinada, encarei-o nos olhos para mostrar que não aceitaria ser feita de otária e muito menos a esposa traída.— O que você acha que está fazendo? — Exigi, agarra
Fechei os olhos, deixando minha cintura seguir o ritmo do prazer, enquanto ele se agachava ao meu lado, observando-me atentamente.— Que porra é essa... tá gozando mesmo com isso? — ele perguntou, incrédulo e visivelmente impressionado.— Ahhh, e muito... que delícia — murmurei, mordendo meus lábios para conter um sorriso, e quando ele tentou tocar-me, dei um tapa rápido em sua mão. — Nem pense nisso — avisei, minha voz tremendo de excitação.— Merda! Como tem coragem de fazer isso? Você gozou com a porra de um vibrador! — Rodolfo exclamou, afastando-se um passo, o rosto tomado por uma mistura de nervosismo e fascínio.— Concretizei o que você deixou passar ontem — declarei com um sorriso maroto, observando-o pegar minha calcinha do chão, mas em vez de devolvê-la, ele se aproximou rapidamente e me ergueu em seus braços. — Me solta, sem vergonha — protestei, tentando manter um ar de indignação enquanto ele me lançava sobre a cama com um movimento fluido.— Agora vai ver como se faz, va
Eu controlava cada movimento, já sentindo uma pressão crescente em meu baixo ventre, indicando que estava próxima de atingir o clímax novamente.— Vai gozar gostoso, minha deusa — ele incentivou com um sorriso, e eu, entusiasmada, confirmei com um aceno. — Então goza pra mim... goza bem gostoso pra mim.— Que delícia, Rodolfo... como é gostoso... — murmurei com voz suave, ele retribuiu com um sorriso encantador.Rodolfo me puxou para si e selou nossos lábios com um beijo ardente. Continuei me movendo sobre ele, e alguns minutos depois, senti sua respiração tornar-se mais ofegante. Ele emitiu um rugido profundo e meus movimentos desaceleraram enquanto seus músculos se contraíam. Exausta, deitei sobre ele. Rodolfo começou a alisar meus cabelos gentilmente e beijou meus lábios com carinho. Meu corpo estava amolecido, tremendo ligeiramente, exaurido pela intensidade do que acabáramos de compartilhar.Nunca havia vivido algo assim; sentia-me selvagem, ousada, mas profundamente realizada. O
RodolfoEstou desenvolvendo um carinho especial por Letícia, algo inédito comparado ao que vivenciei com outras mulheres. Parece que estamos construindo um vínculo duradouro, destinado a perdurar pelo ano inteiro. Acredito que isso seja um desenvolvimento natural, considerando que não poderíamos perpetuar uma convivência marcada apenas por discussões. Embora eu aprecie a maneira como ela é — um contraste refrescante em relação às minhas relações anteriores, onde as mulheres tentavam ser excessivamente amáveis — isso também pode se tornar monótono, acredite em mim.Admiro a ousadia de Letícia; ela é autêntica, não uma daquelas pessoas que tentam agradar a todo custo. Legalmente, ela é minha esposa, mas na intimidade, transformou-se em minha amante e cúmplice. Nesse contexto, posso afirmar que compartilhamos a mesma energia, vibrando em uma sintonia perfeita em nossas interações.No entanto, frequentemente me surpreendo com as palavras que escapam dos meus lábios quando estou ao seu lad
Terminando de me arrumar, descemos juntos para o andar de baixo, onde a irmã de Leticia, Bruna, conversava animadamente com Dona Madalena. Bruna estava bem vestida, com um decote que não deixava de chamar atenção.Leticia se aproximou e abraçou sua irmã calorosamente, que já me lançava olhares curiosos enquanto eu conversava com Dona Madalena. Após se desvencilharem do abraço, Leticia segurou a mão de Bruna, trazendo-a até mim.— Rodolfo, essa aqui é minha irmã Bruna. Bruna, esse é o Rodolfo — ela nos apresentou de maneira casual, omitindo deliberadamente nossa relação marital.— Prazer, Bruna. Minha querida esposa esqueceu de mencionar que sou seu marido — disse, estendendo a mão para um cumprimento que se transformou em um beijo no rosto.— Rodolfo, já conversamos — Leticia interveio, e eu apreciei a maneira como ela me preveniu de parecer desinformado.— Não é porque sua irmã sabe que muda algo, estamos casados legalmente, não se esqueça. Seja bem-vinda, Bruna, espero que não ligue